Aquele de três corações ligados pelo amor

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Quando nos entregamos ao amor,

Começamos a morar um na vida do

Outro. Dividimos o mesmo telhado, e

Quando chove nos seus dias, chove nos

Meus também. Escolhi me molhar ao seu

Lado porque os dias de sol ficam muito

Mais bonitos quando você fica perto.

@AKAPOETA

Desde que encerrará a ligação que fizera para Zelena, cerca de 15 minutos atrás, a mulher continuava a encarar o aparelho telefone em suas mãos, tão compenetrada que era quase como se ela estivesse vendo algo bastante interessante. Entretanto, seus olhos não enxergavam quase nada, para se falar a verdade, há não ser borrões causados pelas várias lágrimas acumuladas no canto de seus orbes. Saindo um pouco de seu torpor, os dedos ágeis deslizaram sobre a tela e uma foto de uma Regina e um Robin sorridentes pode ser vista. Como ela o queria ali agora, como queria sentir toda a segurança dos braços e palavras dele. Queria sentir, naquele exato momento, a segurança que sentia sempre que estava ao lado do marido. Infelizmente, aquilo não seria possível. Chegará a pensar se estava sendo egoísta por não tê-lo contado nada ainda, mas, não era uma coisa que pretendia esconder dele. Seja lá qual fosse o resultado. Se sua cabeça e os sintomas tinham realmente razão ou não.

Fazia pouco mais de uma semana que estava atrasada, e, por mais que todos aqueles sintomas gritassem bem alto de que estava realmente acontecendo algo ali, sua mente tentará bloquear tudo aquilo o máximo que conseguirá. Os dias passaram e Regina se viu obrigada a encarar aquela situação de frente. O que esperava não aconteceu, então a probabilidade de que os indícios fossem assertivos era demasiado alta.

Agora, que deixará que o tópico do assunto transitasse por sua mente livremente, existia algo dentro de si que mudará. Como se soubesse a resposta para o motivo da sua inquietação naquele exato momento. No fundo, lá no fundo, Regina sentia. Será que era aquele sentimento que dizem que todas as mulheres têm? É quase que como reconhecimento.

Ela não sabia como iria reagir, e seu medo era esse. Estava com medo de tudo, na verdade.

Uma lágrima teimosa escapou, morrendo no canto do lábio cheio, quando uma mensagem do marido brilhou na tela do celular perguntando se ela estava bem e que a amava. Ela também o amava. Céus, o amava tanto. Mas também tinha tanto medo. Medo de que não desse certo novamente, de magoá-lo, de se magoar no processo. Regina queria poder respirar sem todo aquele peso que estraçalhava seu coração.

Sua atenção mudou de direção quando sentiu Lola deitar no sofá, colocando a cabeça em cima de sua perna dobrada, imediatamente Mills se colocou a alisar seus pelos marrons. Será que a cadela estava sentindo todo o nervoso que a rodeava? Dizem que os bichinhos são sensitivos a esse ponto, não é? Ela realmente acreditava naquilo. Os olhos chocolates de sua filha – filha, aquela palavra tinha um peso diferente agora. E era tão assustadora que mal conseguia pensar. – a analisavam com atenção, como se quisesse lhe confortar.

— Eu posso estar nervosa à toa, não é? — falou como se o animal pudesse lhe responder. — A quem eu quero enganar? — riu sem humor.

A campainha soou, a tirando daquele monólogo. Descansou um beijo na pelagem macia e obrigou seus pés a trabalharem, rumando até a porta de entrada do apartamento. Zelena estava parada do outro lado, segurando uma bolsa plástica e com um sorriso de conforto, que sabia que a amiga estava precisando.

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