Chapter 03 » Um completo estranho.

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➤ Allysa Dalton.

─ Sim, estamos alugando. Por favor, entre senhor?... ─ ele dá uma pausa, esperando que ele continue.

─ Mendes... ─ Ele entra, tirando seu casaco e em seguida acompanhando meus pais até o centro da sala.

Eles conversaram por mais uns minutos, mas eu resolvir não escutar, já que eu havia colocado meus fones de ouvidos, resolvir ficar sentada na escada. Mas pra minha infelicidade meu Ipod descarrega e eu fico com preguiça de ir buscar o carregador, então decido me levantar e ouvir mais do que cara que quase me causou um ataque de pânico ontem.

─ A quanto tempo está na cidade? ─ minha mãe pergunta, enquanto meu pai permanece calado, o observando.

─ Cheguei ontem, preciso de um lugar pra ficar. ─ sua voz era grave e pesada, como se estivesse num interro.

─ Não sei se o que temos a oferecer é o que você procura. ─ minha mãe hesita, pensativa.

─ Tenho certeza que é! Podemos dar uma olhada? ─ ele se levanta e meus pais fazem o mesmo movimento. Eu continuei na mesma posição, de pé escorada no batente da porta.

─ O lugar é um galpão, usamos como um depósito, onde eu guardo minhas ferramentas e algumas coisas que não usamos mais. Bom, a cama não está lá ainda e lugar deve está um pouco sujo. ─ meu pai explica.

O tal Mendes continua parado, esperando uma resposta convincente para sua pergunta.

─ Claro, vamos lá! ─ minha mãe se manifesta e o Mendes assente. Ele e meus pais vão andando na frente, eu sinto um desconforto quando a ultima pessoa, que era ele, passa por mim. Eu realmente não concordava com a idéia de ter ele aqui.

Segui os três até o quintal, os fundos da casa, aonde se localizava o galpão. Quando os cadeados foram abertos e as correntes retiradas, as portas finalmente se abriaram mostrando o lugar. Já fazia tempo que aquele lugar não era aberto, por isso, me surpreende quando meu olhar foi de encontro a um armário no canto da parede de madeira, nele havia uma fina camada de poeira o cobrindo, fora outras coisas, como brinquedos de quando eu e Thomas eramos menores, algumas máquinas que meu pai não usava já fazia uns anos. Mais atrás, havia uma instante cheia de livros e acima havia uma janela redonda, perto do telhado de formato triângular. A cama ainda iria ser trazida pra cá, pois estava no quarto de hóspedes, dentro da casa.

─ Como pode ver, esse é o estado do lugar. ─ fala meu pai colocando as mãos na cintura e respirando fundo.

─ Não está tão ruim assim. ─ não imagina, penso. ─ Eu realmente preciso de um ligar pra ficar. ─ o rapaz de olhos castanhos e chapéu, diz olhando ao redor.

─ Bem, estamos a sua disposição! ─ minha mãe sorrir.

─ Se o senhor não se importar, podemos mover a cama pra cá! Eu posso pagar adiantado. ─ o Mendes tira do bolso um maço de dinheiro preso por uma liga amarela, ali devia ter grana o suficiente para pagar dez diárias de um hotel de luxo. Só eu achei isso estranho? Provavelmente sim, porque meus pais estavam impressionados.

─ Eu... ─ meu pai gagueja, acho que ele nunca havia visto tanto dinheiro de uma vez só. ─ Claro, não estou tão velho assim! ─ ele diz colocando as mãos nas costas, se alogando.

Voltamos pra dentro da casa, e o rapaz tira seu chapéu, mostrando seu cabelo ondulado, em seguida seu terno e a camisa sócial. Ficando apenas com uma camisa branca que deixava suas tatuagens, que eu não imaginava que ele teria, a mostra.

Subo para o meu quarto e observo pela a janela todo aquele movimento pelo o quintal, eu não estava familiarizada com alguém morando no galpão, eu cresci vendo aquele lugar desocupado e ter essa idéia de ter um completo estranho morando alí, me deixava com uma puga atrás da orelha.

