Mate-me Por Favor

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Bom, primeiramente gostaria de pedir desculpas pela demora em atualizar a fic, é que eu tenho trabalhado muito nas últimas semanas e não tenho tido muito tempo para escrever. Até mesmo quando tenho tempo livre acaba que já estou tão cansada que não consigo produzir nada. Mas, graças ao bom Deus, consegui um tempinho pra terminar os capítulos que faltavam. Obrigado pela paciência e tenham uma boa leitura!
~Lua

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     Minnie: Jimin onde você dormiu??? Foi com o Tae, né? — Perguntou nervosa ao irmão mais velho que acabara de chegar em casa. — Papai já sabe que você dormiu fora e está louco!

   Jimin: E é por isso que estou aqui. Vou resolver isso de uma vez por todas! — Respondeu firme e subiu as escadas em direção ao quarto de seus pais.

     Minnie: Jimin, não! Mamãe foi na delegacia denunciar o papai por alguma coisa que eu não sei...mas ela vai trazer a polícia! — Disse aflita.

     Jimin: Foda-se a polícia! O que eu tenho pra resolver é entre eu e ele. — Falou mais alto enquanto entrava no quarto.

     Minnie: Jimin! Jimin!!! Volta aqui! — A pequena dizia já choramingando.

     Ao entrar no local, Jimin encontrou seu pai sentado na beira da cama já o esperando. Ele sabia exatamente o que o mais velho pretendia fazer e estava disposto a aceitar. Não havia motivos para lutar contra seu destino. Ou havia?

     Jimin: Estava me esperando, papai? Aqui estou eu. — Disse de braços abertos em uma postura de redenção. — Vai me matar, papai?

     Sr. Park: Dormiu com aquele garoto? Foi isso mesmo? — O indagou sem o olhar diretamente.

     Jimin: Domiii. Dormi siiim. E se quer saber mais eu transei com ele. — Jimin subiu na cama, se ajoelhou por detrás de seu pai e apoiou suas mãos em seus ombros. Levou sua boca até bem próximo de seu ouvido e o provocou como nunca antes. — Transamos a noite toda. Ele me fodeu e eu fodi ele. Eu gozei várias vezes, gemi, fiz ele gemer meu nome. Porque nós dois nos amamos e nós dois sabemos como dar prazer um ao outro. O prazer que eu sinto com aquele HOMEM você nunca deu a nenhuma mulher! Porque você é um homem frio e amargo que nunca vai fazer alguém feliz.

     Jimin poderia ter continuado as provocações por muito mais daquela forma se seu pai não tivesse o derrubado da cama. Mas, ainda sim ele não se rendeu. Iria até o fim para ver até onde o ódio e preconceito de seu pai seriam capazes de fazer.

     Sr. Park: Você é um inútil. Nunca prestou pra ser meu filho. Nunca serviu pra nada além de ser um babaca correndo atrás dos outros! — Disse bravo enquanto tirava seu cinto.

     Jimin: Vai me punir?? Vai me bater por gostar de um garoto?

     Sr. Park: E ainda debocha...— Enrolou a ponta do cinto em sua mão direita e olhou firme para seu filho. — Vamos ver se vai continuar debochando quando eu estiver arrancando sua pele com o meu cinto.

     Jimin: VAI. ME BATE PAPAI! Vê se assim você fica mais feliz. Vê se assim você se sente mais realizado na sua vidinha fútil! — Dizia com os olhos marejados, num misto de raiva e tristeza em seu olhar.

     Sr. Park: A única coisa fútil aqui é você. Garoto de merda! Um inútil que não serve pra nada. Nunca prestou! Eu sempre tive vergonha de ser seu pai. Vergonha de ter te dado meu sobrenome. Você é uma vergonha pra mim!

     Jimin: Eu que sempre tive vergonha de ser seu filho. Aliás...vergonha não. NOJO! Eu tenho NOJO de você. NOJO!!!

     Jinyoung não estava mais disposto a discutir. Queria pôr em prática sua ameaça e assim o fez. Armado com seu cinto, atacou Jimin com toda a fúria existente dentro de si. Este por sua vez nem ao menos reagiu. Deixou-se ser agredido pelo pai de todas as formas possíveis. Após os primeiros ataques já era possível ver um estrago considerável nas costas e nas coxas do rapaz. Mas isto não era o suficiente para Jinyoung. Ele queria mais. Queria ver o sangue de seu primogênito espalhado por todo o chão de seu quarto.

     Após um momento, o homem largou a primeira arma na cama, jogou seu filho no chão e deu início a uma série de chutes e socos principalmente na região do estômago e no rosto do rapaz. Em momento algum durante todo o ritual de tortura ele se calou. Estava sempre proferindo xingamentos contra o pobre garoto que nem ao menos abria a boca para falar alguma coisa. Jimin estava conformando com seu destino e não iria mover um dedo para mudar aquilo.

     Mas, ao contrário deste, Minnie não estava conformada em ficar de braços cruzados vendo seu irmão ser espancado pelo próprio pai. Pegou o telefone e ligou para sua mãe que estava na delegacia a informando de tudo o que estava acontecendo e imediatamente a polícia se prontificou a intervir no caso. Agora só restava esperar e torcer para que sua mãe e a polícia chegassem a tempo, antes que ocorresse o pior.

     Jimin: Tá feliz pa-pai? Não era isso o que queria fazer comigo? — Disse com dificuldades por conta das agressões.

     Sr. Park: Eu nunca quis isso, mas você me obrigou a fazer. Se tivesse sido um bom filho...não estaria neste estado agora. — Falou friamente.

     Jimin: Se tivesse sido um bom pai...eu não estaria neste estado agora. — Disse entre lágrimas e em troca recebeu um outro chute no estômago.

     Sr. Park: CALA A BOCA! Você é um inútil! Um gayzinho inútil e é isso o que você merece. — Falou enquanto se ajoelhava ao lado do garoto e o segurava pelos cabelos. — Não vou prolongar esse assunto. Vou acabar com isso de uma vez!

     Jimin: Acaba... Acaba com isso logo. Me mata! É isso o que você quer, não é? Me matar. Porque você não suporta a idéia de ver outras pessoas felizes, você quer que todos sejam infelizes como você...

     Sr. Park: EU PREFIRO VER VOCÊ MORTO DO QUE COM OUTRO HOMEM! — Disse irado jogando a cabeça do jovem contra o chão.

     Jimin já não sabia mais se o que via era real ou uma alucinação. As agressões o deixaram extremamente machucado e a dor era grande o bastante para o fazer delirar. A cada instante se tornava mais difícil respirar e ele sentia como se a qualquer momento fosse apagar completamente.

     Jimin: Eu sou...apenas um garotinho que queria ser feliz... e ter uma família feliz e alguém que me amasse de verdade. — Falou abafado pelo sangue que escorria de sua boca. — Papai...por que sempre tão frio comigo? Eu só queria que você me amasse um dia...que tivesse orgulho de mim.

     Minnie: Pai por favor não faz isso...— Choramingou no canto da parede do quarto vendo aquela cena. — Não faz isso com ele. Ele é meu irmão. Seu filho. Não faz isso pai.

     Jinyoung não se comovia com as lágrimas da filha mais nova. Em vez disso, voltou a agredir o primogênito com chutes no estômago e na cabeça, tornando Jimin um boneco na qual ele fazia o que bem entendia. O homem só pararia quando visse que o filho não estava mais consciente.

     Minnie: Papai não! Não por favor! — Dizia enquanto chorava compulsivamente vendo seu irmão ser brutalmente agredido pelo pai. — Para com isso...por favor...a mamãe tá vindo com a polícia. Você vai ser preso! — Gritou num último gesto de desespero. — Papai...para...você vai matar ele...

     E o homem parou. Mas não por pena, por arrependimento, ou pela filha de 10 anos que presenciava toda a cena. Parou após perceber que se daria muito mal depois que a polícia chegasse. Parou porque o medo de ir para a cadeia era maior que qualquer sentimento de compaixão que ele poderia ter naquele momento. O homem saiu correndo e fugiu pela porta dos fundos sem pensar duas vezes. Deixou para trás a filha mais nova aos prantos e o corpo de seu filho mais velho em seus braços.

     Quando Lee finalmente chegou na mansão foi diretamente para o quarto de onde vinham os gritos desesperados de sua filha. Ao chegar lá se deparou com uma cena que jamais imaginou ver. Minnie estava sentada no chão com Jimin em seu colo, completamente ensanguentado, sem movimentos, sem expressão alguma de vida. Lee não conseguiu proferir nenhuma palavra diante daquilo. E o silêncio que perdurou por alguns segundos foi quebrado pela voz embargada da menina que direcionava um olhar de desespero na direção da mãe.

     Minnie: Mãe...ele não tá mais respirando. Ele morreu mãe? Me diz... meu irmão morreu? — Perguntou entre lágrimas e abraçada ao seu irmão.

(Continua...)

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