Jimin andava de um lado para o outro, na manhã seguinte. Ele não queria voltar para àquele hospital público, aonde teria que matar a sua tia. Ele estava muito bem ali, em sua casa, sentado nos sofás com marcas de cigarro que Clarissa falhou terrivelmente em tirar. Estando ali, não precisaria pensar em fazer nada tão drástico. Tudo estava bem.
Clarissa levou alguns biscoitos para o Jimin. Ela estava tremendo, quase derramou tudo quando colocou em cima da mesinha de vidro, ao centro da sala. Ela se sentou e pegou um biscoito, mordeu ele com toda delicadeza possível. Jimin observou os não completamente redondos biscoitos em sua frente. Não pegou nenhum, apenas observou, ele não estava com fome, não surgia vontade para ele comer.
A empregada de Barbie, quando soube da notícia, ficou pasma, sem reação nenhuma, e logo depois, desabou a chorar. Não se sabia se esse choro era de tristeza ou felicidade. Muitos estariam felizes. Porque Barbie era uma pessoa horrível. Mas será que ela sempre foi? Quem era Barbará?
– Você precisa escovar os seus dentes, querida – Sua mãe passa as mãos nos cabelos de Barbie, enquanto ela insistia em querer comer mais balas.
Barbie sabia, aos dez anos, como convencer a sua mãe a quase qualquer coisa. Às vezes, como agora, ela falhava e tinha que ir escovar os dentes, ou lavar a louça, até mesmo, ser educada com o povo da cidade.
Enquanto sua mãe a arrumava para dormir, colocando o pijama e penteando seus cachos escuros. Seus três irmãos gritavam e as molas de suas camas podiam ser ouvidas de longe. Eles estavam pulando em cima de suas camas, como quase sempre acontecia.
– Mamãe, preciso que Sheila venha aqui para que possamos dormir, para que possamos lutar contra esses animais.
Sua mãe a olhou espantada, porém logo compreendeu. Barbará nunca foi a mesma depois que leu sobre livros de guerra e desastres, que a Escola de Árdio a obrigava.
– Eles não têm culpa, docinho. Aliás, Sheila irá vir amanhã. Eu prometo.
As duas sorriram.
A cozinha tinha um ar agradável quando a mãe, de três monstros e uma monstrinha, cozinhava. Sheila sempre ficava por perto. Ela, que possuía a mesma idade que Barbie, tinha um interesse enorme em tudo o que a mãe de sua melhor amiga fazia. Talvez, por não ter tido sua mãe por perto, perder ela em seu nascimento, fez com que nunca tivesse um exemplo notável, apenas seu pai, que era atencioso, porém, não bastava.
– A quantidade é essencial – Dizia ela enquanto fazia o chá e via que os olhos de Sheila estavam grudados em suas ações.
Barbie se divertia, toda vez que via aquela cena. Sua mãe e sua melhor amiga cozinhavam e ela só observava e comia os frutos dessas ações.
A porta da cozinha se abriu. Algo que ela mais gostava, era acrescentar a presença de seu pai, quando ele chegava mais cedo do hospital. Que era o que estava acontecendo agora.
Seu pai parou na entrada da porta.
– Papai! – Barbie se levantou da cadeira, de onde estava sentada, e ia correr em direção de seu pai.
– Este é Jeon Jungkook – Disse o Dr. Yoongi.
Ela não correu em direção dele. Ela apenas observou, como sempre fazia. O garoto surgiu por trás de seu pai.
– Prazer – Disse sua mãe ao vê-lo entrar.
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Era Pra Ter Sido Uma História De Amor
أدب الهواةJimin se muda de cidade junto com sua tia por problemas que se meteu em sua antiga escola. Fragmentos do passado da cidade envolvem em mistério o relacionamento conturbado entre Jimin e seu professor de filosofia; Entre Jimin e sua tia; Entre Jimin...