Cinco da manhã. Quatro garrafas de champanhe. Três pizzas frias em cima do balcão da cozinha. Duas pessoas famintas as devorando. Uma tensão instalada desde o jantar.
Depois da proposta de Chris, congelei ali mesmo, e foi preciso alguns minutos para me recompor, juntamente com uma desculpa de que era apenas uma brincadeira sem graça que ele fizera para me deixar nervosa. Fingi que acreditei, e voltamos a comer, cada vez mais constrangidos com a situação. Compramos bebida quanto saímos do restaurante, e não precisou de muito para que Chris me convencesse a visitar seu apartamento, e essa foi a peça que faltava para que ficássemos bêbados a madrugada inteira.
Ele morava na cobertura de uma construção localizada no Upper East Side, e era um espaço enorme, que caberia umas três famílias dentro, mas só era ocupado por ele. Haviam vidros e espelhos por todos os cantos, móveis feitos por encomenda, e utensílios de prata. Toda a escada que dava para o segundo andar era feita de um mármore claro, assim com as bancadas da cozinha, onde comíamos nossas pizzas em silêncio.
Chris comia seu último pedaço, e eu o observava plenamente, preparando-me para ir embora. Seus olhos encontraram os meus, e ele sorriu, indo até a pia para limpar as mãos. Levantei, tentando encontrar minha bolsa em algum lugar da cozinha, e senti seus olhos sobre mim.
—Eu preciso ir.
—Precisa? —Ele caminhou até mim, segurando minha bolsa, que antes estava jogada no chão da cozinha, e me entregando.
—Eu não sei se você lembra, mas daqui a duas horas precisamos estar na empresa, e eu sinto que ainda estou um pouco embriagada.
Ele riu, e o acompanhei. Senti suas mãos em minhas costas enquanto eu caminhava até a porta, e seus dedos gélidos tocavam a parte desnuda de meu vestido. Virei-me para dar adeus, tentando disfarçar o arrepio que aquilo me causou, e seu rosto se encontrou com meu. Estávamos a centímetros de distância, e pude sentir sua respiração em sincronia com a minha. Ele me encarou por alguns segundos, até fechar os olhos, aproximando-se de mim.
E estávamos nos beijando. De novo. E eu não queria parar, não daquela vez. Pus minhas mãos em seu pescoço, e senti suas mãos escorregarem até a barra de meu vestido, acariciando toda minha coxa, gemi baixo e mordi seus lábios, enquanto ele me pressionava contra a parede. Nossos corpos de chocaram, e o beijo ficava cada vez mais urgente, até que ficamos sem fôlego para continuar.
—Você não vai fugir dessa vez, vai? —Ele traçava beijos por todo o meu rosto, indo até meu pescoço, até chegar ao decote de meu vestido. —Porque eu não estava brincando sobre aquela proposta.
—Ah, jura? —Ironizei entre suspiros, e puxei seu rosto até o meu, beijando-o novamente.
Pude sentir suas mãos irem até minha bunda, e apertarem fortemente, até eu sentir um impulso, e em segundos eu estava em seu colo, enquanto ele me carregava pela escada, indo em direção ao seu quarto. Caímos em um dos degraus, e não precisou de muito para que começássemos a rir feito idiotas. Caminhamos até o cômodo, e Chris me jogou em sua cama, não tive tempo de reparar no quarto, pois sua boca encontrou violentamente a minha.
Tirei sua camisa e a joguei em algum canto do quarto, e cravei minhas unhas em suas costas. Suas mãos foram até meus seios, apertando-os, e não pude deixar de soltar um gemido com seu ato. Tirei seu cinto, e puxei seu corpo, ficando por cima. Ele me beijou novamente, tive que afastá-lo por um segundo, encarando seus belos olhos azuis.
—Chris. Sem. Preliminares.
—Parece que alguém está ansiosa.
O beijei novamente, e pude notar seu sorriso. Rebolava constantemente em seu colo, e pude sentir seu membro rígido. Continuei me movimentando, sentindo Chris agarrar minha cintura para me ajudar com os movimentos, entre beijos.
—Camisinha. —Falei, tentando recuperar o fôlego.
—Camisinha, droga. —Ele fechou os olhos, levando suas mãos à cabeça, parecendo decepcionado. —Minhas camisinhas acabaram!
—Chris... —Encostei minha testa na sua, e segurei seu rosto com as mãos. —Eu nunca te odiei tanto como estou te odiando agora.
—Eu nunca me odiei tanto como estou me odiando agora. —Ele repetiu, e sai de seu colo, deitando ao seu lado na cama.
Um silêncio se estendeu no quarto. Olhei ao redor, reparando na decoração. Não era nada exagerado, havia uma estante de livros em um canto, uma televisão ao lado, duas portas que davam para o closet e banheiro, um tapete de yoga, e vários quadros espalhados pelas paredes. Respirei fundo, tocando meus lábios, e virei-me para encara-lo.
—Precisamos de regras. —Ele me olhou de volta, confuso. —Isso é um negócio, certo? Temos que ter nossos termos e condições.
—Então, isso é um sim?
—Sim. —Ele sorriu. —Primeiro, nada de misturar trabalho com isso, ok?
—Sem trabalho.
—Sem ciúmes, brigas ou discussões; não somos namorados. —Ele assentiu. —Vamos manter tudo no casual, não devemos nada um ao outro.
—Você que manda.
—E o mais importante: nós não podemos, de jeito algum, nos apaixonar.
—Não se apaixonar. Ok, parece fácil. —Estendi a mão para selar o acordo, e vi Chris fazer uma careta, puxando-me para um beijo.
—Camisinhas! —O afastei, e ele riu, enquanto voltávamos a nos beijar. —Precisamos de camisinhas.
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the proposal • chris hemsworth
FanfictionAmelia Ducain é uma das funcionárias da Hemsworth Company, a maior e mais cobiçada empresa de Nova York. Ao sair de uma reunião com os acionistas, Amelia tem uma estranha conversa com seu chefe no banheiro feminino, mal sabendo que o seu futuro na e...