Três marcados já não são suficientes?

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—  Chegamos, lela.

Eu acordei com Chan beijando meu rosto. O encarei, mas não sorri, ainda não tinha perdoado nem ele, nem Suho pelo exagero de dois dias antes. Estávamos nos falando e só, eu queria dar uma pequena lição naqueles dois, pelo menos até pedirem desculpas. Mas eu sabia que demoraria, por que ainda não tinham engolido o fato dos meninos serem marcados, embora não pudessem fazer nada quanto a isso por que afinal, a marca era sagrada em seu mundo.

Mas agora todos sabiam, inclusive meus outros dois filhos que estavam voltando para ilha também, já que Kyung resolveu ir atrás de mim depois daquela noite tumultuada, só que ao saber que nós estávamos voltando para ilha, resolveu nos encontrar lá. Aqui, corrigi ao me levantar e sair do jatinho que Sehun me deu de aniversário. Havia coisas boas em ser a serva de cama do rei. Pensei irônica.

Chanyeol me ajudou a descer as escadas e eu saí para o hangar que meus maridos construíram na ilha há alguns anos. Novo, tecnológico e prático. Meus filhos já estavam lá, com seus consortes. Eu era a última a desembarcar.

Lay estava com Ágata e sua irmã mais nova, Ametista. A menor era linda e totalmente o oposto da irmã, era suave, dócil e frágil. Se não soubesse que era de fato irmã da companheira do meu filho e uma cópia mais nova dela, eu poderia duvidar, ambas eram realmente diferentes.

Meu filho tinha vindo para mim no dia seguinte e contado a conversa que teve com a jovem, eu me preocupava com o que a vida havia causado nela, me sentia preocupada com os dois e em como poderiam se entender, ao menos de forma cordial até que o tempo fizesse sua parte, aquela era minha preocupação atual. E sentia que era muito séria e urgente. Ágata precisava do meu filho, mas como eles iriam ultrapassar a divergências?

—  Querida - E eu fui abraçada, quase esmagada por Kai que me ergueu do chão rindo – Você está gravida, não posso acreditar, é incrível!

—  Solte nossa mulher Kai - E eu fui solta enquanto Minseok vinha para mim com o semblante sério – Como se sente, lela?

—  Eu estou bem.

—  Fique parada.

E ele se ajoelhou diante de mim e cheirou minha barriga. Eu devia estar acostumada com as atitudes estranhas daquele lobo, mas nunca estaria. Contudo, esperei por que reclamar não ia adiantar. Ele se levantou um minuto depois e Chan praticamente saltava ao lado do irmão ansioso.

—  Fala logo Min, fala!

—  Não fala não, eu preciso digerir isso ainda.

E Chen entrou no hangar seguido por Sehun com cara de enfado, para variar.

Kris, que até então estava em silêncio ao lado de Zitao, se curvou e o rei o olhou de cima para baixo com a mesma cara de porta que ele usava para se fazer de insuportável. Eu evitei rolar os olhos por que não queria atravessar o showzinho do rei.

Em seguida o companheiro de Luhan fez o mesmo. Eu sorri, que homem educado! Principalmente por que Sehun não estava com as roupas de rei habitual, ele estava de jeans e camisa aberta na parte de cima, provavelmente eles tinham se vestido correndo... Esses dois... Chen parecia esbaforido também. Ele me encarou e eu ri.

—  Está com medo que seja um clã inteiro de fêmeas Chen Chen?

—  Mia, por favor, pare de provocar sim? - E ele veio para mim me abraçando tremulo – Eu fiquei preocupado, muito preocupado.

—  Eu estava perfeitamente bem, seu bobo, sem motivos para ficar assim.

—  Então você vai contar certo, irmão? Conta! CONTA!

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