📌 Capítulo 18

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*** Hello babys, eu sei.... Eu sempre sumo, mas eu também sempre volto, tentarei parar, juro. Mas se sumir de novo podem vim xingar, só não a mãe porque a poby tem nada que ver com isso, então é isso, recado dado...

Outra coisinha, uma música em especifico me ajudou muito no desenvolvimento desse capítulo principalmente lá no finalzinho e vocês vão entender o porque se quiserem ouvir é a Make You Feel My Love - Adele, caso queiram, caso não em nada interfere, beijos de luz. ***

Enjoy....

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- Pedro, graças a Deus! – Respirei aliviada.

- Menina, o que você está fazendo aqui? Tá maluca?? Pode ser ferida.

- Eu não sei, eu só não consegui ficar lá parada e quando percebi já estava aqui.

- Aqui, em meio a um tiroteio e uma tentativa de salvar duas pessoas no meio de uma guerra, quer dizer agora são três.

- Você também não é da polícia então....

- Não da polícia, mas ex-militar então acho que tenho um pouco mais de experiencia com tiros que você. – Suspirei me dando conta do risco que corria.

- Eu não pensei, meu corpo simplesmente agiu. Pedro....

- Menina a gente não tem tempo pra isso, ela está atrás da mesa e tá bem machucada então não se espante se ela não acordar pra falar com você e não se desespera, agora se esconde aí com ela e não sai daqui por nada... Vou tentar fazer de tudo pra que ninguém entre aqui a não ser a polícia.

Corri para trás da mesa onde Pedro disse que Felícia estava e todo o meu corpo congelou ao ver o estado em que ela se encontrava, me abaixar até ela não foi uma escolha porque minhas pernas fraquejaram e quando dei por mim já estava de joelhos ao seu lado. Seu rosto estava completamente desfigurado, as marcas que vi em seu rosto e corpo na primeira vez que nos encontramos não chegavam nem perto de como ela estava agora, Felícia era um misto de marcas arroxeadas, inchaço e sangue, ela gemeu quando toquei em sua costela, provavelmente estava com fraturas resolvi não mexer em seu corpo para não piorar qualquer ferimento que ela tivesse, seus olhos não abriram e nem poderiam, estavam inchados demais pra isso e eu me vi chorando por ter deixado isso acontecer, por ter sido tão impotente e incapaz de protege-la.

- Eu tô aqui agora e não vou deixar que nada te aconteça, me perdoa por não ter conseguido te proteger antes, por favor, me perdoa Felícia. – Falei em seu ouvido enquanto sentia as grossas lagrimas escorrerem por meu rosto e queimar o mesmo como fogo. – Não desiste agora, tá me ouvindo?! Não desiste! Nós vamos conseguir tirar vocês daqui e nós precisamos de você bem, então não desiste agora, por favor.

Os tiros continuavam com a intensidade de uma zona de guerra do lado de fora e eu não fazia a menor ideia de onde Pedro estava para não permitir que ninguém entrasse por aquela porta, mas com certeza não era na frente dela ou ficaria exposto demais e logo seria atingido por alguém, então apenas deitei ao lado de Felícia e pedi a Deus que ela resistisse até que conseguíssemos sair dali o mais rápido possível e eu sinceramente não sou capaz de dizer por quanto tempo ficamos ali deitadas naquele chão, tapei meus ouvidos com minhas mãos até ouvir a porta se abrir, mas dessa vez não parecia ser Pedro porque não veio direto até nós, ouvi os passos pela sala e se aproximarem da mesa, meu coração parou.

- Não, não, não.... Como ela saiu daqui?! – Ele andava de um lado a outro e assim que reconheci sua voz, meu corpo gelou e fiquei completamente paralisada. – Como você chegou até aí, meu amor? Tenho quase certeza que te deixei sem condições nenhuma de andar.... Ahhhh' isso é melhor do que eu esperava, a namoradinha.

Marcelo tinha um sorriso diabólico nos lábios e um olhar maníaco com olhos completamente vermelhos, a mão que segurava a arma estava tremula e parecia piorar a cada passo que ele dava em nossa direção, eu permanecia completamente imóvel.

