Em meados do século XIX, onde reis e rainhas ainda governavam sobre a terra, surge um conflito entre fronteiras,e para apaziguar a rivalidade, um dos reis promete sua filha em casamento,porém Chloe Collins,uma garota com espírito livre, não concorda...
A indecisão ao dar-lhe a resposta naquele momento questionava-me por inteira...O que aconteceria se descobrisse que sou nobre e que menti para ele? Antony, desde então, ajuda-me no que preciso,mas não entendo do porquê de seu odio sobre os nobres. Encaro-o sem cessar,mas não havia algo que pudesse dizê-lo naquele momento que o tirasse desta incerteza.
—Eu posso explicar-lhe!
—Então você é uma deles! Como pude não reparar? –Altera-se.
—Eu não tive escolha! –Digo firme.
Antony dá de costas e começa a afastar-se de mim, já estava anoitecendo e sozinha não queria ficar neste lugar.
—Espere! –Grito e ele o faz. —Eu não tive escolha porque se ficasse teria que casar com alguém que não amo,então tive que fugir! –Digo um pouco baixo.
E nesse momento o sol já não era mais avistado sobre as nuvens,pois a noite havia chegado. Os arbustos balançavam em uma sincronia assustadora fazendo Antony alertar-se.
—Venha! –Diz e segura o meu braço.
—Espere! Por quê?
—Venha! Não é seguro aqui quando está de noite e isso eu já lhe disse.
Nós entramos na cabana e fechamos todas as portas e janelas que poderiam ter qualquer tipo de acesso. Ele repara em meu joelho que sangrava e não questiona,apenas dá-me objetos para limpar o ferimento,depois isola-se em um lugar.
—Eu sou da fronteira sul!
—Não me importo! –Ele diz. —Vocês são todos iguais! –Demonstra desprezo.
Aproximo-me dele e atrevo-me a dizer:
—Tenha coragem e seja gentil, Antony. –Tento tocar em seus cabelos ondulados,mas com movimentos rápidos ele impede-me.
—Não posso! –Ele diz e em seus olhos refletidos sobre a luz das chamas da lareira percebo uma certa tristeza.
Não o questiono mais,pois seja lá o que fosse não iria me dizer naquele momento.
—Dê-me apenas mais alguns dias e prometo-lhe que não me verá mais! –Abaixo a cabeça.
Antony levanta sua cabeça e olha em minha direção e em sinal de sua concordância diz:
—Está bem!
Nesse momento, batidas violentas na porta foram ouvidas que guiaram-se com o vento. Levanto-me e inconsequentemente aproximo-me de Antony. Velozmente, ele empunha uma espada.
—Você sabe usar isso? –Pergunto duvidosa.
—Há coisas sobre mim que você não sabe!
As batidas continuaram e apavoro-me ao pensar na possibilidade de ter que abrir a porta,pois as criaturas permanecem lá fora...No escuro.
Arthur On
Há dias não tenho notícias da minha filha,além de meu reino estar sofrendo pressão de Hector,mas os assuntos estão pendentes até encontrá-la. A lua sobre o céu, iluminava os nossos caminhos e encorajava-me que esta noite a encontrarei. Os cavalos já estão prontos para partimos e com meus aliados prosseguirei.
—E como espíritos livres, cavalgamos sobre nossos cavalos e para o rei traremos a vitória. E como águias que voam ao vento e enxergam ao longe, nós seremos os vossos olhos. Nossas vidas pela sua,meu rei. E com sabedoria não o decepcionaremos. –Os cavaleiros que iriam comigo recitam o juramento.
Sento-me em meu cavalo e junto a eles começa a procura por Chloe. Estava escuro,mas não poderíamos parar a nossa procura. Respiro fundo e com a cabeça erguida continuamos,pois eu não poderia perder as esperanças. Mas, já bem ao longe, escutamos alguns ruídos circularem ao nosso redor,assim agitando os cavalos. Nós tentamos os acalmar,mas nada que fizéssemos era o suficiente.
—Acalmem-se ! –Eles diziam aos cavalos.
Foi então que Cassius,não só um aliado mas também um grande amigo, é puxado pelas matas e o seu grito é ouvido por entre os meus. Os arbustos começaram a mexerem-se de uma maneira assustadora o que espantava os cavalos ainda mais. E quando dei-me por conta seres esbranquecidos e com curvaturas em suas costas pulam em meus cavaleiros que logo empunham as suas espadas,mas alguns não foram ágeis o suficiente e suas gargantas foram estraçalhadas pelas garras enormes destes seres. Dei-os a ordem de fugir e logo os cavalos foram colocados em prova, com cavalgadas rápidas nos afastavámos,mas aquelas criaturas nos seguiam. Mais dos meus cavaleiros foram mortos por eles,até que empurram o cavalo o qual eu estava, então caio ao chão e minha espada é lançada para longe. Tento levantar-me,mas já estou velho e como antes já não funciono. Então avisto um deles com seus olhos vermelhos que invadiam a sua alma aproximar-se de mim,mas quando iria atacar-me , Endriwn, um ótimo cavaleiro, entra em minha frente e com isso o seu coração é perfurado. Depois de minutos em tortura, conseguimos fugir e voltar ao reino,mas desta noite nunca me esqueceria... Nesta noite metade do meu exército foi morto e apenas alguns conseguiram escapar daqueles seres,mas o pior seria dar a notícia aos seus familiares.
—O que são essas criaturas? –Questiono a mim mesmo.
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