Isa
- vamos descer antes que... - olho para a mão do Léo e vejo algo que não tinha reparado minutos atrás, no calor do momento eu nem prestei atenção.
- que foi? - ele pergunta confuso por eu ter me calado repentinamente.
- por que a sua mão esta sangrando? - pergunto séria, será que ele bateu em alguém? Não, ele não faria isso.
- ah... Eu... Sei la... - ele passa a mão na nuca. O que você esta escondendo de mim senhor Leonardo.
Olho em volta do quarto e vejo uma mancha de sangue na parede.
- sei la né?! E por que a parede ta manchada de sangue? - aponto para a mancha e ele meio que se rende diante de tal prova do crime.
- eu acabei dando dois socos na parede pra ver se a raiva passava. - ele diz culpado e olhando para o chão.
- Léo, você tem que parar com esses seus surtos de raiva, não vê que isso faz mal pra você? - seguro sua mão e vejo os machucados e o sangue.
- vou tentar, amor. Desculpa. - ele sorri fraco.
Beijo o canto da sua boca e volto para o banheiro ainda segurando a mão dele. Abro a torneira da pia e coloco sua mão de baixo d'água.
- AI. Amor isso dói. - ele tenta tirar a mão da água mas continuo segurando.
- isso é pra você aprender a não socar mais a parede, e quando voltarmos você vai tirar aquela mancha da parede. - ele olha para mim com cara de poucos amigos e volta a olhar para sua mão.
Passo sabonete nos machucados para não infeccionar e ele contrai o maxilar.
- agora vamos descer antes que o professor desista de sair. - digo e pego a chave que ele colocou de volta no bolso.
Abro a porta, espero ele passar e tranco, depois devolvo a chave.
Fomos até o pátio de mãos dadas e todo mundo já esta aqui.- até que enfim não?! - professor olha para nós dois cruzando os braços.
- desculpa a demora. - digo e involuntariamente começo a fazer carinho em sua mão, acho que peguei essa mania de tanto segurar a mão de meu pai, ele sempre fazia carinho.
- vamos antes que eu desista. - ele nos da as costas e sai da pousada.
Nos apressamos a alcança-lo e Higor quase cai quando passa pelo portão, ele não viu que tinha um ferro em baixo, pra que ele serve eu também não sei.
- acho que vou emprestar meu óculos pra você viu. - Lorrane começa a zuar o Higor.
- é pra rir agora ou depois? - como sempre estressado.
Léo solta minha mão e passa o braço em volta do meu pescoço me fazendo ficar grudada a ele, passo o meu braço em volta da sua cintura.
- agora a gente vai ter que andar em passos iguais se não vamos cair. - digo e faço ele parar. - Pé direito primeiro.
Começamos a andar literalmente com o pé direito e conseguimos acompanhar um ao outro.
- é difícil acompanhar seus passos, cada um meu são dois seu. - ele diz e eu só reviro os olhos.
- engraçadão o senhor né.
- mas é verdade.
- então não me acompanhe. - digo e me solto dele, cruzo os braços e ando mais rápido. Adoro fingir que estou brava, ele fica todo meloso.
- princesa, não fica brava comigo. - ele coloca as mãos na minha cintura e me abraça por trás.
- você não consegue me acompanhar então ande sozinho com esses seus passos de gigante. - digo e faço bico de propósito.
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A Baixinha E O Skatista
DiversosIsadora é uma adolescente de 16 anos, ela é a nerd da sala, mas não como os outros nerds, ela não tem muitas espinhas nem usa óculos fundo de garrafa, ela é muito bonita e também tem muitos amigos, e como toda sala, tem os populares, eles não são in...