Após terminarem meus pais entram, e o "Mendes" ficou olhando para dentro do galpão, só Deus sabe o que se passava na cabeça daquele cara. Meu coração disparou, quando olhos dele me encontraram, ele deu um pequeno - e talvez, cínico, sorriso. Reviro os olhos.
Ele faz o mesmo gesto de ontem a noite. Mas agora, pega na "aba, invisível" antes de curva a cabeça e logo depois, voltar a ergue-la.

Sair de perto da janela ingnorando aquele gesto, ouço um "se mudar amanhã" enquanto desço as escadas, me aproximando da sala.

─ O que foi isso? ─ meu tom saí mais alterado do que o pretendido.

─ O quê? ─ minha mãe me olha sem entender, bufo.

─ Jura que vocês vão deixar, o primeiro estranho que aparecer se mudar para o nosso quintal? ─ digo seguindo minha mãe, que caminha calmamente para a cozinha.

─ Ally, ele parece ser um bom rapaz. Disse que veio pra cá para ficar próximo de alguns parentes.

─ Ótimo! Então porque ele não fica com esses "tais" parentes? ─ eu realmente estava preocupada com isso, ele me dá arrepios.

─ Ally! ─ ela me lança um olhar severo.
─ Esse rapaz é nossa salvação e você não vai estragar isso! ─ ela diz e eu me calo, encarado a mesma. Fiquei com um pouco de medo já que ela estava com uma faca na mão esquerda, pois preparava o jantar.

─ Pai... ─ susurro, olhando para a sala de jantar, buscando um suporte.

─ Desculpa docinho, mas sua mãe tem razão! ─ ele dá de ombros e dá mais um gole no seu refrigerante. Ele já havia parado de beber, fazia uns anos.

Subo para o meu quarto, bufando e batendo os pés com força sobre o solo de madeira. Ao passar pelo o quarto Thomas, percebo que a porta está aberta e ele está no chão jogando algum tipo de videogame.

─ Hey, como você tá? ─ falo abrindo espaço, entre os brinquedos e roupas no chão, me sento ao seu lado.

─ Bem. ─ ele responde, sem tirar os olhos do jogo. ─ Mas você não está.

─ Esse cara é assustador. Mamãe e papai não veem isso. ─ digo brincando com um boneco que estava ao meu lado.

─ Nisso eu tenho que concorda, ele bem sinistro. ─ ele diz com as sobracelhas levantadas, dando ênfase em "bem".

─ Exato! ─ Exclamo. Pelo o menos alguém nessa casa concordava comigo, mesmo que esse alguém tenha apenas 1,34 de altura.

─ Pra mim, o galpão viraria uma sala de jogos, ou qualquer coisa. Mas, menos uma casa pra aquele cara. ─ Thomas diz e revira os olhos.

─ Até que isso seria bom. ─ suspiro deixando o boneco de lado.

─ Se você quiser, podemos dar um jeito de espanta-lo. ─ ele diz tirando os olhos do jogo, ele olha pra mim e sorrir malicioso.

─ Eu não sei... ─ Antes que eu termine de falar, ele salta do meu lado indo na direção do armário.

─ Eu posso jogar aranhas na cama, enquanto ele dorme! ─ ele diz impolgado, parecia que ele tinha três anos de novo, era nessa idade que ele comia muito açúcar e ficava assim, imperativo.

─ Não acho que isso seja
o ideal. ─ junto às sobrancelhas.

─ Então porque me atrapalhou? ─ ele fecha o armário e senta no chão pegando o controle do videogame, frustado.

─ Queria ter certeza de que alguém pensa como eu. ─ me levanto do chão e vou até a porta ─ Mas, deixa isso aí, não sabemos quando vamos precisar! ─ pisco um dos olhos e ele sorrir.

Não Abra A Porta Para Estranhos ➤ Shawn Mendes↳Adaptação↲Onde histórias criam vida. Descubra agora