Capítulo-31 SOFIE

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Minha sogra Anabele é uma mulher de um coração enorme e eu gosto dela de verdade, mas estar aqui na casa deles é viver sob as regras e costumes da casa deles também, temos horário certo para o café da manhã, almoço e café da tarde e lógico da janta também como não poderia ser diferente e desde que ela nos atrapalhou na outra noite, ele não voltou a tentar me tocar de novo a não ser a noite quando acordo com o peso de seu braço em mim.

Definitivamente meu casamento não tem um futuro se a gente não nos mudarmos logo para a nossa casa, amo as mãos dele em meu corpo, amo sua boca na minha e amo ouvir sua voz rouca no pé do meu ouvido fazendo minha pele se arrepiar, e eu amo muito minha privacidade.

Olho onde estamos hoje e principalmente o fato de não me reconhecer mais, sempre fui de falar na lata e hoje me calo, sempre pensando no meu casamento que aos poucos tem entrado no eixo. Quantas vezes pensei em como meus pais puderam ter aceitado essa loucura pra mim, achando que ia dar certo em algum momento. E não é que eles tinham razão com a questão de que aos poucos eu poderia desenvolver algum sentimento por ele? E como poderia ser diferente sendo ele um homem tão excepcionalmente quente e apaixonante.

-Sofie, posso falar com você?

- puta merda, seu idiota você me assustou.

- não foi minha intensão, podemos?

- o que você quer, ai que saco meu coração ainda está acelerado.

Dá para perceber meus batimentos pela minha blusinha, minha cabeça até começou a doer, culpa deste idiota.

- desculpa Sofie.

- vai fala logo, estou sem paciência. Preciso de sexo selvagem e isso está me enlouquecendo. Já tem dias que estou trancada nesta casa, estou cuidando do meu cavalo e não tenho tido como sair, me sinto na obrigação de estar a disposição para qualquer coisa que minha sogra e sogro possam precisar.

-Sofie você está bem?, parece meio alheia a tudo.

- estou sim é só que... deixa quieto, fala o que você quer.

-hoje é sexta que tal irmos a boate?

-sério? Fiquei mais animada agora. -sim, vamos sair um pouco faz tempo que não saio e vou enlouquecer preso aqui. Ele disse me fazendo ficar com um sorriso bobo estampado no rosto.

-beleza eu topo, vou começar me arrumar.

- mulheres. Quem vê até pensa que eles não gostam de nos ter lindas ao lado deles, homens.

Virou as costas e saiu bufando fazendo graça. Eu começo me arrumar e inicio pelo banho, enchi a banheira com sais de banho com um perfume bem gostoso de morangos, enquanto enche já sei, vou procurar o que vestir. Tirei uns dez vestidos dos cabides, a maioria são pretos e sem graça e sei que vou precisar arrasar no look, tem um vermelho com alças de correntes douradas e fecham no pescoço, discreto na frente com um decote mínimo mas em compensação atrás é desnudo até a minha lombar, parece exagerado e tem um outro azul escuro sem graça também.

Peguei o azul e o vermelho, coloquei os dois e me senti bem com o azul, na verdade confortável. Resolvi tirar foto das roupas e mandei para a Jô me ajudar, mesmo suspeitando qual seria a sua escolha óbvia. A mensagem chegou sem demora e como imaginei ela optou pelo vermelho depois de me perguntar onde eu iria e claro que ela se ofereceu para ir também, vai ser bom te-la lá.

Decidido o vestido escolhi também o sapato ou melhor a sandália que tem um salto que sei que vai me render uma imensa dor na sola dos pés e na panturrilha, é vermelho e tem uma correia larga que pega no tornozelo com uma pedrinha brilhante pendurada, tem a ponta aberta, droga tenho que pintar minhas unhas. Corri em busca do meu esmalte preferido, ele é claro e vai combinar perfeitamente com a sandália, limpei as cutículas e pintei, ainda bem que já comecei a me arrumar.

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