Descobrindo para que serve um companheiro

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Luhan voltou para o quarto planejando garantir ao seu companheiro que a tal conversa com seu pai seria tranquila, mesmo ele tendo algumas dúvidas. Ainda queria conversar com ele sobre o que sua mãe lhe disse, mas não houve oportunidade, no avião as crianças estavam animadas e ocuparam a atenção dos dois e naquele dia, seu companheiro dormiu quase inteiramente, só acordado para alimentar as crianças. Não deu para conversar e logo depois ele foi chamado para a reunião.

Agora entrava em seu quarto novamente para se deparar com uma cena amável dele brincando sobre a cama com os dois pequenos. Luhan se enternecia, ele já começava a amar aquelas crianças também. Seu companheiro sorriu ao vê-lo.

—  E então, como foi a reunião?

—  Bem, meu pai quer conversar com você, em particular – Ele viu os olhos de Henrique o encararem fixo e se apressou em completar – Mas eu tenho quase certeza que não é nada demais, fiquei tranquilo...

—  Seu pai tem toda razão, eu sou um estranho, é natural que ele queria falar comigo, alteza.

—  Já lhe disse para me chamar de Luhan, companheiro, eu não estou acima de você, não me chame assim.

—  Lu!

Um dos meninos repetiu e em seguida olhou para ele rindo. Luhan foi até Alex e o pegou no colo.

—  Diga ao seu pai que ele não é um estranho, que ele agora faz parte da minha família, assim como você e seu irmão.

—  Papai bobo!

Seu companheiro rolou os olhos e Luhan riu baixinho. Sabia que precisava dar tempo a ele para se acostumar, mas não iria aceitar uma atitude passiva do seu companheiro, ele era seu consorte, não um humano qualquer!

Luhan olhou ao redor, seu quarto tinha outro conjugado, que agora seria dos meninos, inclusive tinha pedido a sua serva pessoal, Soara, que arrumasse o quarto para que ficasse agradável aos menores, como sempre ela tinha sido um amor e fez com carinho.

Ele continuou a ninar Alex enquanto dava uma olhadinha e ficava satisfeito com o que encontrou. Duas camas de solteiro pequenas, decoração clara e baús para as coisas que trouxeram dos pequenos, ao menos seu companheiro aceitou vir com ele sem muitas dificuldades, apenas pediu para buscar as coisas das crianças e alguma suas. Luhan sabia que ia precisar encomendar muito mais, precisava falar com seu pai Baek.

—  Ele dormiu.

E seu companheiro parou ao seu lado com o outro filho também adormecido. Em consonância, eles colocaram as crianças nas camas, saindo do quarto e fechando a porta com cuidado. Luhan sorriu.

—  Eles são tão calmos...

—  Sempre foram, ainda bem, por que até hoje eu nunca tive muito tempo para eles e isso sempre me fazia sofrer, agora fiquei dois dias todos com os meninos, eles estão mais felizes e eu também.

—  Fico feliz que o menos isso eu posso lhe oferecer companheiro, afinal teve de deixar sua casa para vir comigo, eu nem sei como agradecer... – E Luhan tocou no rosto anguloso satisfeito por que ele estava ali, e por que ele aceitou ser seu par – Obrigado.

—  Somos companheiros, seria injusto eu ignorar isso. Embora eu me sinta perdido Luhan... Eu sempre trabalhei, o que posso fazer aqui? Eu não quero ser um inútil e tenho dois filhos que...

Luhan colocou o indicador na boca dele para silenciá-lo antes de negar suas palavras.

—  Nunca seria um inútil, você pode fazer tudo o que desejar, companheiro, tudo. E seus filhos agora, são meus também, não precisa mais se sentir sozinho, nunca mais.

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