Eu quero você

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Todos já encontravam-se acomodados à mesa, Regina e Robin tinham acabado de juntar-se a eles. O recém-casal de namorados havia permanecido um pouco mais do que alguns bons minutos em seu paraíso particular. Precisavam de um tempo para que pudessem assimilar toda aquela enxurrada de dizeres proferidos por eles naquela noite e todo aquele sentimento que afogava o peito de ambos. As palavras tornavam os sentimentos ainda mais reais do que já eram.

Cora e Henry estavam sentados no extremo oposto da mesa, Robin e Regina se acomodaram no meio, Zelena estava ao lado da morena acompanhado por Jefferson, do outro lado estavam Killian, Emma e o pequeno, já que a loira ajudaria o garoto com a comida. Os lugares vazios foram ocupados pelo restante dos amigos e alguns familiares dos Mills.

Robin, por um momento ficara apenas observando todos a sua volta, mergulhados em uma conversa animada. Seus últimos natais não foram os mais acolhedores, nem mesmo antes quando seus pais ainda estavam casados, já que Jonh sempre achava um jeito de externar alguma alfinetada direcionada ao loiro. Ele poderia ver de onde a morena havia herdado toda aquela alegria que o encantava. Dava para sentir, de forma contundente, todo o amor que Henry e Cora, agora seus sogros, depositavam, naquela família, de longe.

Sogros... Ele ainda não acreditava que os tinha. Por um momento daquela noite, chegara a pensar que tudo estava acabado. E, agora - depois de darem voz a tudo o que existia no âmago de cada um - estavam ali, compartilhando de mais um momento juntos.

Regina buscou o olhar dele, percebendo o quão longe o loiro estava e em um gesto de carinho involuntário, pegou sua mão por baixo da mesa, chamando-o baixinho para que só ele pudesse ouvi-la.

- Está tudo bem? – perguntou-o, recebendo a atenção de Robin no mesmo minuto.

- Hãm?... Ah, está sim, não se preocupe! – respondeu-a, com um sorriso contido.

- Você sabe que essa não é uma opção. – encaixou sua mão a dele, deixando um carinho. – Está tudo certo mesmo? – Sorriu. Regina Mills era a rainha da teimosia.

- Sim, meu anjo! – garantiu. Inclinou-se um pouco mais para roubar-lhe um selinho rápido. – Está tudo bem! Só estava pensando, nada que você deva se preocupar, hm? – falou baixinho, recebendo um aceno positivo dela.

Voltaram suas atenções para a mesa quando a matriarca dos Mills direcionara uma pergunta para os dois, apenas trivialidades, que logo fora respondida. O jantar foi servido e, seguira da melhor maneira possível. O clima estava leve, descontraído. Todos conversavam entre si e algumas gargalhadas poderiam ser ouvidas, principalmente, vindas de uma certa ruiva que esbanjava felicidade e simpatia.

Os Mills pareceram acolher Lockesley com todo carinho possível, queriam que ele se sentisse em casa, já que agora, ele fazia parte daquela família, tanto quanto os outros. O acolheram assim como fizeram com Emma tantos anos atrás, como se estivessem ganhando mais um filho. Os mais velhos percebiam o que o loiro sentia pela filha deles apenas analisando suas orbes claras, estava tudo ali, ele era tão transparente quanto Regina ao olhá-lo.

Às vezes o tempo e, toda a experiência que se é dado com ele, nos permite conhecer o interior das pessoas. O interior de Lockesley estava bem diante deles, e eles não poderiam estar mais felizes por sua menina.

Henry, mesmo que longe do loiro, não deixava de chamar sua atenção, seja para fazer perguntas ou até mesmo para dizer o quanto "a comida da vovó estava uma delicia". Todos os olhavam com encantamento, o modo que o pequeno recorria à atenção do loiro, a forma como Robin sempre o atendia com carinho, era lindo de se presenciar.

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