Capítulo 14

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— Por quê, Luke? Por quê?

— Não seja tão dramática, ela odeia a mim. — reclamei com Jade.

— Vocês brigaram demais ultimamente, não existe uma combinação em que não haja encrenca, então foi mais fácil colocar todas vocês juntas.

— Essa é a sua lógica? Você viu o que aconteceu ontem...

— Não é como se eu não tivesse tentado! Eu mexi tanto vocês de quarto, que aquela moça, — Luke apontou para a recepcionista — Jessica, o nome dela, fez questão de dizer que não é idiota. Se eu não resolver logo isso, ela vai atingir meu apêndice com aquela caneta. Partindo do meu nariz! Eu vou achar um jeito de reclamar com o gerente, mas por enquanto... Tem um quarto com uma cama de casal e duas camas de solteiro, foi o melhor que encontrei. Vocês são magrinhas, cabem três de vocês na cama de casal.

— Isso é como colocar a Armada de Dumbledore no mesmo quarto que Voldemort! — Jade reclamou novamente, ela parecia ser a mais incomodada com aquela escolha — Nós vamos nos matar naquele quarto!

— Não, nós não vamos! — eu voltei a rebatê-la — Você e Júlia vão parar de brigar, e todas nós vamos manter distância de Alicia, é isso e pronto.

Quando Luke nos entregou nossos cartões magnéticos, começamos a andar até os elevadores. Peter e a banda estavam lá. Aaron havia contado uma piada, e parecia que todos eles estavam rindo, menos Peter.

— Ei, diga a Peter que ele está parecendo um vampiro cansado.

— Todo de preto. Branco demais para ser humano. Olheiras que provam que passou a noite acordado. — Dave e Luan falaram juntos, alternando as frases.

— Eu não sou vampiro. — Peter reclamou pegando a case do violão.

— Ah, é sim, mas não aquele estilo Diários de Um Vampiro, está mais para saga Crepúsculo. — eu respondi e nós entramos no elevador.

— Ah, eu não acredito, Crepúsculo, de todos os vampiros da ficção. Vamos, pense em outra série. Que tal Once Upon a Time? Eu poderia ser um Senhor das Trevas.

— Não, não poderia. Não poderia mesmo. Parece um filhote de cachorro. Não tem como você ser mau. — nós todos falamos.

— Eu posso ser mau! Eu posso ser muito malvado!

— Nem de perto. De jeito maneira. É como procurar maldade em um bebê! — voltamos a falar e Peter cruzou os braços.

— Eu poderia ser mau se quisesse... — ele murmurou uma última vez antes que as portas do elevador abrissem e nós tivéssemos que sair.

Era estranho, nós cinco estávamos andando até o quarto em silêncio, e a cada segundo estávamos andando mais rápido. Nós apenas escolhemos as camas e voltamos a sair, cada uma foi para o seu lado, mas quando Jade e eu ficamos sozinhas, eu percebi que nós nem sabíamos para onde ir.

— Não me disse ontem se o laptop estava funcionando.

— Estava, foi por muito pouco, ela estranhou que o laptop estava grudando, mas o limpou e simplesmente esqueceu. O que você vai fazer agora?

— Se tivesse me dado mais dois segundos eu iria perguntar isso. Não... Dylan trouxe uma coisa de Louisville, tenho certeza que ele vai aceitar mais dois jogadores. — ela me olhou como se perguntasse o que eu queria dizer — Eu só vou buscar meu celular, já volto.

Eu voltei o pouco caminho que nós já havíamos andado, esperava encontrar o quarto vazio, e engoli um grito quando encontrei Alicia sentada em sua cama.

Memórias de Saturno [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora