Chapter 21 » Meu irmãozinho.

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➤  Alyssa Daltton.

Alguns metros a frente, ainda sentado na cadeira, estava jaxon, debruçado sobre a mesa, com uma faca crava em seu pescoço e uma possa de sangue ao seu redor, respiro fundo tentando conter a fraqueza muscular que invadia meu corpo, me aproximo devagar enquanto sentia minha garganta dá um nó.

Eu estava rezando pra que aquilo não passase de uma pegadinha de Halloween antecipada, mas algo me dizia que aquilo era mais um homicídio em Bradford. Aquele era Jaxon, seu cabelo loiro quase dourado, estava espalhado pela a mesa, sua cabeça sobre um livro e ambos sujos pelo o sangue.

Porque você?

Olhei em volta enquanto abraçava meu próprio corpo, eu não sou nenhuma perita mas algo me diz que aquilo tudo foi armado, a instante, os livros, a posição do corpo, tudo deixava claro que o assinado havia feito aquilo, somente para encenar uma luta, mas ele errou em uma coisa, se houve uma luta nesse lugar, porque Jaxon estava sentado, se eles lutaram porque ele acabou morto em uma cadeira e pelo o que vir, lendo um livro?

Voltei meu olhar para jaxon e seus olhos sem vidas me encaravam como se quisesse me dizer alguma coisa, me dizer quem o matou.

─ Oh meu Deus! ─ uma voz masculina exclama atrás de mim, ao virar vejo Justin com os olhos arregalados...─ Ele está...

─ Sim... ─ soluço, deixando algumas lágrimas rolarem por minha bochecha.

─ meu Deus, meu Deus, meu Deus... ─ Justin repitia, levando as mãos a cabeça enquanto andava de um lado pro outro.

Cá estou eu, olhando todo o teatro ao meu arredor, vendo Justin arracar os cabelos, tentando fazer com que sua ficha caia, eu sentia a enorme culpa me consumir, como se de alguma forma aquilo fosse de minha influência, acho que eu trago má sorte a quem está perto de mim, talvez eu tenha matado Jaxon, se ele não tivessi ido pra minha cas... ta o que to pensando? Que merda! Eu só queria que isso não passase de um sonho, um pesadelo e que no fim eu acordasse e tudo estivesse bem.

─ Ally? ─ Justin diz tocando no meu ombro.

─ Sim?... ─ sussurro sem forças pra qualquer outra reação.

─ Precisamos ir embora. ─ ele diz e eu levanto a cabeça o encarando.

─ O que você disse? ─ pergunto incrédula.

─ Você ouviu, eu não posso mais me meter em confusões com a polícia, por isso precisamos ir. ─ ele diz evitando olhar para mesa onde jaxon estava, atrás de mim.

─ Você é irmão dele, já esta mais do que metido nisso, não vou deixa-lo aqui. ─ protesto o encarando.

Ele respira fundo, e passa as mãos pelo o rosto, depois olha pra janela e seguida pra mim.

─ Ta legal, qual o seu plano? ─ ele pergunta.

─ Ele foi assassinado, temos que ligar para a polícia. ─ respondo.

Justin me empresta seu celular, já que eu havia deixado o meu em casa, disco o número da polícia e uma mulher atende, lhe conto toda a história, ela assente e diz que a polícia chegaria rápido, lhe entrego telefone e então olho para a janela, a luz do sol ja iluminava a cidade indicando que eu havia passado a noite fora de casa, e que daqui a pouco teria que ir pra escola como se nada tivesse acontecido.

Isso tudo era uma grande merda.

Sentamos em um dos bancos e esparamos a polícia chegar, logo ouvimos o barulho de sirenes e eu senti o garoto ao meu lado ficar tenso.

─ Como você está? ─ pergunto o olhando.

─ Como você deve imaginar. ─ ele responde olhando para o chão.

─ Vocês eram muito próximos? ─ falo e nós dois olhamos o corpo a nossa frente.

─ Ele era um pirralho irritante e mimado, mas ainda assim era meu irmãozinho. ─ seus olhos marejam e ele vira o rosto pra que eu não veja isso.

A porta é aberta fazendo um estrondo ecoar pela a biblioteca, polícias entram e eu me levanto no mesmo instante para recebe-los, mas a maioria passa por mim indo até a cena do crime, menos três que vem em nossa direção.

─ Allyssa Daltton e Justin Bieber. ─ um polícia diz olhando em um papel, quando o mesmo lavanta o rosto percebo que se trata do polícial do circo, só existe esse cara nessa cidade?
─ O que vocês fazem juntos? ─ ele diz confuso enquanto franzi o cenho.

─ Ele... ─ aponto para o corpo de Jaxon. ─ É meu amigo e irmão dele.

─ Claro, vocês o encontraram? ─ ele pergunta e eu assinto.

Depois de responder algumas perguntas, achei que seriamos levados para um interrogatório, mas ele apenas nos manda ir embora e sai de perto de nós. Justin disse que me levaria pra casa, então caminhamos juntos até a saída.

─ Como o policial conhece você? ─ pergunto tentando não parece atrevida.

─ Ja esteve preso algumas vezes. ─ ele diz e da de ombros.

─ Por que?

─ Destruição ao patrimônio público, alta velocidade...essas besteiras. ─ justin responde enquanto descemos a pequena escada da blibioteca caminhando até a calçada onde a moto estava.

─ Mas e você, como ele te conhece? ─ o mesmo pergunta enquanto monta na moto, eu coloco o capacete e suspiro.

─ Digamos que não é a primera vez que eu estou envolvida em uma tentativa de assassinato. ─ subo na moto e agarro sua cintura, ele liga a mesma e nos tira dalí.

Nunca pensei que uma biblioteca fosse se torna um lugar tão frio e sombrio, dentro de vinte minutos chegamos ao meu bairro, pedi a Justin que parasse a moto um pouco distante da minha casa, pois percebir que algumas estavam com a luz acesa, eu queria evitar comentário maldosos ao nosso respeito, me despedi dele e lhe entreguei o capacete, desejei boa sorte ao mesmo, para contar ao pais o que aconteceu com o filho mais novo.

Caminho em passos rápidos até em casa, ao chegar no jardim percebo que o galpão estava com as luzes apagadas, talvez ele estivesse dormindo, ignorei aquilo e entrei em casa sem fazer nenhum barulho, subo para o meu quarto e fecho porta devagar, olho para o relogio na parede e o mesmo marcava seis e quartoze da manhã, vou direto para o banheiro e tomo um banho demorado, ao sair visto uma roupa qualquer, pego minha bolsa e desco para o andar de baixo onde minha mãe, que levantara a pouco tempo preparava o café.

Assim que desco as escadas ouço a porta da frente ser destrancada, meu olhar vai na sua direção e então eu vejo o senhor de cabelos grisalhos e  macacão de trabalho a minha frente.

─ Papai... ─ susssuro.

Deixei a bolsa cair no chão e corrir em sua direção o abraçado, era tudo que precisava, do seu abraço, ele mesmo sem entender me abraça forte.

─ Ta tudo bem filha, eu estou aqui. ─ pelo o seu tom de voz, percebo que o mesmo sorria e não fazia ideia do que estava acontecendo comigo.

─ Eu sei... ─ falo com a cabeça apoiada no seu peito. ─ E isso é bom. ─ sussuro.

─ Você tá bem, meu docinho?

***

Desculpem não ter postado um capítulo ontem, eu estava sem tempo, mas aqui está seus lindos! Espero que gostem💖

Não Abra A Porta Para Estranhos ➤ Shawn Mendes↳Adaptação↲Onde histórias criam vida. Descubra agora