Capitulo 5 - Faço tudo pelo bem

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Num instante de desatenção um menino se perde em meio ao emaranhado de galhos da floresta,sem ter nenhuma direção a seguir ,Luma se apavora com a imensidão de floresta que vê a frente e tenta de algum jeito acalmar a todos.

- Acalmem-se faremos de tudo para que André seja encontrado,irei conversar com as Irmãs antes de qualquer coisa - Luma fala com o rosto preocupado dirigindo-se as Irmãs.
- O que faremos Irmãs?André sumiu e não o deixaremos perdido nesta imensa floresta,prometi a meu pai mas vou descumprir a promessa pelo bem do menino - Luma examina a situação virtuosamente.
- Precisamos nos organizar para busca-lo em meio a essa floresta perigosa,eu e mais dez crianças ficaremos aqui pela segurança delas,você pode ir junto com Doroteia pela floresta em busca do nosso menino - Madre Meria olha espantada para Luma.
- Eu aceito Irmã Meria, precisamos nos apressar antes que se perca completamente - Luma com os olhos brilhando
- Por favor Luma!!! Ajuda meu amigo a se salvar,não quero perde-lo como perderei você - Pamela diz abraçando fortemente Luma.
- Não diga isso ,terá sempre um lugar em meio ao meu coração turbulento,nunca te esquecerei - Luma fala tremula ajoelhada sobre a grama .
- Mesmo ? - Pamela agarra as mechas loiras do cabelo de Luma.
- Mesmo eu lhe prometo,agora eu preciso ir me trocar na barraca para adentrar a floresta - Luma com a face suave.
- Posso ir junto com você,prometo ajudar no que for preciso - Pamela se dispõe abertamente.
- É tão raro ver uma criança tão prestativa como você por isso que eu lhe amo não importa que não tenha familia eu ja sou mãe de todos - Luma sorri plenamente.

Ela segue para barraca com intuito de se vestir adequadamente para adentrar a mata,o alarde motivo lhe causa pavor mas não quer trazer a todos a desesperança de não tentar.Saindo da barraca com cabelo preso, um casaco de pele preto e saia rodada totalmente azul parte rumo ao caminho de entrada da mata.

- Vamos Irmã Dorotéia,vou levar também Pamela e Mariana,devemos ter cautela em tudo o que fizermos na mata - Luma orienta com expressão meio ansiosa.
- Vamos sim seja o que Deus quiser,rezei muito antes de ir contigo estou pronta podemos ir - Irmã Doroteia se levanta e segura na mão de Luma.
- Vão com cuidado e tragam ele bem para que possamos ficar em paz - Irmã Meria com ar de perseverança.

Luma segue sem olhar para trás, junto com Dorotéia começam a retirar alguns galhos do meio do caminho e observam no acesso um imenso caminho barroso a ser percorrido,temendo que as duas meninas machuquem-se andam levemente guiadas por pegadas de outras pessoas que ja teriam alçado explorar o encantador lugar,em meio ao denso arvoredo murcham-se as flores para dar ao lugar as folhas completamente secas que ja enfraquecidas caem,a vida começa a ser poupada ao frio que se aproxima,Todas ouvem o som do canto dos papagaios da selva e beija flores soando como uma melodia imensuravel a ser apreciada ,tudo parece calmo ,os ramos da arvore estancam a amplidão de sons e a solidão em meio a esta terra umida.

- Minutos ja se passaram e nenhum sinal do menino Irmã - Luma fala com o folêgo cansado.
- Vai começar a escurecer Luma e nos perderemos na mata,o céu está totalmente cinzento,nos resta passar a noite aqui - avisa Doroteia desesperada.
- Coitado dele como deve estar se sentindo,me culparei se ele não reaparecer - Luma com expressão de cansada
- Não se culpe,tenha esperança e tudo dara certo - aconselha Doroteia
- Tudo culpa minha por feri-los ao dizer tudo aquilo - os olhos de Luma se fecham.
- Sua decisão não muda nada o que eles sentem por você,amor eterno - Doroteia ressalta.

O tempo fecha , a chuva chega implacavelmente filtrando a mata e molhando cabelos e vestes de todas elas ,num discorrer de tempo um trovão ruge ferozmente amendontrando.

- Precisamos sair daqui!!! - grita Pamela empalidecida.
- Vamos correr daqui não ficaremos mais nenhum minuto!!! - o coração de Luma bate rapidamente.
- Mas André deixaremos ele para trás? - pergunta Mariana curiosa e amedrontada.
- Procuraremos amanhã cedo precisamos voltar,não sei por qual caminho - Luma indecisa franze a testa.

Elas correm pela mata em busca de encontrar o lugar de volta,o cansaço e a chuva atrapalham a visão que se torna oculta a medida que avançem.

Em Mariana ,o tão esperado baile começa,a carruagem de Fabio chega em meio ao grande portão de ferro que se abre para entrarem ,Marcia curva-se para descer e abre as portas mostrando toda a sua beleza para os convidados que estão na parte de fora,o vestido cintilante é lançado sobre os passos lentos.

