Louise....
– Bom dia, mãe.
– Bom dia, minha filha. – Deu um beijo em minha testa. – Dormiu tarde hein?! Passei pelo corredor e vi sua luz acesa já bem tarde.
– Na verdade nem dormi mãezinha, pegamos um caso complicado e não consegui pregar os olhos.
– Sei o quanto você é capaz minha filha e se sairá bem mais uma vez, agora coma, precisa ao menos estar alimentada já que não conseguiu descansar.
Tomei meu café da manhã e antes mesmo de sair de casa liguei para John, queria saber no que eu poderia ajudar. Me mandou ir para a faculdade porque cuidaria de tudo, droga! Queria ser útil e ajuda-la. As aulas pareciam se arrastar durante toda manhã, nunca estive tão dispersa e ansiosa pelo fim das aulas do dia, fui em disparada para o escritório.
– E então, algo de novo? – Perguntei ainda abrindo a porta.
– Boa tarde para você também, estou ótimo hoje, você também? Que maravilha! – John desabotoou o paletó e colocou as pernas cruzadas em cima da mesa enquanto falava. – Almoçar seria ótimo, que tal?
– Não estou com fome, você fez algo com relação ao caso da Felícia?
– Calma Lou, está tudo sob controle certo?! Já solicitei o laudo sobre a morte da babá e entrei em contato com um dos legistas que é meu conhecido e me garantiu que mandará para mim uma via antes que possa ser alterada por alguém a mando do Marcelo.
– E quem te garante que ele não possa alterar? O Marcelo tem dinheiro e pode oferecer dinheiro a ele, muito dinheiro.
– Porque ainda existem pessoas honestas no mundo e que valorizam uma amizade além do dinheiro.
– Ok! Me desculpe! Só queria ajuda-la.
– Sei que quer, muito mais que o normal vale salientar.
– Só.... Só acho que mulher alguma merece passar por esse tipo de situação e ainda ser acusada de assassinato, enquanto o verdadeiro assassino pode sair impune.
– Sabemos que injustiças acontecem todos os dias, desse tipo e de outros, mas vamos resolver tudo isso e a Felícia terá toda uma vida pela frente para ser feliz com a filha.
– É, terá sim.
– Agora vamos almoçar porque eu estou morrendo de fome.
Pegamos nossos celulares e carteiras e atravessamos a rua, essa era uma das coisas que mais gostava no John, não importa o quanto ele é rico, influente ou importante a humildade ele nunca perdeu, almoçamos no mesmo restaurante da "Tia Bete" a cerca de 1 ano.
– Que droga, esqueci de deixar o celular no carregador quando cheguei de manhã.
– Eu não sei qual é a sua dificuldade em deixar o celular carregando durante a noite, quando você acordar ele vai estar prontinho para você usar durante todo o dia, sabia?!
– Quando lembro, eu sempre coloco.... Difícil é lembrar. – Rimos.
Enquanto estávamos almoçando meu telefone começou a tocar, não reconheci o número.
– Alô, quem fala?
– Louise, desculpe incomodar. Sou eu, Felícia. – Gelei da cabeça aos pés. – É que tentei entrar em contato com o John, mas seu telefone só cai na caixa postal.
– Tudo bem, pode ligar sempre que precisar vou passar para o John. Felícia!
– Oi Fê, desculpa meu celular descarregou.... Tudo bem, vou ligar para o Pedro e pedir para ele verificar, por via das dúvidas permaneça com tudo trancado e qualquer coisa ligue novamente, mas ele não está longe daí então logo te darei notícias ok? Tente ficar tranquila.... Até já!
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Entre Duas Linhas
RomanceFelícia é uma bela mulher de 28 anos, que desde o nascimento de sua filha se dedica unicamente a educação dela e aparições necessárias nos eventos políticos de seu marido, até descobrir uma traição e sua vida mudar completamente. Louise é uma garota...