Rebeca ✨
Eu já não tava aguentando mais, aproveitei que o Peixe tinha saído pra ficar com alguma puta e que o Coringa tinha sido liberado.
Sai correndo de casa mesmo com a perna doendo, por ter apanhado.
Cheguei na praça, vendo a aglomeração de pessoas e vi meu amigo ali.
Passei sem falar com ninguém, encostei a mão no braço dele, sentindo ele empurrar minha mão, mas virar e me olhar segundos depois.
Coringa: E aí, sumida.- Falou com a cara séria, mas com preocupação.
Eu sabia que ele tava preucupado, mas não iria demonstrar na frente de todos.
Rebeca: Vamos conversar.- Pedi.
Não precisou de muito pra ele levantar e sai me puxando com cuidado.
Nem tive tempo, mas percebi a presença da Luíza e como ela me olhou, com curiosidade.
Não tinha tempo, mas fui seguindo o Coringa.
Coringa: Que foi? - Perguntou mais afastado.
Rebeca: Se você não matar o peixe agora, eu mato.- Falei abraçando ele.
Coringa: O que ele fez? Descobriu que é corna?
Rebeca: Sem graça, Felipe! Ele me bate, você deveria matar ele.- Falei sentindo ele me abraçar.- Eu não aguento mais...
Coringa: Você tá machucada? - Assenti, deixando o choro me invadir.- Por que você não me disse antes?
Rebeca: Ele mudou, pouco tempo depois que você foi preso..- Ele fez carinho na minha cintura.
Em seguida ele me soltou, pegando o raidinho e perguntando sobre o Peixe.
Mas pelo que ouvi, ninguém tinha visto, ninguém sabia.
Coringa: Eu acho que ele fugiu.- Falou bolado.- Por que tu não contou isso pro Magrinho? Tu sabe que ele é de confiança.
Rebeca: Você acha que eu não tentei? Ele me bateu tanto quando descobriu.- Quase gritei.- Eu não conseguia falar com ninguém, ele só deixava eu ter contato com a Luíza.
Coringa: Por que?
Rebeca: Eu não sei...- Passei a mão no rosto.- Só confio em você, me tira desse inferno.
Coringa: Vou tirar e te proteger.- Falou baixo, beijando minha cabeça.- Você vai pra casa da Luíza e vai ficar lá, enquanto eu procuro ele.
Rebeca: Ela tá na praça.
Coringa: Vou falar com o Matheus, tu vai ficar segura com eles lá.
Rebeca: E vocês dois? - Perguntei mais calma, enquanto caminhava com a ajuda dele.
Coringa: Ela não passa de uma piranha que eu comi.- Falou seco.
Rebeca: Piranha que você fez questão de ver ela, não foi? Respeita minha amiga.- Falei brava.
Coringa: É? Pena que foda-se.- Me ignorou, assobiando pro Magrinho.
Ele veio, seguido pela Luíza que não olhou pro Coringa e sim pra mim, ao ver que eu mancava.
Ele mandou os dois me levarem pra casa e saiu, ela me encheu de perguntas sobre meu estado enquanto eu caminhava com a ajuda do magrinho.
Finalmente eu estava livre.