Capítulo 9

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                           • Narrador •

Era madrugada quando Harry chegou em casa, e entrou no quarto sem fazer barulho, tendo a imagem daquela bela mulher dormindo enrolada aos lençóis da cama. Por um breve momento ele se imaginou deitado ao lado dela, mas logo tirou essa ideia da cabeça.

O que tinha de tão especial nela?

Harry não saberia responder essa pergunta, mas tinha certeza de que Elizabeth era diferente de todas as mulheres que ele já conheceu. E, pela primeira vez ele estava se sentindo confuso em relação a garota de olhos admiráveis.

- Pensei que chegaria mais cedo. - ele escutou o sussurro de Elizabeth, que tinha percebido a sua entrada.

- Precisei de mais tempo para resolver todos os problemas da filial. - explicou. - Me desculpe por deixá-la sozinha aqui com a minha família.

- Eu me diverti com Mary hoje. - disse simples. - Está tudo bem.

Elizabeth pensou se deveria contar o que Carlos tinha feito, mas não queria ser a causadora de mais brigas na família. Afinal, seria a palavra dela contra a dele.

Esse seria o assunto que ela guardaria dentro de si mesma, e preferiria que permanecesse assim.

- Eu não queria te acordar. - Harry falou.

- Você não me acordou, porque eu perdi o sono há algumas horas. - respondeu, percebendo o cansaço estampado no rosto do chefe. - Pode ficar na cama essa noite.

- Você sabe que eu não concordo com isso. - resmungou.

- E sei que você não concorda com muitas coisas, Harry. - retrucou a garota, que possuía uma língua afiada. - Mas eu já abusei da sua boa vontade, e não custa nada dormir melhor.

- Sempre tão autoritária. - murmurou.

Harry tirou o terno e a gravata, jogando em um canto qualquer do cômodo e se deitou depressa no cama, que parecia confortável demais para passar uma noite.

- Boa noite, Harry. - falou, deitando nos cobertores sobre o chão de madeira.

(...)

O lugar onde Elizabeth tinha ido dormir estava vazio, sem o mínimo sinal dela, o que deixou Harry confuso. Ele se levantou rapidamente, vestindo uma roupa apropriada para procurá-la pela casa.

- Irmãozinho? - ele conhecia muito bem aquela voz feminina.

- Eu não sou seu irmão, Britney. - respondeu direto, enquanto a garota entrava no quarto sem ser convidada. - É melhor que você vá embora daqui.

Harry sabia do que ela era capaz, e não queria fazer parte dos seu joguinhos idiotas.

Não de novo. 

- Deveria ter escolhido uma companhia melhor. - disse cínica, caminhando na direção de Harry. - Ela nunca será eu, e você sabe disso.

- Não aja como se eu gostasse de você, porque nós dois sabemos que isso é mentira. - exclamou, indiferente. - Agora, me dê licença, porque eu preciso procurar a única mulher que merece a minha atenção aqui.

Harry a deixou falando sozinha e desceu até a sala, não havia mais nada para falar com Britney, mesmo que ela insistisse em relembrar o passado.

Assim que pisou os pés na cozinha, percebeu que Elizabeth estava ajudando sua mãe a preparar alguma coisa no fogão, e as duas pareciam se entender bem.

- Bom dia. - falou, chamando a atenção.

- Você sabe que horas são, querido? - Anne questionou divertida. - Já passa do meio dia.

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