Capitulo 9 - Buscando respostas

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Em Ponte Nova, a jovem adorada moça com seu corpo pleno na pequena cama de madeira penumbra num sono imutavel,as faces respectivas de Pedro e Estela se iluminam com cada suspiro calmo que  soa no ar,o aroma e a suavidade da pele transpassam o quarto simples e aconchegante com as paredes limpidas e brancas dando mais claridade e sutileza ao lugar,Pedro tem seu coração aprisionado por um desejo redundante de mudar o percurso,esse impulso fica cada vez maior e o faz colocar os dedos  entrelaçados aos de Luma como se uma corda rompida fosse revigorada novamente.Seguindo o mesmo reflexo, Estela não se contém com tamanho sentimento que lhe arrebate o coração, o amor imprevisivel incendeia seu corpo sem mesmo ter conhecido a jovem desconhecida .

— Quando ela irá acordar?,essa demora me aflige por completo — Pedro olha admirado.
— Ela vai acordar no momento em que estiver recuperada e pronta para voltar a viver de novo — Estela diz com rosto corado.
— Quero saber como é sua voz,seu nome, seu jeito de se portar ,depois que eu a salvei da morte a vida lhe deu uma nova chance — Pedro fala com um sorriso.
— Vejo que seu olho brilha só em falar nela,o que estava havendo com você — Estela com face intrigada.
— Estou sentindo algo dentro de mim que me perfura e me tira a paz eu não sei o que é —Pedro com expressão carinhosa.
— Também senti algo estranho quando a vi sobre a cama,como se eu ja a conhecesse ,coisas estranhas enfurnaram meu coração tendo apenas a vontade de abraça-la —  Estela fala com esplendor.
— As mãos tão delicadas dela,como pode ter tamanho azar de se envolver nas aguas do rio — Pedro coloca as mãos de Luma sobre o seu rosto.
— Ela deve ter algum motivo para estar lá,você achar ela não foi uma mera coincidencia,foi destino —  Estela feliz advinha.
— Esperarei ansioso para que ela acorde,tanto sofrimento só pode ser amenizado com carinho — Pedro exclama aliviado.

Os olhos azuis  de Luma abrem e refletem-se brilhando intensamente sobre a superfície de suas palpebras,o estranhamento pelo lugar é real e engrandece a medida que observe o local em silêncio,ao perceber que as  mãos de Pedro estão unidas as suas mais que rapidamente desune e esquiva-se de uma forma medonha.

— Quem são os senhor e a senhora,que lugar é esse? — Luma pergunta exaltada se desenroscando do cobertor.
— Nós somos pessoas do bem queremos apenas te ajudar — Estela fala calma.
— Eu te salvei senhorita,estava insconsciente na beira do rio e eu a avistei — Pedro conta com entusiasmo.
— Me tirem daqui!!!quero voltar pra minha casa rever minha irmã,mas quem eu sou — Luma grita inclinando o corpo para sentar na cama.
— Como é seu nome bela senhorita?,teus olhos são um encanto — Pedro exclama com olhar fixo sobre Luma.
— Eu não sei,não me lembro que eu sou,minha cabeça esta confusa — Luma apoiando as mãos sobre a cabeça, atordoada.
— Peço que não se exalte,cuidarei de você como se fosse minha terceira filha,eu ja te considero do fundo do meu coração — Estela emocionada.
— Tem meu apoio também,te ver sobre aquele tormento todo me fez refletir sobre minha vida,te agradeço — Pedro demonstrando uma olhar longiguo a Luma.

Em seguidas os três abraçam-se em uma união inabalável ,a vontade de estar perto desatina na mais sedenta face percorrendo todo o seu interior e despertando algo incomum entre eles,Luma sente uma suspensa leveza que lhe flutua sobre o corpo brotando a paz em meio as cicatrizes de sua formosa perna,o forte abraço a faz vibrar de felicidade mesmo não conhecendo aquelas bondosas pessoas que lhe estenderam a vida.

—  Entendo que são pessoas do bem e desculpem a rudeza com que eu lhes falei — Luma envergonhada diz terminando o abraço.
— É previsto que a confusão em sua mente a faça ter atitudes como esta mas não se preocupe vai passar — Estela sorri.
— Bem agora comprarei as coisas para o jantar quero ve-la junto a mesa conosco hoje a noite ,fique bem— Estela felicissima beija a testa de Luma ,abre a porta e sai do quarto.

Um reflexo permeou pelo piso marrom do quarto, alguma coisa iluminava em cima dele brandamente parecendo ser um objeto perfeito e pleno quanto a seu esplendoroso formato de coração,tão antigo e ao mesmo tempo ilusório.Luma lançou-se espantosa ao depreciar o objeto firmado em pleno chão,a princípio suas memorias perdidas com o tempo não fizeram esquece-lo unicamente.

Destino imprevísivel(pausa)Onde histórias criam vida. Descubra agora