Chapter 25 » Foi um prazer Ally.

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➤ Alyssa Daltton.

Após alguns minutos ouço passos vindo em minha direção, me encolho mais, com medo de quem poderia ser.

─ Posso sentar? ─ um pedido invade o silêncio da noite, me fazendo erguer cabeça ligeiramente, e reconhecer quem falava comigo, assentir, e então  voltei afunda meu rosto entre minhas mãos.

─ Desculpa... ─ sussurro. ─ Sei que você não tem culpa, eu só....

─ Precisava desabafar, eu entendo. ─ ele diz gentilmente, fazendo me sentir cada vez pior, pela a forma que o tratei.

─ Mas não precisava ser em você. ─ fungo. ─ Eu sinto muito.

─ No seu lugar, acho que eu faria a mesma coisa. ─ ele garante.

─ Faria? ─ digo e o encaro.

─ Sim, você foi presa por algo que não fez, está triste, é compreensível.

─ Obrigado. ─ em um movimento impensado, inclino o meu corpo pra frente, na sua direção, o abraçando.

─ Por quê?

─ Por não me odiar. ─ sinto um longo suspiro saltar da sua boca, enquanto ele decidia se me abraçaria ou não.

─ Não posso te odiar. ─ ele suspira novamente, como se o fato de "não me odiar" fosse um fardo pra ele.

─ Não? ─ o solto, olhando com atençao.

─ Não. ─ ele sorrir timidamente.

─ Acho que isso é bom. ─ dou de ombros.

Ficamos mais um tempo ali, jugando pela a hora que eu sair da cadeia, já devia passar das três da manhã, e nós estavamos sentandos, encarando aquela avenida vazia e fria, como dois
mendigos que não tem pra onde ir, olho em volta e suspiro soltando o ar devagar, aproveitando aquela sensação que eu sentia até pouco tempo sumir de dentro de mim.

─ Você precisa de um advogado. ─ Shawn me alerta, fazendo lembrar daquele assunto.

─ É acho que vou. ─ falo sem nenhuma animação, enquanto encarava o chão incrivelmente limpo.

─ Se quiser, eu posso cuidar disso. ─ ele se oferece.

─ Não, eu posso da um jeit... ─ antes que eu termine, ele me interrompe.

─ Allyssa. ─ Shawn chama minha atenção. ─ Por favor. ─ ele pede, mas aquilo pareceu mais uma ordem.

─ Acho que tudo bem... ─ digo olhando fixamente os olhos castanhos de Shawn, que apesar de terem essa cor eram esverdeados, como se eles fossem capaz de me hipnotizar, ao ponto de me fazer concordar com tudo que ele quisesse.

─ Ótimo, amanhã cuidamos disso. ─ ele relaxa as costas na parede quebrando o nosso contato visual. ─ Já está tarde, acho melhor voltarmos pra casa, pode ser perigoso. ─ ele completa.

─ Não quero voltar. ─ nego, e relaxo as costas na parede ao seu lado. ─ Não agora, mas se você quiser, pode ir embora.

─ Não, vou ficar, não tenho nada de interessante pra fazer. ─ ele diz e respira fundo.

─ Hum, certo. Mas você não tem medo de ficar aqui, sozinho, nessa rua? ─ pergunto.

─ Eu sei me defender Ally, ninguém me fará mal. ─ ele olha em volta, como se se tivesse a certeza de que, qualquer pessoa que, estivesse aterrorizando a cidade, jamais o machucaria.

─ Como sabe?

─ Eu apenas sei, agora por favor, fiquei queita, eu odeio perguntas.

Após esse pedido obviamente me calo.
Olho ao redor mais uma vez e só então percebo que estamos no centro da cidade, tudo estava tão silencioso que eu realmente não reconhece, dou de ombros e encosto minha cabeça na parede fria atrás de mim, fecho os olhos por uns segundos, sentindo apenas a brisa fria vim de encontro a mim, mas logo esse momento de "paz" é quebrado, quando ouço um barulho alto estrondar, abro os olhos imediatamente.

Não Abra A Porta Para Estranhos ➤ Shawn Mendes↳Adaptação↲Onde histórias criam vida. Descubra agora