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Nota inicial pra me desculpar com vcs!

Gente, mil desculpas de coração por ter feito vcs esperarem tanto tempo! Esse ano está tão corrido, pq estou estudando pra ingressar na faculdade, e aí tem terceiro ano e tudo mais, e ás vezes n sobra tempo pra escrever uma coisa digna de ser publicada. Além disso tudo, eu tb n tenho tido ideias interessantes, então acabei me frustrando tb por não saber como continuar a história. Mas, apesar de tudo, eu quero deixar claro q essa história vai ser terminada, nem que demore muito tempo ou mesmo q ninguém mais queira de fato ler, pq eu entendo completamente o quanto é frustrante ficar esperando por uma história que nunca é atualizada.
Enfim, fico muito grata e verdadeiramente feliz com todos os pedidos e os comentários de vcs, é mesmo muito gratificante saber que algo que faço para me divertir e tb escapar um pouquinho da realidade acabe agradando outras pessoas!

Obs.: esse cap. está extenso, mas foi totalmente proposital, como uma forma de me redimir. Espero que gostem! 💗💗

Boa leitura! ;)








BOROVSKY, RÚSSIA.

CLAIRE ADAMS

     — Por que diabos demorou tanto? — A indagação acompanhada pela expressão irritada de Dylan me surpreende no momento em que abro a porta do banheiro.

     O sentimento pesado é quase instantâneo quando consigo processar tudo: o tom dele, a expressão, a rudeza na pergunta. O instante dura uma eternidade, enquanto a raiva irracional vai acumulando-se em meu peito como se fosse uma jarra enchendo-se de um líquido escuro e viscoso.

     — Que merda está fazendo aqui plantado na porta do banheiro?! — Disparo a pergunta igualmente irritada, encarando seu rosto com a expressão retorcida.

     Ele estala a língua, passando a mão pela testa de uma forma pouco delicada, enquanto suspiro, sabendo que discutir com Dylan neste momento não seria a melhor escolha. Algumas horas atrás, nós estávamos fugindo de assassinos; nosso carro explodiu bem no meio da praça do centro de Borovsky, e certamente, se não fosse por Dylan e seu ouvido bem treinado, nós estaríamos, a esta hora, carbonizados. Ele, eu e meu irmão mais novo que merecia ver e viver muito mais do que simplesmente até aqui.

     Pensar nessa última possibilidade me causa um calafrio terrível. É como um apaziguador para a minha raiva instantânea de segundos atrás; um jato frio sobre o sentimento quente e ruim.

     Olho rapidamente para além de Dylan, vendo meu irmão mexer no guarda-roupa com curiosidade. Phill, quando não tinha muito o que fazer, gostava de vasculhar os lugares porque, em sua cabeça infantil, ele poderia acabar encontrando algo valioso.

     — Quer saber, não acho que valha a pena discutir por algo tão estúpido agora, certo? Vou descer com Phill para preparar alguma coisa para comermos. Tome banho agora, você precisa. — Consigo dizer num tom ameno, deixando de lado a vontade de gritar em seu rosto.

     Dylan é um homem turrão, e este fato me deixa saturada na maior parte do tempo, especialmente porque sua dureza traz à superfície o pior de mim.

     Mas então há um clique.

     Tudo muda quando meus olhos cruzam com os dele. É como olhar para a escuridão. Todo mundo sabia que havia algo na escuridão, mas ninguém saberia dizer se era bom ou ruim, se era triste ou doloroso. Dylan guardava sempre alguma coisa nos olhos castanhos, e tendo isso em mente, eu queria buscar por mais.

Damaged Soul {t.h} [ PAUSADA ]Onde histórias criam vida. Descubra agora