Capitulo 1

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Isobell

Chego na escola e já sou recebida com olhares de reprovação e sussurros mas, eu não quero que nada estrague meu dia hoje tenho minhas aulas favoritas. Vou sorrindo até meu armário e um papel cai dele. Nem preciso terminar de ler para saber que são xingamentos, apenas amasso e jogo no chão.
Vou para minha aula de artes e presto atenção no que o professor falava. De todos ele é um único que nunca me deu uma indireta cruel ou me desprezou, na verdade ele é único que vez ou outra sorria pra mim.
Assim que o sino toca sou despertada de meus devaneios e percebo oque estava desenhando.
Um lago onde a luz da lua cheia era refletido. No desenho parcialmente pintado vejo na ponta do papel o esboço de um lobo uivando para a lua e acho estranho.
- Senhorita Wilson! - senhor McTavish me chama a atenção - Creio que você vai se atrasar para a próxima aula.
- Oh! Sinto muito senhor. - arrumo minhas coisas mas ele vê o desenho.
- Sabe senhorita Wilson eu aprecio muito seu talento em arte acredito que você tenha muito potencial. - assim que vou passando pela porta ele completa - Senhorita Wilson?! Não ligue para aqueles babacas - ele da uma piscadela.
- Sim senhor! - saio alegre mas esbarro em alguém.
E eu esbarro na pior pessoa da escola para se esbarrar Victoria Delvalk uma das riquinhas mimadas da cidade que me despreza e só de olhar para mim vem me encher o saco.
- Pelo visto a ômegazinha esta alegre hoje. Deve ser por que ela sabe que o supremo vem aqui amanhã. Louca para virar a putinha dele como foi a de seu pai - esqueci de mencionar que ela é minha vizinha? Pois é.
E ela sabe me atingir no ponto que mais doi. Meu bom humor foi pros ares.
- Eu não sou você Victória - apenas suspiro e saio.
Resolvo matar o resto dos tempos até chegar à aula de música. Não estava com saco para assistir às demais aulas, já estava passada mesmo.

Finalmente chega aula de música. Dirijo-me até a sala. Chegando lá uma uma ruiva alta de olhos castanhos claros estava arrumando os papéis com os cifrões musicais. Miss Chloe Hardbrook mas todos a chamam de Miss Brook. Ela é uma mulher séria que não se da por vencida facilmente, e beta do meu irmão. Ela não me despreza, pelo contrário apesar de ser fria ela sempre me da os melhores conselhos, alguns complicados de se entender, outros não.
- Senhorita Wilson! Chegou cedo deixe-me adivinhar. Você matou todos os tempos menos a aula de artes. - e ela me conhecia muito bem.
- Você me conhece Miss Brook - chamo sua atenção e sorrio.
- Suponho que a Senhorita Delvalk te irritou de novo? - me apoio no piano de armario e aceno com a cabeça tristimente - O que ela falou dessa vez Bell?
Ela só me chama assim quando está preocupada.
- Falou 'Daquele dia' e sobre a chegada do supremo sem contar que falou a verdade sobre ser uma ômega fraca - ela fica em silêncio.
- Por pior que pareça, essa dor te deixará mais forte Bell. O passado pode doer, mas, do jeito que eu vejo, você pode fugir dele ou aprender com ele - por um segundo acho graça. Não sou muito de falar sobre sentimentalismo tive que me tornar fria pra aguentar o que aguentei.
- Você misturou o professor Xavier (X-men) com Rei Leão ? - ela sempre fazia isso tinha frase inspiratórias ate para o capeta. E ela solta uma gargalhada.
- Na verdade é Friedrich Nietzsche.
Trocamos olhares cúmplices até que somos despertas pela campa.
- Ah e Miss Brook Jason disse que o supremo estava procurando alguém para ensinar a irmã dele a tocar piano. E ele disse que me idicou. Você acha que se o supremo me chamar eu devo ir? - pergunto inquieta.
- MAIS é claro! Por que duvidas? - ela exclama e eu não sei se tomo susto por ela ou pelos alunos que vão entrando.
A aula se dá início e vou prestando atenção nas teclas para não erra-lás mas ainda assim me pego pensando o que aconteceria se ele me chamasse para fazer isso e se eu poderia ter uma vida onde ninguém me despreza ou me odeia.

Baby se você disser não eu te arrastarei até la e você será obrigada POR MIM a aceitar

Liv minha querida loba cabeça quente que tá tão cansada disso quando eu.

Ok querida

Reviro os olhos e respondo. Quando dou por mim e a aula já tinha acabado. Resolvo ir logo pra casa antes que Victoria resolva me dar o troco.
Pelo visto estou sem sorte ela e seu grupinho me esperam lá. Me pegam pelo braço e me levam ate os fundos da escola.
- A vadiazinha vai aprender a me respeitar. - ela me da um soco e seu anel corta minha testa. - E ficar de bico calado.
Seu segundo soco vem com tudo e corta dessa vez meu lábio. Ela tem um gancho de direita ate que fraco. O que dói é a porra do anel.
- Tchau !Tchau! - seu grupo me deixa lá no chão.
Demoro uns segundos para recuperar o fôlego. Assim que me recupero um pouco mais me levanto e vou trilhando meu caminho ate em casa. Você só pode estar de brincadeira! Começa a merda de uma chuva que em poucos segundos me deixa encharcada. Por sorte faltava pouco para chegar.
Entro em casa morrendo de frio se encontro irmão falando com três pessoas estranhas porém logo ele vê o meu estado e arregala os olhos.
- Bell ! O que aconteceu com você? Mãe pega uma toalha pra ela por favor? - apenas a ouço sair da grande sala, bufando
- N-nada - limpo a garganta me tremendo.
- Como nada? Você ta com um corte roxo na testa e na boca! Quem fez isso com você.
- Como você garante que eu não comecei uma briga. - do nada sinto um aperto no peito.
- Por que eu te conheço Isobell - ouço alguém coçar a voz e lembro que temos companhia. - Ah perdão essa é minha irmã
gêmea Isobell Wilson.
Minha mãe finalmente chega trazendo uma toalha e joga em mim maior má vontade. Logo me aconchego no pano macio e quente.
- Minha.
O cara de cabelo castanho e olhos verdes me fala olhando pra mim. Ele era muito mais alto e forte que eu (na verdade eu que era baixa e tinha 1,57 de altura). Logo entendi. Sufoco a palavra 'meu' junto com as lágrimas que queriam vir.
- Com licença eu tenho que me trocar - minha voz por sorte não falha e subo, ouço meu irmão me chamar mas não ligo.
Quando sumo da vista deles deixo que minhas lágrimas molhem meu rosto. Entro no quarto e tranco a porta. Tapo minha boca para que ninguém me ouça.....

A Ômega do SupremoOnde histórias criam vida. Descubra agora