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Uma semana depois...

Luíza: O que é isso, Matheus?? - Perguntei nervosa, vendo ele cheio de sangue.

Magrinho: Coringa, mandou me cobrarem.- Tossiu, mas deu um leve sorriso no final.

Luíza: Coringa? Mas ele tá preso, te cobrarem pq? - Coloquei ele sentando no sofá, sem me importar se iria sujar ou não.

Magrinho: Me disseram que você é a protegida dele, nem pra avisar né, desgraçada.- Fez graça, gemendo de dor no final.

Luíza: Protegida? Bateram na sua cabeça, certeza! - Neguei com a cabeça.- Vou pegar as coisas.

Me levantei correndo e peguei a caixa de primeiros socorros.

Magrinho: Tenho que tomar banho primeiro, pô.- Falou tentando se levantar.

Revirei os olhos e fui ajudar ele, assim que eu conseguir levantar ele, ele quase caiu de novo.

O pior foi ele rindo, me fazendo rir e ficar sem força.

Na no fim, levei ele pro banheiro e deixei ele sentando numa cadeira de plástico, já que ele não conseguia ficar me pé direito.

Olhei no quarto e meu pai dormir, verifiquei se ele respirava normalmente antes de sair.

Ele respirava um pouco mais lento, mas isso era normal pelo efeito do remédio, que deixava tudo mais lento.

Sorri pra ele, mesmo sem ele estar vendo e voltei pro banheiro.

Magrinho: Eu tava doido pra cantar pra ela, nosso som..- Ouvi ele cantando.

Luíza: Você não muda né? Tá quase morrendo e fica de palhaçada.- Falei limpando com cuidado o rosto dele.

Magrinho: Eu vou fazer o que?

Luíza: Me dizer quem te bateu, amoru.- Chamei ele por nosso apelido, das antigas.

Magrinho: Isso não chega a ser do teu interesse, amoru.- Ignorei ele.

Terminei de limpar e ajudei ele no banho, ele tava mais machucado nas pernas, que pegaram bem pesado mesmo.

Ajudei ele com a roupa que ele tinha aqui em casa e no mesmo momento que ele já estava vestido, a porta abriu, a cara da Rebeca e da Marta, fizeram o Magrinho novamente real.

Marta: O que foi isso, meu filho? - Perguntou preucupada, se aproximando.

Magrinho: O cuzu do seu filho, tia.- Fez drama.

Rebeca: Gente do céu..- Sentou no sofá.

Marta: O coringa tá preso, Matheus!

Magrinho: Ele mandou, assim os cara me disseram.

Marta: Qual motivo levaria ele a isso, filho? Você nunca fez nada de errado, sempre ajudou ele..

Luíza: Eu acho que não foi o Coringa que mandou.- Interrompi a fala do Matheus.

Não queria que a Marta, pensasse em mim como uma vadia que dá pro filho dela em troca de dinheiro.

Marta: Eu vou ligar pra ele pra confirmar essa história.- Falou séria.

Rebeca: Tá doendo muito, aqui? - Ouvi a voz dele baixinha, com a mão na coxa do Matheus.

Aí espera, tô com ciúmes.

Luíza: Rebeca, vai buscar água, por favor.- Os dois me olharam.

Rebeca: Aí, eu não digo mais nada.- Se levantou, indo.

Sentei do lado do meu amigo e namorado e semicerrei os olhos pra ele que riu.

Magrinho: Nada de ciúmes, minha gata.- Brincou.

Luíza: Você é meu, meu amigo. Quer que eu faça xixi em você pra deixar um pouco mais claro? - Ele gargalhou.

Acabei rindo junto.

Tá, não me importava que o Matheus ficasse com ninguém.

Tanto faz, nós somos só noites, até dias, enfim...

Somos sexo casual mas amizade na frente de tudo.

Mas com a Rebeca não, é estranho.

Além disso, ela tá com o peixe.

Foca em outra coisa, Luíza.

Como arrumar os machucados do Matheus, que me olhava rindo.

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