📌 Capítulo 11

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Louise...

 O inesperado estava mesmo sendo surpreendente comigo, Felícia estava sendo a melhor coisa que tinha me acontecido em anos. Na verdade, acho que nunca senti por alguém o que estava sentindo por ela. Seu divórcio estava sendo complicado, uma ação contra um homem rico e que tem suas influencias com a política sempre é. Em 2 meses só conseguimos a medida protetiva e tirar de Felícia a culpa pelo assassinato da babá, mas ele foi esperto o suficiente para jogar a culpa em um de seus seguranças que assumiu tudo e Marcelo fez com que ele fosse solto dias depois, isso estava angustiando a todos nós, principalmente a Felícia que não podia sair de casa, nem deixar que sua filha saísse.

– Não é justo sabe?! – Ela se jogou no sofá com os olhos cheios de lágrimas.

– Eu sei que não, Fê! – John sentou ao seu lado e a abraçou.

– Foi ele quem cometeu o crime e sou eu quem estou presa aqui e nada se resolve, minha filha não vai à escola, não vê seus amigos. Eu não quero mais isso para mim ou para ela.

– Então porque você não vem ficar comigo na minha casa? – Sugeriu John.

– Não John, não quero te atrapalhar.

– Felícia, minha casa é grande o suficiente para vocês morarem lá e eu nem ver vocês, você sabe muito bem disso.

– Mas eu não quero colocar você em perigo.

– É um condomínio fechado e não levantaria suspeita alguma já que eu moro lá e preciso ir para casa todos os dias, você não acha? E lá também tem seguranças. – Ele estava com as sobrancelhas erguidas e os braços cruzados. Ela me olhou.

– É.... Mas.... Mas aqui eu....

– Aqui você vê a Lou todos os dias, eu já sei. Lá você também vai poder, ela vai comigo de carro e ninguém irá ver ela entrar ou sair, fora que ela sempre está por lá mesmo.

– Eu não sei John, preciso pensar.

– Pense o quanto quiser, você sabe que será muito bem-vinda. – Beijou sua testa e se levantou. – Bem, agora preciso voltar para o escritório. Você vem Louise?

– Vou sim, mas você pode ir na frente. Te encontro lá!

– Ok! Até já então. Se cuidem meninas. – Falou antes de sair e fechar a porta.

– Eu até que acho uma ótima ideia você ir para o John, lá é seguro e bem mais perto do escritório, da minha faculdade.

– Mas eu não sei se é certo, nós estaríamos também mais perto do Marcelo.

– Eu sei, mas não tenho sentido algo bom aqui, uma sensação estranha, não sei explicar.

– Isso é só impressão sua, relaxa tá?! – Ela me abraçou.

– Certo, mas eu quero que você fique com esse celular, é pré-pago, está em meu nome e é um número novo então não tem com o que você se preocupar porque só eu vou ter o número e o meu já está salvo aí.

– Louise você não deveria ter gastado seu dinheiro com isso.

– Felícia? Por favor, não começa com isso. Só aceita e mantem contato comigo, por favor?

– Tá, mas só em caso de necessidade.

– Concordo! – Sorri. – Agora tenho que ir, nos vemos mais tarde! – Beijei o canto de sua boca e saí.

Eu realmente não estava sentindo algo bom já tinha alguns dias e a proposta de John me pareceu a melhor das soluções, eu realmente queria que a Felícia saísse daquela casa o mais rápido possível. Coloquei o capacete e saí em disparada para o escritório.

Entre Duas LinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora