Amor Por Contrato - VMIN

Uma Conversa Necessária

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     No dia seguinte Taehyung acordou com os beijos carinhosos de Jimin que parecia estar bastante animado ao contrário de Taehyung que não estava nada bem depois da conversa que teve com o namorado no dia anterior.

     Jimin: Sabe o que eu estava pesando? — disse abraçado ao maior. — A gente bem que poderia fazer algo especial hoje. Eu sei que hoje é nossa festa de formatura, mas, por que não fazer algo só entre nós? O que acha?

     Tae: Err...seria bem melhor mesmo. Eu não estou muito afim de ver todas aquelas pessoas idiotas que nunca deram a mínima pra mim.

     Jimin: Só que agora você não precisa se importar mais com eles. Nós temos um ao outro e é isso o que importa. — Disse enquanto se aninhava ainda mais ao corpo do rapaz.

     Taehyung sabia o peso de cada palavra que havia sido dita ali. Ele tinha consciência de que estava enganando Jimin e isso não era justo. Porém, se ele contasse a verdade iria perdê-lo para sempre e isso ele não queria nunca. O rapaz nunca antes esteve tão perdido em seus próprios sentimentos, mas alguém iria tratar de fazer com que ele tomasse uma decisão o quanto antes. E esse alguém era o pai de Jimin.

     Depois do café da manhã, Taehyung sentou-se no sofá da sala para ver tv enquanto Jimin e Minnie faziam algo de que ele não tinha conhecimento. Algum tempo depois o senhor Jinyoung chegou no local e sentou ao seu lado. Taehyung sentiu seu coração gelar ao perceber o homem ali parado e o observando.

     Tae: O que você quer? — Perguntou inquieto.

     Sr. Park: Isso é jeito de falar com o dono da casa? — Pegou o controle da tv em suas mãos e a desligou. — Precisamos conversar a sério. Agora.

     Taehyung engoliu a seco ao ouvir aquilo. O que ele teria para conversar com Taehyung? Certo que o rapaz havia quebrado totalmente o que havia prometido ao homem quando disse que não demonstraria afeto por seu filho e ao contrário disto havia se tornado um verdadeiro genro para ele. Mas, em todo esse tempo Jinyoung não tinha feito nenhuma ameaça ou algo do tipo, embora ele sempre tenha tratado o garoto da pior forma possível. Taehyung até mesmo chegou a pensar que ele já havia se acostumado com o namoro dos dois e agora ele chega querendo conversar a sério. Seria finalmente uma ameaça? Ou um tratado de paz? Isso o garoto só saberia depois da conversa.

     Tae: Ok. Vamos conversar. — Respondeu enquanto se levantava e ia em direção ao escritório do homem. Mesmo com um certo medo não havia o que fazer além de aceitar a conversa. —  Então...o que quer falar Comigo? — Perguntou enquanto sentava em uma cadeira no escritório.

     Sr. Park: Você sabe muito bem que nunca quis meu filho com outro garoto e que nunca aceitaria o relacionamento de vocês. — Disse sentando em sua cadeira detrás da mesa onde costumava trabalhar.

     Tae: Sei sim. Você é um babaca preconceituoso como muitos por aí que não são capazes de entender que duas pessoas do mesmo sexo podem se amar e serem felizes como qualquer outro casal.

     Sr. Park: Você realmente acredita nisso? — Perguntou enquanto acendia um charuto que havia pegado em uma das gavetas de sua mesa.

     Tae: Obviamente que sim. — Respondeu convictamente.

     Sr. Park: Então me responda, Kim Taehyung. Se você ama meu filho e quer ser feliz com ele, então porque você não contou a ele que tem uma namorada e uma filha? Por que não terminou com ela se é ele quem você ama? — O homem então olhou para o rapaz e sentiu toda a tensão que passava por seu corpo naquele momento. Taehyung não sabia como ele havia descobrido e nem o que responder para o homem agora. Mas Jinyoung sabia muito bem o que dizer. — Taehyung...eu realmente nunca quis que meu filho namorasse um garoto. Tanto que pedi que você não desse esperança a ele e você fez o contrário. Você deu a ele a esperança de ser feliz com alguém e ser amado de verdade, diferente dos outros relacionamentos onde só existia interesse. Pela primeira vez eu pude realmente ver ele feliz e fazer planos para o futuro com uma animação que antes eu desconhecia e até mesmo cheguei a cogitar que ele poderia ser feliz. Até você me provar que eu estava certo.