Um acordo de casamento.

CAPÍTULO 12- SOFIE

Não consigo nem mesmo imaginar que amanhã estarei marcando a data do casamento. Este é um dia tão especial para a maioria das mulheres e para mim é algo sem muito significado, um frio sobe na minha barriga e é de imaginar que vou viver com o Chris para o resto da minha vida,  talvez. Fora as mulheres que ele já me garantiu que terá e que querendo ou não acabaram sendo parte da nossa vida, nem gosto de pensar.

Rolei na cama durante a noite inteira pensando em tudo o que está por vir e em quem será o homem que dividirá a casa comigo, ele é o charme em pessoa e testosterona flui por seus poros, queria não estar atraída por ele mas à quem estou querendo enganar?

Sem conseguir pregar os olhos, minha mente viaja solta nas possibilidades que deixarei de ter ao me casar com o Chris. O que sempre me deixa preocupada é o fato dele ter esse efeito em mim quando estamos juntos,  eu desejo com cada partícula do meu corpo que ele me tome nos braços e me beije com vontade. Tudo está uma confusão só em minha mente... no momento em que estamos separados eu nem me importo ou me lembro de que ele existe, quer dizer na maior parte do tempo.

Peguei no sono em algum momento desta minha viagem, acordei com o som do galo cantando a toda goela... levantei tonta de sono e quase tropecei na minha penteadeira. Arranquei minha camisola e fui tomar um bom banho para me ajudar a despertar dessa moleza de uma noite de sono mal dormida. Lavei os cabelos e sai enrolada na toalha, olhei o céu pela janela do meu quarto e vi um lindo nascer do sol.

Vesti  a minha boa e velha calça jeans preta e uma regata branca, por cima uma camisa de manga comprida azul,  lógico que não poderia calçar outra coisa nos pés além das minhas botas. Estou pronta para meus afazeres matinais.  Fui até o estábulo e comecei limpando as baias e trocando o feno, alimentei os cavalos e fiz umas anotações em meus diários sobre os cuidados com os eles e voltei minha atenção em escovar eles, quando chegou a vez do relâmpago ele relinchava e não ficava quieto o que acaba sendo estranho já que ele adora.

Decide sela-lo e dar uma volta, nossa ligação é muito intensa e verdadeira e com certeza ele percebeu o meu ânimo. Saí com ele para andar pela redondeza já que não posso demorar... sentir o vento bater em meus cabelos é libertador. O Relâmpago correu e gastou um pouco da sua energia e renovou também um pouco do seu ânimo e o meu, essa sensação de liberdade que sinto é simplesmente maravilhosa ainda mais quando me lembro que em breve estarei com uma pequena algema em meu dedo anelar.

Quando eu já estava me aproximando do estábulo percebi o carro do Christofer estacionado em frente da casa,  droga acho que demorei tempo demais e nem me toquei, imagina a cara da minha mãe quando eu entrar. Coloquei meu cavalo de volta em sua baia eu fui em direção a casa, um ajudante veio até mim e disse que a ração para os cavalos está no fim e que precisa ser feito o pedido de feno, agradeci e segui para minha casa fazendo essas anotações em minha mente.

Como eu já havia previsto, assim que eu coloquei os pés dentro da casa a minha mãe começou seus sermões... que já está virando um hábito para ela, pensei que tinha entrado em casa só que parece que entrei mesmo foi no inferno, nem mesmo um bom dia ela me deu e já veio com um ataque para cima de mim, disse a ela em tom irônico:

- bom dia para a senhora também mãe.

- Bom dia filha.

Ela ficou um pouco sem graça diante o que eu disse, suas bochechas até mesmo ficaram coradas e lógico que um peso na consciência me acertou em cheio, dei um beijo no rosto do meu pai e notei a expectativa deles em como eu trataria meu noivo, eu ainda não me acostumei com isso, sei que se eu não der ao menos um selinho nele vou tornar a ouvir os sermões de minha mãe. Caminhei até ele que estava sentado em uma poltrona na sala, quando me aproximei fiquei levemente curvada e fui em direção aos seus lábios, seu perfume marcante me tomou por completo e me senti até mesmo um pouco tonta, antes de encostar minha boca na dele eu disse baixinho. - Bom dia. Depois fechei meus olhos e juntei nossos lábios.