Era Pra Ter Sido Uma História De Amor

Capitulo 02 - Os Morangos.

Uma cena nada peculiar estava acontecendo no banheiro da casa de Jimin. Sua tia o berrava de forma mortal. Ela o chamava como se estivesse havendo uma invasão alienígena e ela fosse se casar com o líder dos invasores. Provavelmente, Jimin estava sendo chamado para se juntar a nova família de sua tia, ele no caso, não seria apenas o escravo dela, mas também do ser verde e de olhos preto em que ela diria 'sim' no altar.

- JIMIN! JIMIN! CADÊ VOCÊ? - Ela o berrava desesperadamente.

- O que foi? - Jimin surgiu no banheiro ainda de pijama.

- O que é isso? - Ela aponta para a privada.

Jimin a encara. Ele olha para a privada e depois volta a encarar sua tia.

- Isso não é meu.

- E nem meu - Ela colocou os braços na cintura.

Jimin ficou quieto olhando pra sua tia enquanto ela olhava pra privada. Ela estava toda descabelada e ainda usando um pijama dizendo: Sobrinhos são uns capetas! Que ela mesma customizou, jurando pro Jimin que não era uma indireta para ele, mesmo ele sendo seu único sobrinho, e mesmo ela fazendo dez exemplares da mesma camisa, e com uma escrita o nome do Jimin no lugar da palavra 'sobrinhos'.

Ela ajeitou a postura antes de continuar seu monólogo compartilhado com o seu sobrinho favorito.

- Se eu tenho a certeza absoluta que esse submarino não é meu, então você diz que não é seu. Quer dizer que entrou alguém na MINHA CASA, sentou na MINHA PRIVADA de porcelana chinesa fabricada na Alemanha, importada do México e que eu comprei no Brasil, deixando assim, uma mais que linda e magnifica MERDA dentro dela?!

Jimin olhou sua Tia, ela estava suando e seu cigarro todo molhado de cuspe. Por um momento, pareceu mais louca do que normal. Dava para ver suas veias saltarem. Seus olhos exaltados. E seu rosto rubro como ferro exposto em chama.

- Mas não fui eu - Jimin insistiu a ela.

Ela firmou os olhos nele.

- CLARISSA! - Uma bola de cuspe saiu de sua boca e se espalhou pelo rosto de Jimin.

- Como posso ajudar senhora? - Tia Barbie gritou por sua empregada, que surgiu do chão imediatamente.

- Você cagou no meu banheiro? - Sua mão tremia enquanto tentava arrumar o cigarro em sua boca.

- Não senhora - Respondeu Clarissa, pequena e de cabelo escorrido e escuro.

- Você reconhece essa bosta? - Novamente Clarissa negou - ENTÃO SE CLARRISA NÃO CAGOU, EU NÃO CAGUEI, E VOCÊ: MEU MAIS QUE QUERIDO SOBRINHO, NÃO POUSOU SUA BUNDA AQUI, ENTÃO QUEM FOI? - O desespero se misturou ao suor em seu rosto, ao cigarro todo encharcado e ao catarro dizendo 'oi' em sua narina esquerda.

- Não sei tia - Jimin respondeu, mesmo não sabendo seria a última coisa que falaria em vida.

Os olhos de sua tia começaram a tremer. Sua postura estava tremula também. Seu rosto avermelhado e sua roupa toda molhada de suor e suja com o catarro, que enfim ela limpou, estavam dando a aparência de que ela iria explodir ali mesmo. Se explodisse, claramente colocaria a culpa em Jimin, por seu sangue ter sujado o banheiro todo.

Ela ergueu a cabeça antes de prosseguir.

- Tu vai limpar, que Clarissa não é sua escrava - Apontou para Jimin com uma mão e a outra para a privada, em que ela acabara de jogar o cigarro.

- Mas... - A tia de Jimin estava saindo do banheiro com a Clarissa.

- Vamos Clarissa! Tentei cozinhar uma receita da internet e não deu muito certo. Quando for limpar o chão, tome cuidado com os cacos da janela - As duas saíram do banheiro, deixando Jimin a mergulhar junto aos milhos a bordo daquele submarino dentro da privada.