24 de janeiro, domingo – 02:42PM
— Ah, meu Deus, eu estou tão feliz por conhecer você — Cecile murmura enquanto se aproxima, e eu apenas encolho meus ombros, totalmente sem jeito.
Nunca pensei na possibilidade de conhecer realmente os pais de Stephan, é claro, o encontro com seu pai já fui ruim, e acho que não cheguei a pensar sobre a sua mãe. Também acho que nunca falamos sobre ela ou sobre o pai dele, e depois de tudo o que aconteceu com o Sr. Jones, ele disse que daria um jeito, e eu deixei de me preocupar.
Mas agora parada em frente a essa mulher, que carrega um olhar tão deprimido e uma expressão cansada e que, mesmo assim, parece feliz em me ver, não sei como agir.
— Me desculpe — ela pede, balançando a cabeça, então encara minha barriga e as lágrimas começam a contornar seu rosto, apavorando-me. — Já está tão grande. Quanto tempo?
— Cinco meses...
— Você sabe o que é?
— Uma garota — digo com a voz baixa, totalmente sem jeito.
— Vocês já decidiram o nome?
— Não. Stephan e eu ainda estamos decidindo isso...
— Me desculpe por chorar dessa forma — exprimi e acaba rindo, depois olha para cima e suspira, então volta a me encarar. — Eu quis muito conhecer você, e é um imenso prazer. Você é uma linda garota, e eu estou feliz por você e meu filho.
Sua dor em suas palavras é evidente, e eu não sei o que fazer, mas imagino que não tenha sido fácil para ela. Talvez ela saiba o que o marido fez, e pelo seu olhar deprimido, não acredito que ela tenha feito parte de toda aquela farsa, então deve ter sido difícil quando Stephan se afastou dela, por bem ou mal, ela é a mãe dele, e com certeza o ama.
Respiro fundo e consigo me recompor e apenas sorrir.
— Não tem problema. Você é mãe do Stephan... e eu entendo tudo.
— Obrigada por isso, querida. Será que eu posso... — Cecile encara a minha barriga e depois me encara envergonhada. — Será que eu posso tocar?
Troco um olhar com Lina rapidamente, sem saber o que fazer, e assim como eu, ela fica um pouco perdida, então tomo folego e encaro Cecile, afirmando com um balançar de cabeça. Seus olhos brilham, afastando um pouco a dor que habitam nele, e logo suas mãos estão em minha barriga e como resposta, minha filha chuta forte, fazendo Cecile sorrir.
— Ah, meu Deus — diz com emoção, chorando ainda mais. — Isso é tão lindo.
— Olha, não querendo cortar isso, mas está chamando muita atenção — Louis murmura ao nosso lado e eu encaro todas as pessoas olhando e algumas até com câmeras em mãos. — Katie, é hora de irmos.
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A Vida (Quase) Perfeita de Katie Williams
Romance"As marcas do passado não irão sumir, mas não podem definir quem você quer ser" Ser abandonada e crescer em um orfanato, por alguns anos, pareceu ser a pior coisa para Katie, mas ela estava disposta a mudar isso e não se tornar a garotinha que foi a...