As aparências nem sempre enganam

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Ele bufava de raiva, não tinha ideia de como odiava sua general até odiá-la. Não queria apenas humilha-la, queria esmaga-la e acharia uma forma, afinal ele era esperto para isso, ao menos no campo planejamento ele era muito bom, não era à toa que ocupava a chefia daquele departamento. Saindo da reabilitação ele caminhou até o vestiário que havia na ala clínica.

—É uma maldita! – rosnou irritado quando Ichy entrou com uma prancheta em mãos.

—Major, preciso de sua vistoria hoje no complexo de Zagort

Blue rosnou olhando para o tenente e pegou de forma meio brusca o tablet da mão dele. Ciente que esse ouviu o que ele falou e sem saber do envolvimento de Ichy com Chichi, ele prosseguiu.

—Não disse mentira alguma. É uma vergonha o que ela faz por esses... Animais de circo! Está tirando poder de um thrajin e o dando aos malditos escravos nojentos!

Ichy ficou em silencio vendo Blue ler rapidamente o comunicado de vistoria que cabia ao seu departamento, mas por ser um complexo especifico envolvendo raças aliadas e escravos então respondia a Ichy também.

—Discorda, tenente? – Blue o olhou com certa presunção.

—A general tem as razões dela para integrar sayajins. Quanto a desavenças não devo me pronunciar, sou um mero tenente, Major.

Blue sorriu torto com a perspicácia de Ichy em não se envolver, mas ao mesmo tempo não deixando ações para punições e sansões secundárias. Ele então riscou a assinatura e passou o tablet de volta a Ichy que prestou continência ao superior e se retirou.

(...)

Naquela noite, Chichi estava deitada sobre o corpo de Ichy que acariciava os cabelos dela que o olhava e o ouvia falar o que ocorrera.

—Ele te detesta mesmo! – disse rindo, e Chichi acompanhou com o sorriso que ele julgara ser divinamente lindo. —Pelo visto não superou bem!

—Ei! Ele nunca teve brechas! – disse Chichi e deitou a cabeça sentindo Ichy acariciar seu couro cabeludo com a ponta dos dedos espancando-se por entre os fios.

—Acha que ele tentará alguma represaria?

—Bom, eu to completamente embasada por ordens reais, eu apenas cumpro sem favoritismo. Não tenho culpa que sayajins são realmente guerreiros natos. E depois eu tenho certeza que ele vai tentar algo. Ele me parece ser desse tipo: rato covarde.

Ichy riu.

—Bom, deve conhece-lo bem mesmo, afinal serviu muito tempo ao lado dele.

—Péssimos anos! – disse Chichi e levantando a cabeça tornou a beijar Ichy e então murmurou – eu quero esquecer o dia.

—Todo ele? – Ichy perguntou malicioso.

—Todo, ficar ao ponto apenas de fechar os olhos e dormir.

Ele segurou a nuca dela e a puxou para um beijo mais intenso, e significativamente ao fechar os olhos, chichi sentiu o coração pulsar quando a imagem do rosto do sayajin formou-se em sua mente.

(...)

Kakarotto estava apenas de short dentro daquela cela que ele julgava minúscula. Tinha energia demais acumulada mesmo que a de luta estivesse sendo absurdamente drenada por aquelas drogas de coleiras contentoras. Ele levou a mão a mesma e tentou mais uma vez inutilmente quebrar e bufou zangado. Caminhava de um lado para o outro ia até a porta e batia, mas não tinha respostas. Ele estava ficando louco, quase como uma ser não sociável! Droga, nada de sair, nada de lutar, nada de conversar com alguém – só com os cientistas imbecis daquele planeta – era cruel admitir que o ponto alto do seu dia era estar sobre uma maca de exames. Até a droga da comida era contada, tinha horário e ele achava realmente uma ninharia, iam mata-lo de fome.

Orgulho e poderOnde histórias criam vida. Descubra agora