Jimin saiu da casa de Martin o mais rápido possível. Correndo pela calçada, ele tombava a cada passo que dava.
As calçadas, incrivelmente claras que percorriam o bairro aonde se encontrava a casa de Martin, eram todas brancas e parecia não ter terra ali perto. O sol forte refletia a cor ao máximo, a visão do sobrinho de Barbie ficou turva. Ele parou. Tentou recuperar o fôlego. Depois que teve aquela visão dentro da casa, se sentiu completamente cansado. Agora, mal se matinha em pé. As ruas estavam desertas e ele está apenas a algumas quadras da casa de onde saíra correndo. As imagens ao redor começaram a se juntar e logo formaram borrões. Em seguida, uma escuridão surgiu.
– A febre dele não está abaixando! – Barbie gritava com o médico em sua frente – Será que vou ter que levar o meu sobrinho de seis anos para o cemitério?
– Não é para tanto...
Ele tentava acalma-la, mas era interrompido pela gritaria dela e os relâmpagos vindo de fora na tempestade que havia recentemente começado.
– Estou tendo que esperar nessa fila. Você não vê o quão urgente é o estado de saúde dele?
– É apenas uma pequena febre. Existem pessoas mais importantes e em estado grave para serem atendidas – Ele colocou a mão no ombro dela – Aqui é um hospital público.
Ela olhou para o seu sobrinho, que estava tremendo na cadeira. Ela encostou a mão nele. Ardendo. A tempestade parecia ter começado no mesmo momento em que Jimin começou a reclamar de dores no corpo. Dor de cabeça e um frio imenso. Barbie teve que levá-lo o mais rápido possível para o hospital, enquanto chegava ali, enfrentou um tempo que do nada se tornou violento a ponto de encher as ruas de água e os céus com trovões.
– Eu sei que aqui tem uma ala privada...
Logo após de se informar sobre a ala privada, Barbie, pedindo informações para a enfermeira, foi direto ao caixa eletrônico que ficava no hospital.
Ela tirou um cartão da bolsa, que prometeu nunca usar, colocou no caixa eletrônico. Enquanto esperava a máquina ler as informações, ela lia a carta, que várias vezes havia lido.
"Para minha querida filha, espero que esse dinheiro lhe ajude sem que eu esteja por perto"
A conta foi acessada e Barbie retirou o dinheiro necessário para usar a ala privada. Essa foi a primeira vez que ela usou esse dinheiro vindo dessa conta. E à partir daí, nunca mais usou o plano de saúde público.
Dois anos haviam se passado desde o primeiro ataque de febre severa que Jimin teve, desde então, eles aumentaram.
– Esse menino vai morrer desse jeito – Barbie falava freneticamente no telefone – Eu não sei mais o que fazer Sheila. Talvez eu deva voltar para Árdio, me mudar pode ter sido um erro.
– Não foi um erro! Foi sua escolha, e Jimin estar doente não tem nada relacionado a isso – Sheila dizia no outro lado da ligação.
Barbie estava sentada em uma poltrona, perfeitamente confortável, ao lado de Jimin, em uma cama incrivelmente limpa. A ala privada do hospital em que Barbie atualmente morava, era boa, quase um hotel. Cara o bastante, mas Barbie podia bancar.
– Tia? – Jimin tentava falar ao mesmo tempo em que seus olhos estavam fechados e uma compressa de água fria estava em cima de sua testa – Eu vou morrer?
Barbie congelou.
Sheila, ainda na ligação, pôde ouvir o que Jimin disse, e subitamente pediu para que o celular fosse dado a ele para ela conversar.
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Era Pra Ter Sido Uma História De Amor
FanfictionJimin se muda de cidade junto com sua tia por problemas que se meteu em sua antiga escola. Fragmentos do passado da cidade envolvem em mistério o relacionamento conturbado entre Jimin e seu professor de filosofia; Entre Jimin e sua tia; Entre Jimin...