- Enfim estou aqui,Fabio me acompanhe até o salão principal,uma dama como eu precisa ser prestigiada - Marcia pede de forma arrogante.

Fabio sem meras palavras a dizer segue calado em companhia a Marcia apenas para honrar o que prometeu diante do padre no dia de seu casamento,adentrando o salão Marcia impressiona-se com os vestidos longos usados pelas mulheres, todas com cores brancas e tons mais discretos estavam com seus pares lado a lado enquanto ela ousou em uma cor mais escura, as belas damas lhe causam uma certa inveja pela a forma dos cavalheiros dominarem no centro do salão.O caminho nunca foi tão só para ela,somente a rocha mais solida e dura para não deixar se abalar pelo casamento quase que completamente destroçado.

- Poderia me acompanhar ,devo fazer as honras também de valsar - Marcia pergunta fingindo um sorriso.
- Valsarei sim contigo,mas apenas por ter pena de estar completamente só - Fabio com olhar duro.

Luzes iluminam o salão e faz com que fique concretamente vibrante,sapatos de salto se movimentam pelo chão a medida que as damas dancem sobre ele,os cavalheiros todos de ternos e sapatos de primeira classe, tudo acompanhado de vinhos que Fabio produz com tanta afeição e virtude.

- Não esqueça que hoje é um dia especial para mim e nada poderá tirar minha felicidade - Fabio cochicha no ouvido de Marcia
- Pegarei um vinho,logo voltarei - Fabio segue sereno até a sala de jantar.

Algo deixa Marcia inquieta, o olhar atento para os lados da-se pela entrada do pretendente destinado a Luma,os os olhos negros como a escuridão eterna são mpossiveis de não serem notados e os cabelos cacheados cor de fogo dão um semblante obscuro que destaca abaixo do chapeu ,Eman vem em passos leves na sua direção.

- Tu chamas Marcia ,não é mãe de Luma?,prazer em te conhecer - Eman pergunta educadamente e beija a mão de Marcia.
- Encantada,é um prazer em vê-lo - Marcia fingindo agradar-se.
- Alias cade Luma minha futura noiva? - Eman pergunta entusiasmado.
- Não tenho noticias agradaveis,Luma recusou seu pedido de casamento e não quer mais nada com o senhor,estou envergonhada por te-lo desagradado com a noticia - Marcia fala cabisbaixa.
- Tu não podes fazer isto comigo,temos um acordo e ele será cumprido - Eman com a face irritada.
- Por mim Luma poderia se casar logo para me livrar dos problemas mas não posso passar por cima da decisão de Fabio - Marcia fala no exato momento em que Fabio volta.
- Minha filha não se casara com o senhor,ela ja decidiu e não vou me opor a isto,agora vá embora daqui e não me apareça nunca mais - Fabio fala com grosseria.
- Tu me fizeste de engano por ter me feito acreditar nas palavras ditas por essa inescrupulosa mulher - Eman fala severamente.
- Ofendeu Marcia e há de pagar - Fabio desfere um soco em Eman.
- Tu se arrependerá pelo que me fizeste ,não terei arrependimento algum por tudo,vou me embora daqui - Eman sai com os labios cortados.

As pessoas em volta do salão param para admirar a compostura de Fabio e o aplaudem pela dignissima atitude em respeito a Marcia,todos voltam ao instante normal e dançam novamente.

Pela mata uma ventania urge sobre os cantos, ouvia-se o barulho das goticulas de aguas sendo esboçadas pelo vento que simplesmente agia de maneira continuada,todas correm apavoradas e em uma simples distração o pingente de Luma voa sobre a arvore caindo muitos metros de onde ela esta,sendo um simbolo sagrado do quanto ama sua irmã e acalenta toda sua dor ,Luma corre para alcança-lo demonstrando um rubido olhar, ao ter em vista sobre o ramo da arvore se enrosca sobre ele e tenta pega-lo mas o chão infinitamente barroso a puxa descambadamente sobre a lama,seu corpo corta-se a medida que os galhos passem causando espanto entre as meninas e Doroteia.

- Esta bem Luma?consegue subir aqui novamente - Irmã Dorotéia pergunta espantada.
- Não consigo,estou sem forças para subir,vão em frente voltem para o campo eu prometo que eu volto - Luma aspecto cansado.
- Luma traz meu amigo de volta por favor - Pamela pede suplicadamente.
- Voltem em segurança e rezem para que eu o encontre bem,ficarei bem sim - Luma acena com a mão.

Luma vira-se de costas com a roupa toda desfalecida e caminha sobre as entranhas da mata,Dorotéia com as meninas se abraçam e a observam com esperança de sua volta e do menino,o profundo sentimento de Luma se exala bruscamente pela floresta e a sabedoria pulsa diante das cicatrizes mostradas ao corpo.

Destino imprevísivel(pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora