Eu encarava a porta do apartamento de Chris há exatos vinte minutos. Ainda não havia tido coragem para bater, e meu coração acelerava a cada segundo, então não pude me preparar para a situação sem que a ansiedade tomasse conta de meu corpo. Eu estava ali, estava ali de verdade, e não sabia como fazer o que eu tinha que fazer, mas queria muito.
Eu levantava minhas mãos a cada instante que se passava, mas perdia a coragem em seguida, ficando plantada na entrada como uma completa idiota.
Quando finalmente consegui controlar minha emoção, bati fortemente na madeira de sua porta, e demorou uns cinco minutos até que eu pudesse ver a fechadura se mover, fazendo com que ele aparecesse em minha porta. Chris estava apenas de calça moletom, com seu peitoral amostra, e enxugava seu cabelo com uma toalha que também parecia molhada. Ele pareceu se assustar ao me ver, franzindo o cenho confuso.
-Você está pálida, o que aconteceu? -Sua expressão mudou num segundo, indo de surpresa à preocupação, e senti sua mão tocar meu braço, puxando-me para dentro de sua casa.
-Você aconteceu. -Disse, e ele pareceu entender do que eu estava falando.
-Amelia... -Começou, mas não demorei muito para interrompê-lo, era minha vez de falar, e dessa vez ele era quem escutaria.
-Ok, não, só eu falo agora, tudo bem? -Ele assentiu, jogando-se no sofá enquanto me encarava. Sentei-me na mesa de centro, olhando fixamente para seus olhos azuis. -Eu não tenho um lugar favorito.
-Pretende chegar em algum lugar com isso? -Brincou, mas o encarei séria, e o vi ficar finalmente calado.
-Tudo bem, não tenho um lugar favorito, mas nos últimos tempos, qualquer lugar que você estivesse comigo podia facilmente se tornar o meu favorito.
Ele engoliu o seco, e se sentou corretamente para olhar para mim com mais atenção, que apenas prossegui.
-Chris, sou péssima falando sobre o que sinto, não acredito que estou fazendo isso. -Respirei fundo, e expirando lentamente para que as batidas de meu coração desacelerassem. -Eu sei que fui eu que criei aquelas regras idiotas, e eu sei que briguei com você toda vez que você fazia algo romântico, mas Deus, como eu adorava tudo aquilo. Acho que, no fundo, eu desejava que fosse real, que agíssemos como um casal porque éramos um, ou sei lá, porque podemos ser.
Ele cruzou suas mãos enquanto analisava meu rosto, e cheguei mais perto de seu corpo para finalmente concluir o que eu queria dizer.
-A questão é que: eu estou disposta a tentar se você também estiver, porque, bem, é o que meu coração está pedindo, na verdade, implorando.
-O que ele está pedindo? -Ele perguntou, segurando minhas mãos enquanto o fazia.
-Que eu fique com o homem que... você sabe, Chris.
-Sei? -Revirei os olhos, e o vi sorrir de canto, me provocando. Respirei fundo, tentando me acostumar com o fato de que eu não tinha medo de dizer aquilo, e que eu queria dizer, porque era o que sentia.
-Eu amo você.
Não ouvi mais nada sair de sua boca, já que ele juntou nossos lábios num gesto urgente, me puxando mais contra seu corpo, e eu retribui o ato imediatamente. Ele sorriu entre beijos, e subi em seu colo para abraça-lo, ouvindo sua risada em meus ouvidos. Ele afastou nossos rostos, encarando meus olhos por longos minutos, enquanto acariciava minha bochecha com a palma de sua mão.
-Obrigado por ter aceitado aquela proposta. -Ele sorriu, e retribui o gesto, dando um selinho demorado em seus lábios.
-Obrigada por fazê-la.
*****
-Prefere morrer queimado ou afogado? -Perguntei, enquanto ouvia o crepitar da lareira em frente à nós.
Estávamos sentados sobre o chão, e eu me encostava sobre os braços de Chris, que ainda não tinha vestido sua camisa, fazendo com que eu sentisse sua pele ao mesmo tempo que ele me abraçava.
-Você é tão romântica, Ducain. -Ironizou, e mordi sua bochecha como resposta, ele riu, e depositou um beijo em minha testa. -Acho que está começando a pegar minhas manias.
-Passo muito tempo com você. -Disse, entrelaçando nossos dedos.
-Espero que continue assim.
Senti seu peito subir e descer ao tempo em que respirava atrás de mim, e me aconcheguei mais em seus braços, sentindo o seu abraço se apertar mais em volta de mim.
-Você não respondeu. -Eu disse, e ele pensou por alguns instantes, antes de olhar para mim e responder.
-Afogado. -Ele partilhou beijos por todo o meu rosto, e sorri ao sentir seus lábios sobre minha pele, causando-me arrepios. -O que você prefere?
-Bem, nenhum dos dois.
-Você é uma idiota. -Ele riu, mordendo o meu pescoço, e ri com o ato após sentir cócegas, lembrei do jeito que sua barba costumava fazer isso comigo.
-Acho que devia deixar sua barba crescer novamente.
-Achei que preferia sem. -Ele me olhou confuso, e depois deu de ombros. -Posso fazer o que você quiser.
-Ótimo. -Sorri, dando um selinho rápido do mesmo. -E saiba que prefiro você de qualquer jeito.
Vi um sorriso se alargar em seu rosto, e encostei meu nariz no seu enquanto sentia sua respiração ir ao encontro de minha pele. Ele beijou o canto de minha boca, acariciando meu cabelo.
-O que vai fazer amanhã? -Perguntou, afastando seu rosto do meu.
-Reunião com Viola, vamos conversar sobre a presidência da empresa.
Chris encostou seu rosto em meu pescoço, depositando uma pilha de beijos no local, e acariciei seu cabelo lentamente enquanto ele o fazia. Ficamos assim por longos minutos, e o sono ameaçava tomar conta de mim, fazendo com que meus olhos se fechassem vagarosamente.
-Acho que precisamos de um jantar. -Ele disse depois de algum tempo, despertando-me parcialmente.
-Não estou com fome. -Respondi baixinho, me aconchegando em seus braços para ficar mais confortável.
-Não, precisamos de um jantar para anunciar seu cargo. Sabe, podemos chamar seus pais, Alec e sua namorada, Elizabeth e seu irmão, meus afilhados. Todo mundo poderia ir, acho que devemos, de verdade.
-Ok, devemos. -Assenti lentamente, enquanto sentia meus olhos se cansarem de lutar para ficarem abertos, e finalmente me rendendo ao sono que tomava conta de mim.
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the proposal • chris hemsworth
FanfictionAmelia Ducain é uma das funcionárias da Hemsworth Company, a maior e mais cobiçada empresa de Nova York. Ao sair de uma reunião com os acionistas, Amelia tem uma estranha conversa com seu chefe no banheiro feminino, mal sabendo que o seu futuro na e...