⋅ Não Estamos Sozinhas ⋅

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28 de novembro, sábado – 11:12PM

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28 de novembro, sábado – 11:12PM

Ando de um lado para o outro, hora balançando a cabeça, hora apoiando as mãos na barriga. Sem conseguir dizer nada enquanto espero no corredor do hospital junto com Lina.

Passei as últimas semanas tão preocupada em esquecer a minha dor, que deixei de lado os enjoos, a azia, e o desespero para entrar dentro de algumas roupas, mas nesse momento, só não quero me apegar a uma ilusão.

— Anna e Elsa — viramos ao mesmo tempo e encaramos a Dra. Diaz saindo da sua sala. — Katie?

— Nós temos que conversar.

Seu olhar se enche de preocupação e ela balança a cabeça, dando espaço para entrarmos, ela fecha a porta em seguida e nos encara, depois encara minha barriga surpresa.

— Está crescendo, não é?

— É, e é sobre isso que temos que conversar — falo nervosamente.

— Katie, se você decidiu fazer o aborto, eu...

— Eu perdi o bebê — falo rapidamente e ela balança a cabeça confusa. — Estive aqui há quatro semanas com sangramento e não havia batimentos.

— Não... não é possível.

— Nós estivemos aqui — Lina afirma preocupada. — Uma outra médica atendeu Katie porque você estava em uma emergência familiar.

— Outra médica? Mas que merda! Quem foi o idiota que passou uma paciente minha para outra pessoa?

Dra. Diaz se vira irritada e abre a porta, deixando sua sala e ficando fora por minutos longos demais enquanto Lina e eu nos encaramos. Quando ela volta, está ainda mais irritada, mas agora está com uns papeis em mãos.

— Maldita — ela grita e nós nos encolhemos. — Não fizeram exames! Você tomou o remédio?

— Não... eu esqueci.

— Quantos dias de sangramento você teve, Katie?

— Três ou quatro.

— Meu Deus! Que estupidez! Droga! Aquela maldita médica que te atendeu foi demitida há uma semana, e ela não fez o exame para procurar a causa do sangramento e Katie, a ala de emergência estava com problemas nas máquinas, não tinha como ouvir o coração do seu bebê.

As lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto e eu encaro Lina que está totalmente pálida.

— O bebê ainda está vivo? — Lina pergunta quase sem voz.

— Aparentemente sim! Katie, tire a roupa, eu vou fazer uma ultrassom e alguns exames.

Balanço a cabeça, mal conseguindo me mover pelo pavor e a ansiedade que estou sentindo, mas consigo me encaminhar para o banheiro e tirar minha fantasia, depois colocar uma camisola hospitalar e voltar, deitando sobre a maca.

A Vida (Quase) Perfeita de Katie WilliamsOnde histórias criam vida. Descubra agora