Chapter 63 » Hospital St. Edward

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➤ Narrador

Os médicos tentaram. Eles fizeram tudo que estavam ao seu alcance, a cirugia para retirar a bala, o tratamento contra a hiportermia, apesar da pressa que a situação exigia, tudo havia corrido bem, faltava pouco para que o estado da garota, pra todos os efeitos, pudesse ser estável outra vez,
mas, ao fim da cirugia, uma parada cardío-respiratória parecia ter posto todo o esforço a perder.

A vida de Alyssa Daltton se esvaia, como grãos de areias escapam pelos os dedos. Seu peito subia e descia a cada choque depositado ali pelo o aparelho médico, enquanto seu coração desistia, o seu cérebro lutava uma última vez, em algum lugar no seu subconsciente, ela ainda estava alí.

➤ Alyssa Daltton.

Tudo era claro. A luz do sol irradiava, trazendo uma aura alva e aconchegante ao ambiente. A grama esverdeada fazia cócegas em meus pés descalços, a brisa acariciava minha pela, o campo era tão vasto quanto minha vista podia alcançar, aparentemente eu era a única pessoa alí. Respiro fundo e o cheiro lavanda preenche minhas narinas. Tudo parecia está em seu lugar, não havia dúvidas, medos ou insegurança. Havia paz.

Ergo a mão no ar, para tocar delicadamente uma borboelta azul que voava em minha direção. Mas para minha supresa, ela voa sobre minha cabeça, me fazendo virar, para segui-la com o olhar. Ela pousa no ombro de alguém. Ele usava camisa e calças brancas de tecido leve, seus cabelos voavam soltos ao vento e em seu rosto havia um sorriso, que evidenciava suas cozinhas.

Shawn caminha a alguns passos parando em frente a mim. E seu sorriso logo desaparece dando lugar para uma expressão temerosa e preocupada.

Ergo minha mão e acaricio o seu rosto macio.

─ Estamos bem, não se preocupe. ─ sorrio de leve, minha voz sai mais alto que um sussurro.

Seus olhos permanecem presos aos meus, então ele pousa suas mãos sobre as minhas.

─ Você precisa voltar. ─ seu tom era calmo.

─ O quê? ─ junto as sombracelhas.

─ Aqui não é o seu lugar, não agora.

─ Aqui é bom, Shawn.

─ Eu sei. ─ ele sorrir. ─ Mas eu preciso que você volte. Alyssa, eu preciso de você.

Suas mãos apertavam firmemente as minhas, seus olhos estavam fixos nos meus, castanhos para azuis. O vento torna-se mais quente e acochegante, como se braços invisíveis estivessem me envolvendo. Shawn estava sereno e calmo, como eu nunca havia visto antes. Suas palvras me acertam como flechas fazendo meu coração bater forte. Tão forte que sinto que vai saltar através do meu peito. A luz do sol cai sobre nós quando ele vem até mim, colando nossos lábios.

➤ Narrador

Os médicos havia desistido, a garota estava deitada na mesa de cirugia, todos ao redor que tinha trabalhado duro para salvar sua vida, agora se encontrava de cabeça baixa, em luto pela a jovem desconhecida que parece ter sofrido tanto até aquele momento.

Subitamente, como um milagre, ela suspira pesado, abrindo os olhos imediatamente. A máquina que monitorava seus batimentos cardíacos volta a funcionar, cada pessoa naquele ambiente move-se, mesmo ainda em estado de choque, para entuba-la e injetar medicamentos para controlar a pressão sanguínea.

Ela está viva.

[...]

Os sinais vistais estavam estáveis. Ela foi levada para um dos quartos do hospital, uma enfermeira havia acabado de entrar com uma pequena ficha em mãos, se dirigindo ao lado da cama onde Ally havia acabado de acordar. Seus olhos cansados estavam fixos ao teto extremamente branco. Tubos em seu nariz a ajudavam a respirar, seus dedos estavam imóveis sobre o lençol da cama.

Não Abra A Porta Para Estranhos ➤ Shawn Mendes↳Adaptação↲Onde histórias criam vida. Descubra agora