O rei, eu e nossa aposta

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Eu sorri para Alex enquanto ele se mexia em meu colo. Soara trazia Lucas para mim e nós duas íamos para os jardins onde Sehun me esperava. Luhan tinha ido levar seu consorte para Suho assim eu me aproveitei e roubei meus netos, eles precisavam passear pelo palácio e se familiarizar. Maine traria Ametista também. A jovem precisava de ar tanto quanto os menores.

Encontrei Sehun sentado na mesinha de jardim tomando chá. Ele olhava para o vasto jardim fora do palácio pensativo. Eu me aproximei e sussurrei em seu ouvido irônica.

—  Chen te expulsou da cama de novo, meu rei?

—  Credo Me! Vá assustar sua sombra! - Ele resmungou se virando para mim e sorrindo logo ao ver as crianças – Oh, você trouxe mesmo os bebês!

—  Lógico que trouxe, eu não disse que ia fazer? – Me voltei para Soara que deixou a grande cesta aos meus pés – Me dê Lucas e pode ir, querida.

—  Claro, alteza.

A serva pessoal de Luhan me entregou Lucas e saiu educadamente.

—  Deixe-me ver esse pequeno.

E Sehun esticou os braços para Lucas que foi em seu colo tranquilamente. Eu aproveitei e deixei Alex sentado na mesa com o rei e estiquei a toalha do chão para nós. Tolha pronta peguei Alex e fiz algumas cócegas antes de deixá-lo na toalha sobre a grama e entregar a ele um dos brinquedos antigos de Luhan que tirei da cesta, eu ainda guardava por amar aquele objeto, era um lobo de pelúcia branco. Assim como meu filho doce.

—  Um...Este parece ser um bom garoto, vai ser obediente e atencioso, logo vejo.

—  Não dê um de oráculo, majestade, você é péssimo nisso. Dizia que Vivi seria uma tranquila menina e veja só o que aconteceu.

—  A culpa é sua, já te disse isso. Eu não confio em nenhuma fêmea que saída da sua barriga, Me, não mesmo.

Ele me entregou Lucas e eu coloquei o menor das duas crianças ao lado do irmão e dei a ele uma outra pelúcia, essa era um morango grande, Lucas adorou. Em seguida puxei o rei para se sentar com as crianças na grande toalha e ficamos frente a frente cercando os menores.

—  Sehun – E eu olhei séria para ele – Eu estou preocupada sobre isso. Sobre Eviane, o que planejamos não deu certo. O que vamos fazer com ela?

Ele desviou os olhos para o palácio taciturno.

—  Eu não faço ideia Me, eu tenho pensado nisso, muito. E a alternativa que existe, a única em que posso pensar é aquela que nenhum de nós vai querer usar. Se ao menos ela tivesse outro companheiro... Só talvez, ela pudesse entender...

—  Eu sei, eu sei.

Também me voltei para onde ele olhava. A noite nascia imperiosa atrás do palácio cravado nas rochas sólidas da ilha.

—  Acho que temos pensado de maneira errada, ela não precisa de alguém que a domine, ela precisa de alguém que necessita dela de forma tão intensa que ela se torne adulta e responsável através dessa responsabilidade, alguém frágil que tenha ela como espinha dorsal, não sei... É o que penso agora.

Eu encarei Sehun e sorri.

—  Uau, e não é que você consegue pensar quando precisa? Estou surpresa, majestade!

—  Fique quieta sua maluca, isso tudo é culpa sua! Para começo de conversa eu podia estar feliz e contente com Chen Chen se você não aparecesse para arruinar a minha vida!

—  Ai que dó, estou chorando rios de lágrimas por você, Sehun, de verdade. Mas é interno, lá no fundo da minha alma...

—  Cale-se!

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