O passado te faz ser quem é

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Yifan pousou na beira do penhasco. Yixing veio para ele com seu consorte ao lado. Junmyeon. Ele sabia que o vampiro mais novo não era o companheiro do curandeiro, mas isso nunca fez diferença para os dois, eles se amavam e Yixing foi o único capaz de curar as perdas do outro, eles se escolheram e Yifan era da crença de que ninguém tinha nada a ver com isso, mesmo que a natureza dissesse o contrário. Ou tecnicamente nenhum dos reinos desse permissão para aquela união.

O vidente foi a principal causa de ele ainda suportar viver, além da sua fidelidade ao irmão, assim sempre protegeria aquele homem. O vidente lhe mostrou que ele teria amor, verdadeiro, no futuro. E ele acreditou e agora colhia o fruto da fé e da espera. Era mais do que pediu para si mesmo.

— Desculpe mais uma vez, meu amigo.

— Ele é pai do meu companheiro Curandeiro, esse é meu dever.

— Certo, então é o seguinte. Minseok vai alcançar esse desfiladeiro em duas horas, ele tem bons instintos, ou não seria o melhor rastreador, mas ele vai ser enganado. Com o cheiro, por uma bruxa.

— Alessi.

Yifan respondeu ao vidente. Odiava aquele nome, o vidente negou.

— Não, mas por uma bruxa tão poderosa quanto, ela trabalha para os druidas.

— Então temos que esperar e emboscar os atacantes quando ele aparecerem?

— Não sei se podemos fazer isso, eles serão em grande número, querem a cabeça de Xiumin para seu rei, como eu disse o que vi é que eles querem vingança por ele ter ajudado a bruxa que você serviu... Essa é a primeira vez que ele sai da ilha em anos, é oportunidade que eles esperavam.

— Não diga isso nunca mais, Junmyeon, eu odeio me lembrar dessa mulher. Me lembrar que fui seu cão de guarda é ainda pior.

— Desculpe.

— Ele também será morto se alcançar o reino dos encantados, não pelo palácio, óbvio, mas pelos elfos, nenhum deles perdoa Minseok por ser companheiro de Meandra. Eles o queriam para o príncipe, e a marca surgiu para tirá-lo das mãos de sua alteza.

Falou Yixing, tenso.

— E ele não pode voltar para o palácio de Sehun também, se ao menos não der um motivo razoável do porquê que não chegou até o rei dos encantados. Seria quebra de compromisso.

— Então vocês já planejaram, presumo, onde esconder ele enquanto eu volto para o palácio e digo que foi uma armadilha e espero Sehun dar o selo de motivo de não comparecimento ao rei dos encantados. Certo?

— Sim, nós iremos levá-lo para um lugar seguro, cuidaremos dele até você obter o selo.

— Muito bem. Faremos isso.

E Yifan se curvou para o abismo se preparando para a espera.



Eu acordei assustada. Sentia frio e medo. De repente, lembranças perdidas na minha mente retornaram. Minseok me explicando qual era a extensão do que significava ser sacerdotisa e uma filha da noite, uma fêmea sem restrição de números de companheiros, capaz de satisfazer um lycan como nenhuma outra fêmea. Meu segredo, que só minha família sabia. E como se não bastasse, o dia do nascimento dos meus filhos e o momento em que olhei para Lay pela primeira vez e ele a mim.

De acordo com a lei, por eu ser uma "escrava de cama do rei", como era chamado o termo certo e já que eu era seu oráculo, ele era o único que podia estar comigo e a parteira no parto, na verdade ele deveria estar ali por obrigação real, segundo as leis lycans, então lá estávamos nós três, eu, ele e parteira, presentes para ver a desgraça anunciada da minha vida, meu segredo sendo escrito em aço e sangue diante da velha mulher que não sabia de nada.

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