Todos subiram para o andar de cima, saindo do porão úmido e terrivelmente congelante.
Sheila os obrigou a saírem daquele cômodo sinistro em que possuía a câmara de criogenia. Ela os empurrou e trancou a porta com a sua chave (ela teve que tirar da mão de Barbie, pois sua amiga insistia ser dela).
– Nós temos o direito de saber quem está lá! – Namjoon insistiu.
– Vocês não tem direito de nada! – Sheila usou um tom em que surpreendeu a todos ali dentro – Essa chave foi dada a mim, então eu decido o que fazer... E nós iremos deixar quem quer que esteja, lá dentro, pois se está lá, planejou o tempo certo pra despertar.
Barbará viu o jeito que sua amiga estava agindo e se dispôs a ajudar ela a expulsar aqueles feios.
– Vão para a casas de vocês, não mexam em assuntos que não pertencem a vocês.
Jimin não quis voltar para sua casa, em vez disso, ele foi andar pelo centro daquela pequena cidade. Ele percebeu que nunca tinha feito isso desde que se mudou. Jungkook e Namjoon voltaram para o orfanato, Martin também foi para os braços de suas dezenas de empregadas.
A rua principal era cheia de lojas e pequenas árvores, todas floridas. Estava ventando, mas de forma leve, quase uma brisa.
Jimin estava andando pela calçada levemente esburacada. Na rua, apenas alguns carros passavam. Ele estava pensativo.
O caso sobre Martin, o mistério que rondava o menino cheio de empregadas. Jimin estava ficando maluco. Ele pensava no filho de Brenda, mas o filho de Brenda já estaria morto há um bom tempo. Ele ficava remoendo no que viu sobre a Fazenda Vitalizada, em sua visão e o que Martin fazia nela.
Jimin tropeçou. Dois pés esquerdos, era o que sua tia dizia, principalmente quando ele derrubava seus ornamentos incrivelmente caros e surrupiados de vizinhos alheios.
Ao se recompor, ele percebeu ter parado em frente a uma loja com um cheiro agradável vindo dela. Ele resolveu entrar. O cheiro logo ganhou maior intensidade e foi revelado de onde vinha, das várias flores que ali possuía.
Uma floricultura. Mas não uma simples. A tinta nas paredes estava diferente do que as de antes. Móveis diferentes, flores diferentes, mas com certeza era a mesma floricultura do irmão/pai adotivo do Jungkook.
– Olá, como posso ajudá-lo? – Disse uma mulher vindo em direção de Jimin.
– Eu estava apenas vendo mesmo – Jimin respondeu enquanto mexia em uma flor – Essa floricultura pertencia a alguém antigamente, certo?
A mulher estreitou os olhos e encarou o Jimin.
– Pertencia ao meu pai.
Jimin esfriou.
– Eu não sabia que ele tinha uma filha.
– Você diz como se conhecesse ele.
Jimin percebeu o tom de desconfiança dela.
– Ele está aí?
Ela fechou a cara.
– Quem é você? – A doce voz de atendente mudou rapidamente para um tom amargo.
– Alguém interessado na história dele.
– Você é algum obcecado por histórias de desaparecimento? – Ela derramava ódio, de maneira quase despercebido ao falar.
Jimin não se sentiu a vontade, percebeu que a qualquer momento, aquela mulher iria jogar um enorme vaso em cima dele, coisa que sua tia teria feito ou teria gostado da maneira de como Jimin iria levar flores para casa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Era Pra Ter Sido Uma História De Amor
FanfictionJimin se muda de cidade junto com sua tia por problemas que se meteu em sua antiga escola. Fragmentos do passado da cidade envolvem em mistério o relacionamento conturbado entre Jimin e seu professor de filosofia; Entre Jimin e sua tia; Entre Jimin...