Candyland

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          Depois de várias compras e fotos tumblr à custa de Haru Wood, o trio voltou para a faculdade e se separaram cada um para o seu quarto. No dia seguinte eles iriam festejar numa balada, só não iriam ficar muito tarde por causa da faculdade. Haru tomou um banho, colocou o seu pijama e se atirou na sua cama.

          "Akira-kun...?" – suas bochechas ruborizaram ao lembrar-se do que havia acontecido na manhã deste sábado. – "Ah! Céus! Como isso foi acontecer?! Eu devo ter um imã de azar implantado em mim! Tá! Tudo bem eu ter esbarrado nele. Mas cair de pernas arregaçadas na direção dele? Aí já é de mais! Ôh Deus! Por que fizeste isso comigo, Senhor?" – suspira e se encolhe na cama, abraçando ainda mais o travesseiro. – "O que era aquele olhar? Por que ele estava me olhando como se... Como se ele fosse um predador, e eu... A presa. Tá. Isso foi completamente estranho. E o que foi aquilo de 'só Akira'? Por que ele me tratou como se fossemos amigos? Por que ele me ajudou? Tipo. Não era a obrigação dele e... Ele é o dono da empresa. Deve ter inúmeros problemas mais complexos do que 'ajudar um estagiário com a copiadora'. Por quê? Por que ele fez isso? Não faz sentido. Quais seriam suas intenções? Ele é rico, hétero, cafetão, come um trilhão de mulheres de qualquer lugar. O que ele ganharia sendo legal comigo? Tá. Ele pode ser só uma pessoa legal. Ele é rico, pode existir pessoas ricas que sejam legais. Não é?" – entre milhares de dúvidas e incertezas, Haru acabou caindo no sono.


          Domingo. Manhã de 7 de Abril. Era para ser só mais um dia de trabalho normal. Acordar e ir gerenciar uma grande empresa. Mas não! Não, não, não. Haru Wood tinha que surgir num sonho erótico e gerar uma puta de uma ereção em Akira Matsuhara.

- Merda! – o japonês bravejou no banho gelado que não estava funcionando. – Eu não queria fazer isso. – suspirou em derrota.

          Sua mão esquerda desceu lentamente até o seu baixo ventre. As gotas gélidas que deveriam deixar seu membro menos ereto, só pioravam sua excitação. O silêncio do banheiro, apenas o som da água caindo no chão. Os raios solares invadindo o cômodo sem luz artificial. Sua respiração pesada soltando vapor no meio da água fria. Mesmo que sua mão esteja fazendo um ótimo trabalho, ele precisava de mais. Precisava de Haru. Sentir sua pele. Seu cheiro. Ouvir seus gemidos naquela voz angelical. Ver seu olhar perdido em desejo e paixão. Queria sentir aqueles fios ruivos entrelaçados nos seus dedos. Sentir aqueles lábios o desejando. A luta entre suas línguas. Ele precisava daquele garoto para si. Mesmo que não quisesse admitir, mesmo que ele tente se convencer do contrário, ele precisava. E como precisava. Seu corpo, sua mente, seu coração clamava pelo calor do outro.

          Seu coração batia tão rápido. E não era pela sua atividade física. Toda vez que aquele par de olhos esmeraldas invadia sua mente, seu coração acelerava e se aquecia com algo que Akira nunca havia sentido antes. Suas mãos coçavam e tremiam para agarrá-lo e envolve-lo num abraço. Não queria se ver longe dele. Não queria parar de pensar nele. Não queria deixar de sentir o seu perfume adocicado. Ah! Como ele havia aproveitado aquela manhã de sábado para sentir seu cheiro. E Deus! Como aquele perfume o enlouquecia! Um pouco do seu cheiro ficara impregnado na sua roupa, ela ainda estava jogada no sofá do quarto, tendo o perfume do menor misturado com o seu, ele não podia resistir à tentação de ficar cheirando aquela maravilhosa combinação que havia se tornado a mistura de suas fragrâncias. Seus movimentos ficaram mais rápidos à medida que o êxtase chegava, a respiração mais difícil, os músculos mais tensos e o corpo se contorcendo de prazer ao jorrar sêmen de seu órgão pulsante e quente. Seus feromônios impregnavam todo o ambiente, o nó no seu pênis era doloroso sem ter "a onde se atar". Definitivamente, Akira Matsuhara precisava daquele ômega.

- Haru... – sua voz saiu num sussurro rouco. O líquido esbranquiçado escorreu de sua mão até o ralo, lentamente. Seu corpo ficou mole, mas manteve-se de pé, olhando sua mão, sem acreditar que havia feito aquilo. – Estou perdido. – riu pelo nariz, sem achar graça de nada.

Dear Tokyo - ABANDONADAOnde histórias criam vida. Descubra agora