Chapter 07 » "Visitas Indesejadas"

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➤  Alyssa Daltton.

─ A mídia exagera. ─ Shawn fala, pagando o controle remoto e desligando a tv.

─ O que você faz aqui? ─ pergunto um pouco assustada, enquanto me apoiava no batente da janela.

─ Preciso de uma caneta...

─ Não, quero dizer. Como você entrou aqui? ─ o interrompo.

─ A porta dos fundos estava aberta. ─ ele dá de ombros, como se entrar na casa de uma pessoa sem a sua permissão não fosse nada demais. ─ Mas e então, você tem uma caneta?

─ Sim... ─ o olho desconfiada. ─ vou pegar. ─ me dirigo até a escada começando a subir.

─ De preferência vermelha! ─ ele grita, enquanto eu chego na andar de cima, tenho certeza que ele riu.

Abro a porta e vou direto para cômoda, me perguntando o porque que eu vou empresta uma caneta pra aquele maníaco, ele tem dinheiro o suficiente pra comprar uma e outra porque vermelha? Depois de pegar a caneta saio do quarto e desço as escadas, vou para a sala mais ele não estava lá, junto as sobrancelhas. Ando até a cozinha, mas não o encontro, vou em um pequeno corredor e o vejo lá parado, olhando as fotos de minha família, que estavam penduradas na parede.

─ Ta tudo bem? ─ pergunto chamando sua atenção.

─ Claro. ─ ele responde, claramente pertubado, Shawn pega a caneta e saí, sem ao menos agradecer.

Depois que ele saiu, me aproximei do porta retrato, o que poderia ter deixado ele daquele jeito? É só uma foto. Na imagem havia eu com 6 anos, Thomas nos braços da minha mãe, ele havia acabado de nascer, e meu pai ao lado. Dou de ombros e volto para sala, me sento no sofá e mudo o canal para um filme qualquer. Passei alguns minutos assistindo até que campanhia toca, me fazendo bufar, não queria ter que levantar.

─ Polícia. Abra a porta, por favor! ─ eles pedem, mas soa mais com uma ordem.

Me levanto e arrumo minha roupa enquanto caminho até porta, respirei fundo antes de abrir. Dois polícias estavam parados me olhando, um era loiro e mais alto, o outro era baixo e moreno, ambos usavam kepé, dei uma rápida olhada sobre os ombros deles e havia um veículo polícial parado em frente ao meu jardim.

─ Posso ajudar? ─ pergunto enquanto cruzo os braços, torcendo pra que nada sério tivessi acontecido.

─ Desculpe o incômodo mocinha. ─ o loiro fala ─ Mas estamos passando nas casas dos moradores, verificando se alguma coisa estranha está acontecendo. ─ ele se inclina procurando sei lá o que na minha casa.

─ Não tem nada acontecendo aqui. ─ franzo a testa.

─ Você mora só? ─ o mais baixo pergunta.

─ Não, meus pais saíram, mas tem o meu vizinho, ele mora nos fundos. ─ respondo e vejo o mesmo anotar alguma coisa em um pequeno caderno.

─ Podemos dá uma olhada? ─ O loiro volta a falar, enquanto arruma seu coldre. Os dois se olharam e eu juntei a sobracelhas.

─ Acho que sim...

Os guio até o quintal, quando chegamos lá o galpão estava trancado, com as luzes apagas, não se ouvia nenhum som lá de dentro.

─ Tem certeza que alguém mora aqui?─ O moreno pergunta enquanto olhava pelas as brechas de madeira do galpão.

O que eles acham? Que eu sou uma lunática?

─ Sim, ele se mudou a alguns dias. ─ respondo o mais calma possível.

─ Certo. ─ o loiro diz, depois de fazer um pequeno perimetro em volta do lugar, não sei porque mais eu tinha a impressão de eles achavam que eu estava inventando isso. ─ Bom, se você ver algo estranho, ligue pra nós. ─ eu assinto.

Quando eles vão embora, eu fecho a porta e volto para sala pesando em Shawn, aonde ele havia se metido? Ele estava a alguns minutos aqui e de repente some. O que ele está escondendo? O que a polícia não pode ver?

Mudo meus pesamentos e volto a assiste tv.

