Coringa: Sei nem pq eu saí de casa, ô a bosta.- Murmurou, de braços cruzados.
Luíza: Aí, Felipe! Você não tem oitenta anos, vai beber, vai conversar com seus parceiros, se diverte! Euhein.
Coringa: E deixar a piranha sozinha? Nem.- Dei um tapa no braço dele.
Ele segurou minha cintura e ficou me olhando, enquanto eu sorria pra ele.
Luíza: Amor, você me ama né? Olha a sua cara de bobinho, puta merda.- Gargalhei, fazendo ele continuar me olhando.
Coringa: Você vai se abaixar, em 1 minuto.- Falou abrindo um sorriso.- Apenas se joga no chão.
Luíza: Mas...
Coringa: Amor, você consegue fazer isso? - Respirou fundo e eu assenti, sem entender.- Tenta não se machucar e se encolhe.
Assenti e ele colocou a minha mão, na cintura dele.
Ele balançou a cabeça e eu tirei a arma da cintura dele, discretamente.
Como estávamos encostados na parede, abracei ele, colocando nas suas mãos, que estavam nas costas.
Coringa: Se abaixa e entra no beco, agora! - Falou em uma só vez.
Me joguei no chão e questão de milésimos, escutei dois tiros.
Me encolhi no chão, rastejando pro beco, enquanto escutava gritos e tiros.
Eu não tinha idéia do que tava acontecendo, só me encolhi no chão, de olhos fechados.
Minutos depois, os tiros tinham cessado e escutei alguém correndo pro beco.
Coringa: Luíza...-Falou alto e ofegante, quando levantei a cabeça pra olhar ele...- Corre, Luíza.
Não entendi, só escutei dois tiros.
Levantei em um pulo, vendo o meu homem caindo no chão.
Luíza: Não! - Gritei.- Coringa, porra...- Falei desesperada, me aproximando, mas alguém puxou meu cabelo.- Não, Felipe...
Coringa: Luíza...- Falou em um sussurro, me fazendo tentar ir até ele.
Luíza: Coringa, por favor...- Choraminguei tentando me soltar, mas uma pano foi colocado na minha boca.- Coringa, amor...
Essas foram minhas últimas palavras, meus últimos minutos de consciência, até desmaiar, nos braços de alguém...
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MARATONA 2/5