Capitulo 16 - O Estilhaço das Rosas

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As aveluladas camadas de capim vão ficando para trás dando lugar as cheirosas camomilas plantadas com o vento e em grande quantidade,os cercados amadeirados fincados um a um ao solo mostram as ovelhas deitadas sobre o chão espriguiçando-se e algumas em busca de pastos ainda existentes sobre a terra,as galinhas com suas asas cheias de plumas cantarolam no fluorescer da tarde aquecendo e deslumbrando tudo o que aparece ao redor,Luma nem sequer para a olhar os animais encantadores a volta e o som do ambiente pejora seu timpanos e causa um abismo nos caminhos pelo que escutara segundos antes,a vasta secura ambienta por de frente a casa que fica mais perta pelo roseiral que começa a surgir ao pétalas serem presenciadas caidas ao chão , um choro tristonho reverdece em meio aos botões despetalados e fica cada vez mais brando e nem a maciez do frescor das rosas é capaz de sumir com o pensamento tão longe e os atos consideravelmente indignos,tais lágrimas rolam molhando a terra pelas pupilas de Alice que percaminha ajoelhada ao chão segurando uma rosa vermelha que ainda tem a doçura da vida mesmo com as pontas espinhosas.Luma tendo provado o veneno das palavras ajoelha-se aos pés de Alice tentando demonstrar fortaleza da melhor forma que não vise revelar os pedaços destroçados do coração,o abraço etinerante é apenas um ato a dizer que compartilha multiplas dores e angústias jamais vistas aos olhares de todos que a ajudaram a ter vida novamente.

- Senhorita Alice o que houve para tanto choro em seu rosto? -Luma ojoelhada se abisma.
- Estou muito triste,uma tristeza que me faz perder completamente a razão - Os olhos de Alice continuam a lacrimejar.
- Poderei ajudar se me contar tudo o que lhe aborrece - Luma compreensiva com a situação.
- Acabou tudo,meu pai discutiu com minha mãe e isso não é o pior que aconteceu - Alice consola-se nos braços de Luma.
- Do que ele foi capaz de fazer desta vez?,desculpe me intrometer mas seu pai é um homem bruto sem compaixão por ninguém - - Luma pergunta com expressão curiosa e revela a opiniao.
- Ele descobriu tudo,o atelie de esculturas de minha mãe está todo quebrado e jogado aos cacos no chão,o que é pior Paola revelou tudo - Alice fala ofegante.
- Ela passou por cima de tudo,contar foi uma atitude mesquinha e precisamos fazer alguma coisa - Luma com os olhos sem piscar pensa.
- Além disso meu pai me proibiu de querer ser atriz de teatro como sempre sonhei e que por isso estou proibida de sair de casa até que eu me case com o pretendente que arranjou - Alice diz exaustiva com a situação.
- Preciso falar tudo o que esteve guardado em mim todos esses dias que passei aqui,Paola e Antonio me tratam muito mal e precisam ouvir o que tenho a dizer- Luma certa de si
- Precisamos voltar para dentro,meus sonhos não serão esquecidos e ninguém vai me impedir de buscar minha própria felicidade - Alice limpa as lágrimas e se levanta.

Os sentimentos exaltados fecundam-se em cada gota de lágrima apalpada das ilustres iris castanhas cor da terra mais seca que percalça as partes insoluveis,as mãos de dedos macios e brancos como uma rosa que acabara de nascer se misturam pelo mesmo propósito a conquistar,as duas moças curiosas em pleno cuido perpassam as roseiras que pouco tem culpa de ter espinhos em suas vestes pois não os foi escolhido para estar ali,a incansavel dor de um espetelada não fora muito grande do que as internas palavras resguardadas a sete chaves no coração de Alice,tudo é uma mera ferida aberta que se aprofunda num caminho perdido em prisões internas da alma e do coração julgado por não saber ser levado por qualquer desconhecido,Luma expressiona toda a sua raiva caladamente em pensamento para que a hora oportuna venha e possa se libertar completamente do que prende sua voz na mais singela das virtudes.As duas alçam o calçamento de pedras em sentido a porta entre aberta,a casa branca tem suas janelas enrugadas e as cortinas fazendo ondas pelo assovio do vento,os pés martiriosos e acalentos são colocados sobre o piso frenéticamente geloso,Paola sorri despretenciosamente relaxando sobre a poltrona com o alongado vestido amassado de nuances cinzentos que resolvera não tirar, o livro enorme em mãos é passado página a página em leveza mas o olhar arrogante desmembra a entrada das duas pela satisfação do seu papel de alertar o membro principal da casa e lembra-los de que nem tudo fica totalmente igual para sempre,Luma fica a frente de Paola e a encara com muita pureza e total negação ao rosto cruamente frio que se instala enquanto que o restante dos membros da casa estão em seus aposentos atingidos pela amargura do furacão germinado nos rostos inseguros.

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⏰ Última atualização: Mar 16, 2019 ⏰

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