Luíza 🌻
Médico: Pelo que eu vejo, é uma menina sim.- Repetiu pela quinta vez, pro Coringa.
Coringa: Não, meu parceiro! Colé, olha direito. Tu acha que eu vou conseguir viver com outra dessa mulher? - Falou nervoso, passando a mão no rosto.
Eu só sabia sorrir orgulhosa, ao saber que eu tava gerando uma menininha.
Uma princesinha.
Luíza: Felipe...- Sussurei, olhando pra ele.
Coringa: O que foi..? - Suspirou, me olhando.
Luíza: É a nossa filha, nossa princesinha.- Falei ainda em sussuro, fazendo ele abrir um sorriso sincero.
Coringa: Nossa herdeira! - Me fez sorrir mais ainda.- Ô doutô, pq ela não chora?
Médico: Pelo motivo do feto ainda estar se formando na barriga da mãe, não conseguimos escutar as ações do bebê.- Falou olhando como se o Coringa fosse um idiota.
Coringa: A minha filha não, essa mulher mesmo! Não dizem que as negas ficam tudo emocionada? Ela não chora não, tio.- Apontou pra mim.
Médico: Se prepare! Os primeiros três meses dela tão sendo os mais calmos pra vocês, mas assim que chegar na semana do quarto mês, ela vai se tornar uma pessoa que não vai se auto reconhecer.
Luíza: Credo, eu só não tenho vontade de chorar.- Dei os ombros, me sentando.
Médico: Algumas mulheres não choram muito mesmo, mas ficam muito bravas por tudo, não têm paciência com nada...- Olhou pra mim e por coringa.- Enfim, te desejo muita sorte pra conseguir aturar ela.
Coringa: Eu vou fugir de casa.- Falou baixo, coçando a cabeça.
Médico: Até a próxima, cuidado! - Falou enquanto a gente caminhava pra fora da sala.
Não pude deixar de mostrar meu sorriso pra todos que ali estavam.
Meu sorriso tava mais brilhoso do que o sol.
Enquanto o Coringa só falava coisas como "não vou aguentar, eu tô tendo um infarto."
Achei bem maduro.
Mas era bom ver ele preocupado com tudo já.
A cara de felicidade dele também não era escondida, principalmente quando ele olhava pra mim.
Ele jogava a cabeça pra trás e negava, abrindo um sorriso de lado.
Isso, o caminho todo de volta pro morro.