(leiam as notas finais, por favor)
As visitas já tinham sido liberadas. Todos estavam indo vê-la. Um por um.
A Penélope já tinha ido embora tinha uma hora. Disse que não aguentaria ver a filha naquele estado. Hipócrita.
Eu já havia conversado com o xerife Keller.
O mesmo tinha dito que no dia seguinte o carro seria tirado do rio. Não poderia ser retirado antes por causa da neve, que agora caia com mais intensidade.
Verônica tinha sido a última a ir embora e neste momento eu me direcionava ao quarto em que a minha pequena garota ruiva estava.
Entrar ali e vê-la deitada, sua cor ainda pálida, seus olhos castanhos, que eu tanto amava, fechados, me causava dor.
Sabia que ela estava bem e já estava fora de perigo, mas vê-la tão indefesa era uma espécie de tortura.
-Sua mãe esteve aqui. -Digo ao me sentar na poltrona ao lado da cama. -Não entrou aqui pois disse que não aguentaria ver a filha neste estado. -A amargura em minha voz era evidente. -Eu irei conversar com o xerife amanhã. Ele disse que o carro vai ser rebocado do fundo do rio pela manhã e então vira aqui para saber o que aconteceu de forma mais calma.
Segura em sua mão, que agora estava fria, mas não me deixo ficar abalada. Ou pelo menos tento.
-Ainda bem que aquele contrato ficou dentro do bolso da jaqueta que você usou ontem a noite. Se não ele estaria arruinado. -Falo com certo humor contigo em minha voz.
Uma enfermeira entra no quarto, trazendo consigo as roupas que Cheryl usava antes.
-Todos os pertences da senhorita Blossom está aqui. -Ela me entrega a pilha de roupas e eu dou um sorriso em agradecimento.
Ela checa o monitor que exibia os batimentos cardíacos e logo sai do quarto.
Continuo sentada ali, com as roupas em meu colo. A blusa estava arruinada, pois eles haviam cortado ela inteira para que fosse retirada logo de seu corpo frio.
Cheryl mataria um por causa da blusa. Dou uma risada curta por pensar nisto e pego o cordão de prata com o pingente de cereja.
Ele continuava intacto.
Deixo as roupas dentro da sacola que Verônica tinha deixado, com roupas limpas e secas para que eu pudesse usar ou Cheryl, caso ela acordasse e recebesse alta.
-Eu estou pensando em algo que sua mãe disse. Ela de certa forma tem razão. -Olho para a figura em minha frente. -Se eu não tivesse aparecido em sua vida, talvez você não estivesse aqui. Possivelmente estaria em sua mansão agora, comendo algo saboroso e quente. Deixaria em uma cama macia e não nesta que é dura feito cimento.
Paro de falar e seco uma lágrima, solitária, que descia de meu olho esquerdo.
-Eu queria poder te dar mais do que eu tenho. Queria ser mais do que sou. -Retorno à falar e seguro em sua mão. -E eu provavelmente estou sendo bem egoísta por ainda te ter em minha vida. Mas eu não vou desistir. Custamos a ficar juntas e eu sou egoísta sim, mas é minha vez de te proteger. -Me levanto e beijo sua testa. -Volto antes de amanhecer.
Saio do quarto e ligo para Sweet Pea me encontrar com alguns outros serpentes em frente à mansão Blossom.
Eu teria uma conversa com a Blossom mais velha. E ela entenderia de uma vez por todas que não pode ficar em meu caminho.
Chamei um táxi e fui em direção a maior casa de Riverdale. Pensava em tudo que já tinha passado nessa vida, e o fato de que poderia ter perdido Cheryl Blossom neste acidente, foi o que mais me deixou destruída, depois da morte da minha mãe.
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أدب الهواةUma garota ruiva e rica. Tinha toda a escola sobre sua mão pálida e macia. Outra pobre e de cabelos cor de rosa. Que apenas queria cuidar de sua mãe e ser esquecida pelos demais alunos ricos do lado norte. O destino gosta de brincar com corações e...