Não Abra A Porta Para Estranhos ➤ Shawn Mendes↳Adaptação↲

Chapter 59 » Perdão Aos Errados...

➤ Alyssa Daltton.

Enquanto voltávamos pra casa, Shawn insistia em pergunta o que havia acontecido, mas como eu podia responder, se nem eu mesma sabia?

O assobio, o gelo sobre meus pés, o vento contra meu rosto, o Shawn cruel encostado na árvore; cada detalhe estava vivo na minha mente, enquanto meus olhos se perdiam na estrada branca.

[...]

─ Se você quiser descer, essa é a hora.
─ a voz de Shawn fala calmamente, me acordando de meus pensamentos, me fazendo perceber que já havíamos chegando na minha casa.

Ele não havia sido grosseiro, eu podia sentir a preocupação em seu tom de voz, mas eu não conseguia falar com ele, ficar alí seria uma tortura para nós dois.

─ Claro. ─ digo e tiro o sinto. ─ Até amanhã Shawn. ─ puxo o trinco da porta e desço, sem dá chances de Shawn falar alguma coisa.

Caminho pela a calçada fria, sentindo o vento me envolver, ao me aproxima da porta, abro a mesma com cuidado, eu não queria acorda ninguém, assim que entro, fecho a mesma tendo o mesmo trabalho para abri-la.

Tiro o sapato e penduro meu casaco no suporte da sala, caminho até a escada e começo a subir, até que escuto alguém pegarreia.

─ Allyssa? desça querida, eu sei que você está aí. ─ a voz familiar da minha mãe, me faz parar.

Desço as escadas não porque a obedece, mas porque eu queria saber o que ela tinha a dizer.

Ao entrar na sala, a vejo sentada na mesma poltrona que Thomas estava da última vez, sua camisola simples, me fez perceber que ela me esperava a um tempo.

A olho com um sombracelha erguida, esperando que ela continuasse.

─ Eu sei que você deve me odiar agora, mas eu realmente sinto muito filha. ─ ela fala com a voz embargada, aquilo não me comoveu nem um pouco.

Suspiro cruzando os braços.

─ Seu pai, ele não merecia aquil...

─ Definitivamente não. ─ a interrompo.

─ Eu sei, eu já terminei tudo com Nash, aquilo foi apenas uma aventura, um erro. ─ uma lágrima escorrega dos seus olhos, me fazendo revirar os meus.

Ela me olha por um tempo, talvez esperando que lhe desce um braço, e dissesse que aquilo não foi nada, mas foi.

A sala estava queita e nós duas em silêncio.

─ Eu vou contar tudo para Adam. ─ ela relaxa os ombros, esperando uma relação minha, mas eu continuo imóvel. ─ Me desculpa Ally, eu sou uma mãe horrível! ─ após pronunciar essas palavras, ela desaba em choro, seu rosto estava coberto pela as mãos, seu peito subia e descia, enquanto soluços agressivos deixavam seus lábios.

A observei por um tempo, até que resolve me aproxima da poltrona que ela estava, me agacho para ficar da sua altura esperando que ela tirasse as mãos do rosto, ela chora por mais um tempo e logo isso acontecesse, me fazendo ver seus olhos azuis, vermelhos e inchados.

Ela parecia arrependida, mas eu ainda estava com raiva.

─ Eu sou um péssimo exemplo pra você, eu me sinto muito querida. ─ ela pousa sua mão direita, molhada pelas lágrimas, em meu rosto e funga.

─ Você não pode contar a verdade pra ele. ─ digo, tirando sua mão de meu rosto, a vendo com uma expressão confusa.

─ O que? ─ ela pergunta sem acreditar no que havia dito, me levanto e me afasto da poltrona.