Prólogo

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Mary Montenegro

Deito na cama e coloco meus fones de ouvido. Na rádio está tocando uma música triste e melancólica.

Cantarolo Sentindo as lágrimas escorrerem pelos meus olhos. Estou deitada e encolhida na minha cama forrada por lençóis rosas e de ceda. Abraço um dos meus ursos de pelúcias, afogando minhas lágrimas nele.

Quatorze anos, essa foi a idade do meu primeiro coração partido, estraçalhado.

Enxugo as lágrimas lavando-as na pia do banheiro, me olhando no espelho e o reflexo mostra-me uma garota com os olhos inchados de chorar.

Aquela cena. A maldita cena. 

Após o ocorrido, meu Irmão Josh, foi tirar satisfação com o cretino, mas de quê adianta? Já estava feito não é? Minha irmã, Isadora, até tentou me consolar, mas iria mudar o ocorrido?

Talvez eu não devesse ter ido àquele maldito baile. Ou talvez não devesse ter desgrudado dele. Mesmo se eu tivesse seguido-o, ele quis fazer... Foi escolha dele.

Talvez um abraço dos meus pais ajudaria mas onde eles estão? Europa talvez?!

Talvez ele não deveria ter vindo para a escola a qual eu estudo, Verdriet en rouw, definitivamente eu não deveria ter me apaixonado por ele, com certeza ele não deveria ter fingido interesse por mim.

Depois de lavar o rosto, volto pra minha cama ainda cantando, inevitavelmente as lágrimas grossas e quentes banhavam meu rosto.

Adormeço em meio ao caos da minha alma com a imagem de Marshall Cavaliery na minha cabeça.

Casos de Uma AdolescenteOnde histórias criam vida. Descubra agora