Capitulo 25

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Chloe Hardbrook acima
Isobell

Com o enigma martelando em minha cabeça, resolvi sair para treinar. Os espiões bruxos chegaram a relatar em como Khsarr estava ganhando poder invocando um exército de monstros e demônios que até agora, contam com mil e precisamos que o número não cresça pois se crescer muito não seremos mais capazes de segurar.
  Logan tem procurado entrar em contato com o clã das fadas. Ao que tudo indica eles parecem ter sido os dos mais afetados. Não sabemos como as coisas estão em Mriland, mesmo que fique não muito longe da cidade dos bruxos, a barreira de Brakör é bem mais forte que a da cidade das fadas e sem contar que...
    Eles não estão muito longe da Cidade de Nada. Onde, de acordo com minha ancestral e Chloe, foi onde Becca nasceu e foi criada como a discípula das deusas entre as dríades. Onde Khsarr e Şura foram derrotados, onde hoje não há nada além de algumas ruínas pois o resto foi dizimado ao nada, ao pó com a liberação de poder de dois seres extremamente poderosos, Becca e o próprio Khsarr. Tão forte foi o poder que nada restou. As pessoas, pulverizadas seus amigos, famílias... todos... mortos. Apenas uma terra plana com uma fumaça densa de poeira que até hoje reside lá.
  Apenas o túmulo daquele demônio e a sua mulher. Até agora não pude entender muito bem o que houve. Como Khsarr ficou assim...
   Enquanto dormia tive um sonho que mostrava Becca, Khsarr, Şura e uma bela garota de longos cabelos loiros cacheados, olhos claros e com uma pele tão pálida que parecia leite, na meia adolescência, tendo não mais que 16. Não como... inimigos mas, como amigos.
Sorrindo, brincando. Becca se recusa a mostrar o que houve em meus sonhos por mais que medite para entrar em contato é... impossível. Eu compreendo que pode ter algo haver com a atração que sentia por ela. Mas, não foi apenas aquilo. O que aconteceu na Cidade de Nada ela ser obrigada a assumir diversas reencarnações...
  Na mesma hora paro com o treinamento e olho para Viper e Lexa na minha frente tão suados quanto eu.
   — Ela está pagando o preço... – sussurro.
   — Como assim Isobell? – o vampiro ofegante me olha.
   — Rebecca também está pagando o preço de algo! Conto para vocês depois. Procurem Logan por mim. Eu vou atrás da Chloe.

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Chloe Hardbrook

  Ter sido a guardiã das reencarnações de Becca é cansativo mas, não há nada que eu possa fazer estamos recebendo a punição por causa do que fizemos afinal. Pelo menos parece finalmente estar chegando ao fim pra mim. Percebi que algo estava errado quando finalmente os deuses me enlaçaram à um companheiro.
   Não acho que já tenham percebido que eu e Daniel não somos tão próximos como companheiros deveriam ser. Depois de séculos mudando de corpo a cada reencarnação usando do meu maior e mais precioso segredo por quê justo agora um companheiro?
   Daniel é agradável e nunca me importunou com qualquer coisa. Ele sabe que não tenho muito interesse no laço de companhia mas mantemos uma relação amigável por enquanto. Conversamos como bons amigos mas ele também não sabe que posso ser capaz de comutar.
   Apenas... quero que acabe logo.
   Rodeio o jardim que fica ao redor do Ourannó. É lindo com diversas árvores e flores de todas as cores e jeitos. Sento-me no banco e respiro fundo.
 

  Isso vai acabar logo.
    — Chloe!

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Isobell

   — Finalmente te achei! – sento ao seu lado com a respiração descompassada. — Eu... rodei... tudo isso.
   — Algum problema Bell?
   — Becca está pagando um preço, e você também está, não é Chloe? – seus olhos ficam apreensivos – Por quê mentiu sobre sua relação com ela? Você é aquela garota de cabelos cacheados?
   O corpo que ela aparece estar é bem diferente já que ao invés de cacheados seus  cabelos agora são em um branco raspado mas que mostram um pouco dos cachos. Ela é bem mais alta que eu, por volta de 1, 70 metro com olhos escuros e uma pele morena escura.
     — Como? – pergunto novamente.
     — Meu nome verdadeiro é Átria e sim, eu, Becca, Khsarr e Şura éramos amigos quase que inseparáveis. Şura e Kharr eram realmente pessoas boas, gentis fizemos aulas juntos cada uma com sua especialidade de poder. Eu, comutação, o poder de mudar o corpo, Şura o poder de bruxas, Rebecca recebeu o poder angelical dos deuses e Khsarr... ele foi presenteado com poder dos demônios. O poder maldito. Muitos o evitavam por medo e ele tinha realmente pavor de quem ele poderia se tornar, de nos machucar. Muitos diziam que Khsarr e Becca estavam destinados a lutar mas, nós não nos importávamos, acreditávamos que poderíamos mudar o futuro... Mas um dia, resolvemos ir ao templo proibido e foi quando tudo deu errado... – ela toca minha mão e é como se fosse transportada para longas e dolorosas memórias do passado.

Cerca de 2000 anos atrás...

   Fazia o sol de verão na cidade de Grehard quando quatro sorridentes jovens caminhavam pelas ruas mercadistas de pedra quartzo. Todos não tinham mais que 16. Claro, atraiam olhares de qualquer outro que estivesse ao redor. As fofoqueiras e crianças os chamavam de quarteto incomum devido à singularidade nos poderes de cada um.
   Grehard era pacífica com diversos templos construídos por druídas no intuito de exaltar as deusas da lua e do sol, na cidade viviam todas as raças juntas e unidas como uma. Foi onde os jovens do quarteto incomum estudaram e cresceram. A mais velha, Àtria, com longos cabelos cacheados loiros, afinal era cultura as jovens não cortarem o cabelo até que casassem, olhos claros e uma pele também limpa e branca era a mais baixa do grupo. Depois vem Khsarr com olhos tão escuros quanto à noite e cabelos vermelhos que pareciam chamas quando refletidos no sol e uma altura quase que incomum em comparação aos homens da cidade, Şura com cabelos lisos que passavam da cintura, do mesmo modo que os olhos, eram uma escuridão à se perder de tão negros, e uma pele tão branca quanto à roupa de algodão que usava. E por último a mais nova, Rebecca com cabelos cacheados castanhos ondulados com olhos da mesma cor. Não era surpresa que atraía o olhar de diversos homens e até mulheres afinal aquela era escolhida como discípula das deusas lua e sol mesmo que fizesse parte do quarteto incomum.
    O quê os faziam tão incomuns eram os poderes que carregavam. Mas, aquelas crianças não se importavam com o que era dito e nem com os ensinamentos dos mestres, talvez a que mais aprontasse fosse justamente a escolhida que achava aquilo um fardo.
    Na noite quente de verão resolveram violar a área proibida o templo que continha as magias mais antigas e sombrias. Era para ser apenas uma travessura que gradualmente se tornou em um desastre.
Algo em que eles violaram e tocaram foi despertado. A princípio pensaram que derrubar aquele pergaminho lacrado acidentalmente não havia sido nada. Nunca iriam descobrir. E por um tempo pensaram que seria assim. Mas já era tarde o que tinha selado no pergaminho tinha sido liberto e se dividido em dois e se agarrou às duas coisas vivas mais próximas, Khsarr e Şura....

Hallou gntt
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