Os dias têm sido bem cansativo mas finalmente julho está chegando e com ele vem as férias do meio do ano, estou ansiosa para voltar pra casa! Talvez meus pais tenham sentido a minha falta...
- Para onde vocês vão? - Mark pergunta.
- Eu vou para casa! - Digo.
- Eu também - Elizabeth, Clary e Luiza dizem ao mesmo tempo.
- Eu vou ficar aqui - Luke diz e eu o olho com piedade.
- Por quê? - Pergunto solidária.
- Aqui é ainda melhor do que a minha casa - Luke diz.
- Se quiser você pode ir para minha casa - Jack sugere, e eu ainda fico surpresa quando ouço a sua voz.
- Bem.... Se não for te trazer problemas, tudo bem - Diz um pouco envergonhado.
- Ótimo! - Digo - Eu preciso voltar pra casa!
A semana passou lenta e dolorosa mas finalmente julho começou e eu estava arrumando minhas coisas para ir embora, de madrugada havia vários alunos saindo pelo portão indo em direção aos ônibus que os levaria para rodoviária.
Eu subi no ônibus que por acaso os outros subiram também e ao invés de brigarmos, como nos conhecemos, estávamos rindo.
- Então, Elizabeth, depois de quatro meses, como é dividir o quarto com a garota que você odeia? - Luiza perguntou utilizando uma garrafa de água como microfone.
- Odiar é uma palavra muito forte - Ela diz - Eu acostumei com ela, com a sujeira, com a bagunça, com ronco - Ela diz e todos rimos.
- Eles estão perguntando de mim e não de você, Liz - Digo rindo mas a loira levantou uma sombrancelha. Nossos dias de "amizade" têm sido assim, um pouco de risada, um pouco de rivalidade.
Descemos na primeira parada para esticar as pernas, todos estavam de farda, era nossa identificação para entrar no ônibus.
Os próximos quilômetros eu dormi extremamente cansada acordei apenas na outra parada. E assim seguiu a viagem até chegar na rodoviária, de lá eu iria para o aeroporto para enfim meus pais me buscarem lá.
- Tchau! - Me despeço de todos - Quando chegar avisem pra mim! - Digo mostrando o meu celular e todos sorriram.
Peguei um Uber e segui para o aeroporto e chegando no aeroporto embarquei para São Paulo. Onde eu passava arrancava olhares devido às farda, depois de tanto tempo com ela eu me acostumei até mesmo com as normais, embora eu prefira muito mais as customizadas.
Estava ansiosa para rever meus pais, desci do avião e segui para o portão oito, onde eles disseram que estariam e chegando lá meu coração bateu mais forte, vi os rostos bem corados dos meus progenitores, os abracei, e como queria fazer isso, sentir o cheiro do condicionador de morango da minha mãe, o perfume marcante do meu pai, o abraço forte de ambos.
- Cadê o Josh - Eu pergunto depois de soltá-los.
- Ele está trabalhando, querida, mas a noite ele vem te ver -Meu pai diz - Entre no carro.
- Vocês sabiam que o Marshall já serviu o exército? - Eu digo perplexa - Ele dá aula lá no colégio.
Vejo minha mãe olha para o meu pai com severidade. Opa, aparentemente eu era a única que não sabia.
- Como ele serviu o exército se ele fez faculdade logo depois que saiu do ensino médio? - Digo - Se eu tenho dezesseis anos e ele já terminou a faculdade e dá aula, então ele é mais velho do que eu sei? Quantos anos esse moleque tem?
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Casos de Uma Adolescente
AçãoMary, uma garota de dezesseis anos decidida e mimada é culpada por algo que não fez. Sua fama de valentona e inconsequente não contribui para sua defesa, já que a mesma não tem um halibe. Ela não é do perfil que espanca pessoas, mas por outro lado...