Casos de Uma Adolescente

Capítulo 11

Mary Montenegro

Estava deitada me preparando para dormir quando a porta do quarto abriu, e uma loira entrou, Elizabeth.

- Então você é minha colega de quarto - Digo displicente.

- Infelizmente - Elizabeth contra-argumenta. - Eu sei que começamos com o pé errado, mas é só você não mexer comigo que não mexo com você, está bem?

- E eu achando que você iria querer fazer as pazes comigo, mas do jeito que você propôs está ótimo. - Digo somente.

A loira sorriu cínica e deitou em sua cama. Eu puxei o livro aos meus pés e comecei a ler, eram os regulamentos da escola, novamente li cinco páginas e me forcei a descer para desligar a luz do quarto, depois voltei a ler com a claridade do meu celular e dormi antes que eu percebesse.

Acordei de manhã com o despertador da minha companheira.

- Desliga! - Digo irritada com voz sonolenta - Elizabeth! Elizabeth! - Jogo um travesseiro em sua cara.

- E o acordo de ontem? - Ela resmunga irritada.

- Se você não vai acordar com o despertador põe ele pra mais tarde então, não vê que são duas pessoas no quarto? - Reclamo.

- Certo, certo, entendi - Ela diz irritada também e se levanta.

Eu cubro meu rosto e tento dormir mas o estresse não deixa, então eu resolvo olha no relógio do celular: cinco horas da manhã. Tento dormir mais algumas vezes e não consigo então devido levantar, coloquei a farda diária e saio do quarto, ainda havia um resquício de material escola que não estava no armário como meu estojo e um caderno de vinte matérias disponibilizado pela escola, era norma padrão inclusive eu havia lido isso ontem noite; o caderno é pago e custa cinquenta reais.

Rumo para o refeitório e encontro Luke e as outras pessoas.

- Bom dia - Cumprimento a todos depois de pegar o café da manhã. Eles retribuem.

- Como você está? - Marck perguntou.

- Extremamente dolorida, parace que todos os meus osso foram esmagados. - Digo depois de mastigar o pedaço de um pão.

- Todos ficamos assim - Luke Me consola. E eu aquiesço.

Depois de comer fomos cada um para sua respectiva sala e felizmente eu não sou da sala de ninguém.

Sento na mesma carteira de ontem e um professor alto, loiro de porte médio entra na sala.

- Bom dia, classe, eu sou o professor Cavaliery - Disse o idiota escrevendo seu nome da lousa.

Seus olhos rolaram pela sala. Ele não faz o tipo militar, faz o tipo escola particular elitizada.

- Sou o novo professor de educação física e hoje vamos estudar a parte teórica para depois a prática. - Sua voz média-grave ecoou pela sala - Abram a apostila na página treze e vamos estudar o copo físico, suas limitações, funções e habilidades. Alguma dúvida?

Sinto minha mão suar para perguntar o que ele faz aqui, mas me contenho.

- Professor - Uma voz feminina ao fundo chama sua atenção - O que o senhor faz aqui? Quero dizer, essa é uma escola militar e o senhor não parece fazer o tipo militar, nem ao menos tem algum cargo militar como o outro professora que era capitão.

Um meio sorriso surgiu em seus lábios rosados.

- Na verdade essa é uma escola pública, o que me trouxe até aqui foi um currículo exemplar e honrarias na faculdade - Marshall disse.