Algum tempo depois, mamãe e Thomas chegam, ela me explicou o motivo do mal está de Thomas, ele havia comido muito doce na noite passada e acabou passando mal. Era estranho não ter meu pai por aqui, ele sempre esteve por perto, eu teria que me acostumar com essa idéia de não ter ele aqui, porque sabia que era por uma boa causa, logo depois, minha mãe e Thomas foram dormir, mas eu não, eu não estava com um pingo de sono.

Fui para o meu quarto e resolve estudar os novos assuntos desse semestre, se eu quisesse passar de ano, teria que me empenhar um pouco. Eu estava lendo sobre Células, quando de repente a energia caiu, eu não me move, esperei que alguém vinhesse até meu quarto, mais ai lembrei que minha família estava dormindo e que provavelmente, nem notaram a queda de energia. Agora, eu estava por minha conta. Levanto da cadeira esbarrando em alguns móveis, sai do quarto me apoiando pela as paredes, deppis que desce as escadas me segurando no corrimão, fui direto para a cozinha esperando encontrar uma lanterna, mas não encontrava em nenhum lugar, por puro reflexo tento ligar o interruptor, mas não adiantava de nada.

O que estava acontecendo?

Abrir novamente as gavetas do armário me certificando mais uma vez sobre lanterna, suspiro de decepção, aonde estava? Assim que fecho a gaveta, sinto um vento gelado atrás de mim, virei o rosto imediatamente mais não havia ninguém. Apoio as mãos no balcão do armário e respiro fundo, pelo o canto do olho, vir uma luz branca, encima do balcão de mármore, a luz refletia no armário, era a lanterna, juntei as sobracelhas, porque eu não vi isso antes?

Estende a mão para pegar, mas em frações de segundos, sinto algo me empurra contra a parede, senti meu coração acelerar, a luz da lua que atravessa a janela, iluminava os olhos castanhos a minha frente.

─ Shawn? ─ Suspiro e ele me solta devagar, só então percebo o quão perto ele estava.

─ Desculpa se te assustei. ─ ele diz andando pela a cozinha.

─ O que você faz aqui? ─ pergunto desconfiada.

─ Ally, porque você levou aqueles policias até o galpão? ─ ele fala e começa a mexer em alguma coisa, que pelo o barulho era metal.

─ Os policiais? ─ pergunto, como ele sabe dos policias?

─ Sim.

─ Eles...perguntaram se morava mais alguém aqui. ─ respondo séria.

─ Ally... ─ ele diz e se vira pra mim, matendo distância, ele suspira e só então percebo que o mesmo segurava uma faca. ─ Vamos combinar uma coisa, nunca mais leve ninguém aquele galpão! ─ ele diz com sua voz firme e mais grossa que e o normal ─ Nada de "visitas indesejadas", ok? ─ Não gosto de ser interrompido.

─ Claro. ─ respondo tentando parecer calma, mas o tom da minha voz coloca tudo a perder.

─ Bom saber que posso confiar em você. ─ ele diz e joga a faca na pia, que faz um barulho alto, mas é encoberto por um trovão.

─ Sim, pode sim. ─ digo e prendo a respiração, tentando conter o medo.

─ Ótimo ─ ele caminha até mim, e eu aperto a quina do balcão, com força. ─ Obrigado, pela a caneta. ─ ele estende e eu a pego, Shawn passa por mim, e saí fechando a porta. Sentir o ar preso em meus pulmões ir embora.

Dentro de poucos segundos, a energia volta, me fazendo leva um pequeno susto. Ok, isso foi MUITO assustador, encarei a caneta nas minhas mãos, será que essa é a "coisa estranha" que deveria me fazer ligar para a polícia?
Esse cara não é normal, disso eu tenho certeza, eu não sei quem ele, nem o que pode fazer, acho que o melhor agora, é manter distância, minha família precisa desse dinheiro, e mesmo que eles não vejam esse lado, estranho de Shawn, eu não poderia estragar tudo, como minha mãe disse, ele é nossa salvação e eu não posso colocar isso a perder.

Não Abra A Porta Para Estranhos ➤ Shawn Mendes↳Adaptação↲Onde histórias criam vida. Descubra agora