Quando a felicidade insiste em ficar

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Sorriso (s.m.)

É quando a felicidade transborda pelo rosto.

É quando eu sei que estamos bem.

Reflexo do nosso coração quando vemos alguém especial.

Objeto utilizado para evitar perguntas desnecessárias sobre

Nossa vida quando estamos mal.

O seu é tímido, o meu é desbocado, mas se a gente sorrir junto

Vira poesia.

É a roupa mais bonita do nosso rosto.

@akapoeta



- Oi, bolinha! – Regina ficou de joelhos no chão assim que Lola veio em sua direção. A cachorrinha lambia incessantemente sua mão, enquanto alguns barulhos, parecido com um choro, eram emitidos. – Você sentiu saudades, meu amor? – perguntou, fazendo uma voz fofa, ouvindo mais latidos. – A mamãe também, garotinha. Mas já estou de volta. – acariciou os pelos marrons. Lola pulou em seu colo, tentando alcançar sua face, fazendo a mulher rir. – Nem fez tanto tempo assim.

Robin adentrava o apartamento da namorada com algumas sacolas que foram necessárias para toda a surpresa e, também os objetos pessoais e roupas de ambos. Sorriu ao ver a cena da morena com Lola, já amava completamente aquele montinho de pelo. Não poderia imaginar, quando a achou nas ruas do Brooklyn, que se apegaria tanto a ela, mesmo que estivesse passado tanto tempo longe. A cadela trazia alegria e bagunça para vida deles, um bônus que ganhou com uma vida ao lado de Mills. Com o recomeço dele. Lhe dado como um presente, o melhor que já ganhara até aqui.

- Tanta bagunça com a mamãe, nenhuma com o papai. – disse, ao depositar tudo sobre o sofá. Ao escutar a voz dele, Lola correu de imediato para onde ele estava, mordendo o sapato que calçava. – Agora sim! – sorriu para Regina, que o olhou com uma cara de quem não estava acreditando. – O papai agora pode matar toda a saudade. – proferiu, acariciando os pelos amarronzados.

- Você faz isso de propósito! – protestou, semicerrando os olhos, levantando do chão em seguida. – Você é uma pequena traidora, Lola! – ao ouvir seu nome sendo proferido, ela parou por alguns instantes de morder o calçado do loiro, virando a cabeça de lado – do modo mais fofo possível – encarando a mulher. – É, eu sei. Não tenho esses olhos azuis bonitões dele. – fez bico. – Mesmo assim você é uma traidorazinha. – cruzou os braços, aproximando-se.

- É o meu charme, sabe. Funciona direitinho com minhas garotas. – proferiu, mordendo uma risada pela cara dela.

- Com a Lola, o senhor quis dizer, não? – entrou na brincadeira, parando de frente a ele, que estava escorado no braço do sofá acariciando a cadela. – Porque com a sua outra garota, eu não sei não. – ergueu uma sobrancelha escura. Robin levantou o tronco, ainda encostado no braço do estofado, dando-lhe um olhar sugestivo, fazendo-a capturar o lábio inferior com o pensamento que lhe ocorreu.

Lockesley a pegou pelo braço, trazendo-a mais para perto de si, de modo que Regina ficasse entre as pernas dele. – A minha garota tem certeza que meu charme não funciona com ela? – perguntou, a apertando mais no abraço. – Porque eu tenho me esforçando muito para isso, sabe. – disse, fazendo-a rir.

- Ela aprecia muito seu esforço, pode ter certeza! – colocou os braços ao redor do pescoço dele, deixando seus rostos rentes um do outro, com seus lábios quase tocando-se, inflamando ainda mais a provocação. – Mas... – contornou o lábio dele com o polegar, intercalando sua mirada entre a boca e os azuis que ela tanto era apaixonada; seus oceanos particulares. -, Podemos ter a certeza se funciona, sabe? Só para testar mesmo.

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