De manhã saí bem cedinho dos braços dele.
Cedo mesmo, tipo 5h da manhã.
Não queria ver que tudo que a gente passou na outra noite, fosse estragado por palavras dele, que estaria limpo.
Por mais que eu quisesse ficar ali, acreditar que ele iria ser o mesmo, ou até melhor que antes.
Mas eu sabia que não, ele iria ser o Coringa babaca.
Cheguei na minha casa, indo ver primeiramente meu pai, que dormia sozinho na cama, a Marta já tinha sumido, mas sei que ela passou a noite aqui.
Não iria me aproximar muito, pq de manhã ele se acorda com qualquer barulhinho.
Deixei a porta aberta e fui me deitar, pegando no sono de vez.
Acordei no susto, sentindo alguém empurrar meu corpo.
Coringa: Abre a porra do olho, caraí.- A voz grossa dele, me assustou mais ainda.
Luíza: Coringa? O que...- Cocei os olhos, ainda sentindo sono.
Já tava mais tarde, parecia 12h por aí.
Coringa: O teu pai tá no hospital.- Bastou isso, pra eu pular da cama.
Luíza: O que? Não tá não, saí...- Tentei sair do meu quarto, mas ele me segurou.
Marta: Felipe, pedi pra você falar com calma, que merda.- entrou no quarto gritando.- calma, Luíza. Ele tá bem.
Luíza: Eu, é...- Não conseguir reformular uma frase, apenas fechei os olhos, sentindo o Coringa me segurando.
Coringa: Abre o olho...- Falou me colocando sentada na cama.- Abre o olho, porra.
Marta: Para de gritar, Felipe.- Gritou ele.- Luíza, você comeu? - Neguei com a cabeça.- Desde quando você não come?
Luíza: Ontem, de tarde..- Falei apoiada no corpo do Coringa.
Marta: Vai buscar comida pra ela.- Mandou.
Coringa: Não! Vou ficar aqui, vai tu.- Me colocou deitada na cama.
Luíza: Não...precisa, eu tô...- Nem terminei de falar, só sentir meu corpo pesar.
Não demorou muito pra inconsciência surgir por todo meu corpo, deixando tudo preto.