04 de dezembro, sexta-feira – 07:18PM
Branca para na minha frente e mexe o indicador, chamando-me até ela. Sorrio e me abaixo devagar para ficar do seu tamanho enquanto seus olhos verdes me encaram com bastante atenção.
— Se cuida, tia Katie — sussurra colocando as mãos em meu rosto.
— Você também, querida. Sua mãe pega você depois do colégio, ok?
— Ok. E nós duas nos vemos no domingo, certo?
— Certo.
— Até domingo então.
— Até, querida.
Dou um beijo em sua testa e ela sorri, fica nas pontas dos pés e beija minha testa e quando me levanto, minha barriga também ganha um beijo que me faz sorrir. Branca me abraça depois corre até a porta onde Dolores está esperando para levá-la até o colégio. Aceno para as duas e elas saem, deixando-me apenas na companhia de Pop que está esparramado no sofá, pouco se importando com o mundo ao redor dele.
Balanço a cabeça de forma negativa para ele e vou para o meu quarto pegar minha bolsa e minhas chaves, minutos mais tarde, quando volto à sala, Marco está prestes a sair. Ele para e me encara, franzindo o cenho.
— Vai sair, senhora?
— Trabalhar, Marco.
— Sozinha?
— Eu sei dirigir — sussurro estranhando sua reação.
— O Sr. Jones está ciente disso?
— Não é como se eu ir trabalhar ou não, fosse da escolha do Sr. Jones.
Marco respira fundo e me olha envergonhado enquanto eu fico sem entender sua reação, até porque, eu realmente não preciso falar a Stephan toda vez que for sair. Isso não é da conta dele.
— Posso levá-la, senhora?
— Você não tem que deixar Ash no colégio?
— O colégio fica no caminho, senhora. Não quero que você fique desprotegida.
Solto um longo suspiro diante das suas palavras, lembrando-me que prometi a Stephan que não ficaria sem segurança e agora terei de cumprir isso. Massageio meu cenho e levo alguns segundos até encarar Marco.
— Está bem, você pode me levar, Marco. Vamos.
Marco suspira mais aliviado e por mais que eu queira revirar os olhos, me contenho em apenas sair com ele. Isso está passando um pouco dos limites, tudo está, não é como se eu fosse ser atacada em público; a pessoa que invadiu minha sala fez o possível para não ser vista, então, em público ou cercada por pessoas, eu não sou um alvo, mesmo assim, Marco insiste em me tratar como se eu tivesse cinco anos, ou talvez como se eu fosse sua filha.
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A Vida (Quase) Perfeita de Katie Williams
Romance"As marcas do passado não irão sumir, mas não podem definir quem você quer ser" Ser abandonada e crescer em um orfanato, por alguns anos, pareceu ser a pior coisa para Katie, mas ela estava disposta a mudar isso e não se tornar a garotinha que foi a...