- Então a garotinha veio bancar a super-heroína, não?! – Ele encostou a arma em minha testa. – Levanta! LEVANTA PORRA!!!

O mundo parecia estar em câmera lenda, senti cada músculo do meu corpo fazer o que parecia ser um esforço sobre-humano pra que eu conseguisse me colocar de pé, minha mandíbula completamente travada, minha respiração presa.

- Acho que eu não preciso dizer que quero te matar, não é?! – Engoli em seco, não conseguia falar nada.

Marcelo se aproxima ainda mais de mim pressionando a arma em minha testa, eu sentia o metal frio contra a minha pele, meu coração batia freneticamente e eu conseguia sentir cada batimento cada vez mais forte em meu peito, parecia querer rasgá-lo.

- Olha eu já estava achando que o que a Felícia queria era te criar pelas fotos que vi, mas te vendo assim tão de perto eu tenho certeza. Você sabe que isso nunca daria certo não sabe?! Provavelmente a gente teria voltado, ou os pais dela fariam da vida de vocês um inferno, tem também a opção mais provável que é você encher o saco dessa vagabunda sem sal, porque sinceramente ela enjoa depois de tempo.

Eu não conseguia me mexer, muito menos falar, eu sentia meu sangue fervilhando por todo o meu corpo, mas eu estava congelada, meu peito batia forte de medo e ódio de tudo o que ele falava de Felícia, por tudo o que ele tinha feito a ela.

- Qual é o seu problema hein?! A sapatãozinha perdeu a língua? Entrou aqui e achou o que? Que iria pegar a amada nos braços e salvar, simples assim? Isso aqui não é novela, sua filha da puta! – Marcelo virou as costas pra mim, mas voltou no mesmo instante me acertando um tapa em cheio que fez meu corpo ir contra a mesa e atingir o chão logo em seguida.

Ele me arrastou para onde Felícia estava deitada, ela estava acordada, eu podia ver uma lagrima escorrer pela lateral de seus olhos, mas ela não conseguiria abrir os mesmos.

- Eu deveria te matar na frente dessa vagabunda pra ela saber que você morreu por culpa dela e carregar mais essa culpa nas costas, mas aí não vai ter graça, né meu amor? Você não vai conseguir ver porra nenhuma com essas merdas de olhos inchados. – Sua risada estrondou pela sala. – Então vai ser ela que vai morrer na sua frente!

- Não, não faz isso. – Saiu em sussurro dos meus lábios.

- Olha, eu queria ter muito tempo pra te matar bem lentamente e ela poder ouvir ao menos os seus gritos, fora que a gente poderia até brincar um pouco, né?! – Falou enquanto passava o cano de sua arma em meu colo e pressionando ela entre meus seios. – Mas infelizmente eu não tenho tempo pra isso.

Ele puxou Felícia de uma só vez pra o meio da sala me puxando para o seu lado logo em seguida.

- Presta bem atenção Felícia, porque a última coisa que você vai ouvir é o som da sua namoradinha morrendo. – Nesse momento eu senti seus dedos segurarem as pontas dos meus e pude ver que ela ainda chorava, fechei meus olhos como se isso pudesse me salvar. – E você, abre os olhos pra morrer, você teve coragem pra vim até aqui então tem que ter coragem pra morrer também.

Abri meus olhos para encará-lo, mas só até ver seu dedo começar a pressionar o gatilho. Escutei o tiro, mas não senti nada e por um milésimo de segundos achei já estar morta, abri os olhos a tempo de ver Marcelo indo ao chão e quando levantei a cabeça vi Pedro na porta com sua arma apontada para ele. Marcelo virou-se com uma mancha de sangue em sua camisa que eu não conseguia distinguir de onde vinha, disparou contra Pedro algumas vezes fazendo com que ele caísse na porta da sala, ele levantou e foi até ele chutando sua arma para longe enquanto procurava uma saída do galpão cheio de policiais deu um passo à frente e voltou seu corpo para dentro da sala novamente e pude ver um sorriso no canto de sua boca quando ele apontou a arma na direção de Felícia e disparou antes de sair correndo.


*** Até breve... ***

Entre Duas LinhasOnde histórias criam vida. Descubra agora